MARATONA REGIONAL EM QUÍMICA - ABQ-SP


Realizada em 1997. Para 1998, veja: Mol.P.Quim98



REDAÇÕES SELECIONADAS, FASE 2 - 1997


ALUNOS VENCEDORES DA FASE 3 (FINAL) - 1997

50 alunos foram convocados para a Fase Final
Foram distribuídos R$2.000,00 de prêmio entre os 5 primeiros colocados.
Suas escolas receberam livros da Editora Moderna.
Os 10 classificados receberam Diplomas de Mérito.

COMISSÃO JULGADORA: Dr. Eduardo de Palma (Oxiteno); Prof. Dr. Gentil José Vidotti (Dep. Química, Uni. Estad. de Maringá); Profa. Dra. Idalina Vieira Aoki (Dep. Eng. Química, Escola Politécnica USP); Prof. Dr. Ivano G. R. Gutz (IQ-USP); Prof. Dr. Mauro Bertotti (IQ-USP); Prof. Dr. Omar El Seoud (IQ-USP); Profa. Dra. Silvia H. P. Serrano (IQ-USP); Profa. Dra. Silvia Maria Leite Agostinho (IQ-USP)


DIRETRIZES

Associação Brasileira de Química, através de sua Seção Regional de São Paulo, ABQ-SP, com apoio do Conselho Regional de Química - IV Região e do Instituto de Química da Universidade de São Paulo, estará promovendo, no período de junho a setembro de 1997, a I Maratona Regional em Química. A Maratona está bem aberta à participação de todos os estudantes matriculados em cursos de segundo grau e dar-se-´ em três fases, tendo os seguintes objetivos:

a) envolver os estudantes de segundo grau numa atividade estimulante, que os leve a refletir sobre a importância da química no contexto atual e futuro (Fases 1 e 2).
b) revelar jovens talentos com vocação para a química (Fase 3).

Em linhas gerais, as três fases são similares à s da IV Maratona Científica em Química (de cará ter nacional, realizada com grande sucesso em São Paulo, SP, no ano de 1996


Fase 1

Consiste na elaboração, pelos alunos interessados, de redação sobre o tema "A Química no Terceiro Milênio". As redações deverão ser entregues ao(s) professor(es) de química. Caberá ao(s) professor(es), organizar e efetuar a seleção do(s) trabalhos mais representativo(s) da Escola. As redações escolhidas pela Escola, em número má ximo três, deverão ser datilografadas e apresentar extensão não superior a 3 páginas cada.
Preferencialmente, usar papel A4 (21 x 30 cm) espaçamento, 1,5 e margens de 2,5 cm. No cabeçalho deverá figurar somente o título "A Química no Terceiro Milênio". O nome do aluno não deverá constar na folha de redação, mas somente no formul´ rio de inscrição anexo a ela (grampeado).

Observação: A inscrição na I Maratona Regional é gratuita. Cópia de cada redação ser´ encaminhada aos organizadores da V Maratona Científica em Química (de cará ter nacional), para participação simultânea na fase inicial desta. A fase final da V Maratona se dará em Natal - RN, 28/9 a 3/10/97 durante o XXXVII Congresso Brasileiro de Química e os alunos finalistas que para lá se deslocarem necessitarão inscrever-se no referido Congresso.


Fase 2

Uma Comissão Julgadora designada pela ABQ-SP examinará as redações inscritas (sem ter conhecimento dos nomes dos alunos e das escolas), e irá selecionar no má ximo 60 redações para participação na Fase 3, assinalando as 10 mais destacadas. O resultado será comunicado à s Escolas, que se incumbirão de convocar os alunos selecionados e de confirmar à ABQ-SP, por fax ou carta, os que aceitarem participar da Fase 3. O texto das 10 redações destacadas pela Comissão ser´ veiculado pela rede mundial de computadores via AllChemy (internet-www http://allchemy.iq.usp.br), assim como a lista dos participantes (aluno/escolas).


Fase 3

Na terceira fase, os alunos selecionados na Fase 2, munidos de documento de identidade, comparecerão ao local determinado, onde irão assistir a experimentos simples de química, realizados por membros da Comissão Julgadora. Em seguida, escreverão seus relatórios. Nestes, os jovens deverão mostrar compreensão dos conceitos químicos envolvidos, interpretando os resultados finais, bem como as etapas intermediá rias. Com base nos relatórios, a Comissão Julgadora ir´ classificar os 10 alunos mais destacados, sendo que os 5 primeiros classificados, bem como suas escolas, serão premiados, e os outros 5, farão jus a Diploma de Mérito. Os demais estudantes que completarem a terceira fase receberão Certificado de Participação.


CALENDÁRIO

27 de junho:
Data limite para postagem (ou entrega direta) das redações selecionadas pela Escola, acompanhadas de ficha de inscrição, para participação na fase 2.
Endereço:
Associação Brasileira de Química - SP
Av. Prof. Lineu Prestes, 748, IQ-USP, Sala 306
05508-900 - São Paulo, SP
Telefone/Fax: (011)818.2159, e-mail:abqsp@iq.usp.br

11 de agosto:
Comunicação, pela ABQ-SP, do resultado da Fase 2, convocando os alunos selecionados para a Fase 3.

5 de setembro:
Data limite para as Escolas confirmarem à ABQ-SP, a participação na Fase 3 de alunos convocados.

19 de setembro
Realização da Fase 3 (final) da Maratona as 11:00h, no Instituto de Química da USP, Av. Prof.Lineu Prestes, 748, Cidade Universitária, São Paulo.
Encerramento da Maratona com premiação dos vencedores as 17:00h, no anfiteatro do Instituo de Química, bloco 6 superior.


I MARATONA REGIONAL EM QUÍMICA - ABQ-SP FORMULÁ RIO DE INSCRIÇÃO DE ALUNO SELECIONADO PELA ESCOLA PARA PARTICIPAÇÃO NA I MARATONA REGIONAL EM QUÍMICA

Nome da Escola:

Endereço postal

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Telefone, fax, e-mail:

Nome do Professor de Química:

Nome do aluno:

Endereço postal do aluno:

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Telefone, fax e-mail:

Informamos que, com base na redação, o aluno acima foi selecionado para participar da I Maratona Regional em Química e solicitamos sua inscrição gratuita. Concordamos que a ABQ-SP remeta cópia da redação aos organizadores da V Maratona Científica em Química (Natal, RN), para participação simultânea na fase inicial desta.

Declaramos que, no presente ano letivo, o aluno acima identificado está regularmente matriculado na_________ série do curso________-__________________________________mantido por esta Instituição de Ensino.

______________________________________
Local e Data

nome:_________________________________________

cargo:________________________________________

Assinatura:___________________________________

Observação: o formulá rio deve ser grampeado como folha de rosto da redação. Se forem mandadas duas ou três redações pela Escola, tirar cópias deste Formulá rio em branco.


TEXTO INTEGRAL DAS REDAÇÕES SELECIONADAS - 1997

A QUÍMICA NO TERCEIRO MILÊNIO

EESG. JOÃO RAMALHO - aluno - Vanessa Mesquita da Costa - prof. Silvia Sebastião Gonçalves

A Química está presente em nossa vida diária, pois existem materiais químicos em nossos alimentos, em nossas casas, em nossos meios de locomoção, em nossos medicamentos.
Pode-se dizer que a Química surgiu com o homem primitivo, quando ele aprendeu a "produzir fogo", a fazer tintas para se pintar, a usar plantas como remédios para curar suas doenças.
No começo da Era Cristã, a Química recebia o nome de Alquimia. A partir daí, começa-se uma série de dificuldades até tornar-se uma Ciência Exata, pois, naquela época, qualquer experimento químico realizado era considerado, pela Igreja, ato de bruxaria, obra satânica.
No início da Idade Moderna, tem-se o surgimento da Latroquímica, isto é, da Química Médica. Os químicos abandonaram algumas metas alquimistas como buscar o elixir da vida, ou seja, o rejuvenescimento do corpo humano; deixaram para trás também o ideal de transformar metais comuns em ouro, passando, assim, a dedicarem-se ao descobrimento de substâncias eficazes para a cura das doenças. Infelizmente, no entanto, enquanto o homem se livrava de alguns males, outras doenças novas iam surgindo.
As doenças que, antigamente, levavam pessoas à morte, destacando-se entre elas a meningite, o sarampo, a febre amarela, a varíola, hoje não são mais um perigo para o homem.
No século passado, um nome no campo da Química Médica deve ser destacado. É o de Louis Pasteur, químico e físico, que, em suas primeiras pesquisas científicas, estabeleceu o paralelismo entre a forma externa dos cristais, sua constituição molecular e sua ação sobre a luz da polarização, sendo essas a base da Estereoquímica. Em meados do século XIX, Pasteur estudou o fenômeno da fermentação, dando origem, assim, a pasteurização, que consiste em aquecer-se o leite, a cerveja, até 50 ou 60 graus centígrados, por alguns minutos e depois resfriá-los rapidamente, a fim de matar os microorganismos e evitar a decomposição desses produtos. Também dedicou-se aos problemas das doenças contagiosas, sendo ele o criador da vacina contra raiva.
O século XX foi um século de mudanças radicais, pois houve a descoberta da penicilina, de novos diagnósticos.
Conseguiram-se tratamentos para várias doenças, até então letais.
A utilização da Energia Nuclear foi outra grande conquista. O Mercúrio 197 é utilizado no diagnóstico de tumores cerebrais; o Tálio 201, para diagnósticos cardíacos. Já em tratamento de enfermidades, destaca-se o uso da "Bomba de Cobalto" (o Cobalto -60) que é empregado para destruir células cancerígenas. Na Química, a energia nuclear, ou seja, os isótopos radioativos são inseridos em moléculas escolhidas, servindo, então, como "traçadores" do caminho que essas moléculas seguirão através das reações químicas, permite, por exemplo, estudar-se o mecanismo e a cinética das reações químicas.
Realmente, nosso século foi revolucionário, pois tivemos desde o aperfeiçoamento de substâncias químicas ligadas à agricultura, intensificando, assim, o plantio e a rápida colheita, até a clonagem de animais que, provavelmente, evoluirá, no próximo milênio, chegando-se, também, à clonagem de seres humanos. Pode-se dizer que a clonagem é o maior experimento do século XX, no campo da Bioquímica. Os pesquisadores têm, como objetivo, compreender melhor as doenças genéticas e criar animais mais eficientes no desenvolvimento de produtos úteis à saúde humana.
As constantes descobertas têm se sucedido em caráter vertiginoso. Elas acenam promessas de cura para pessoas que sofrem de doenças até hoje incuráveis como, por exemplo, a AIDS. No caso específico dessa doença, há uma esperança, pois, através de um "cocktail" de remédios, pode-se prolongar a vida do portador do vírus HIV, abrindo, assim, novos caminhos para tratamentos e, talvez, para uma vacina preventiva.
Atualmente, parte da Química, no entanto, não é vista com bons olhos, pois noticiam-se freqüentemente explosões em fábricas devido a produtos químicos que causam mortes ou intoxicam milhares de pessoas que, se não morrem, ficam com seqüelas. Comenta-se até a possibilidade de haver "Guerras Químicas", utilizando-se produtos capazes de cegar, paralisar ou sufocar pessoas. Todavia não é possível viver sem os benefícios trazidos pela Química. Sem os adubos, o rendimento da produção agrícola cairia muito; sem os medicamentos, as doenças abreviariam a vida humana.
Certamente, a ponte que ligará o século XX ao próximo milênio será o computador. Cada vez mais sofisticado, com programas que abrangem todas as áreas do conhecimento humano, a Química, sem dúvida, com sua ajuda, obterá resultados mais precisos e rápidos. Os programas de computadores relativos à Química terão capacidade de projetar novas substâncias, produtos com precisão em seus resultados e este trabalho poderá ser realizado independentemente do uso "mecânico" do laboratório.
Tudo o que está sendo semeado nestas últimas décadas do nosso século, como pesquisas e estudos científicos, colherão seus frutos no próximo milênio, com a ajuda da computação que evolui vertiginosamente. O cientista terá esse forte aliado na busca de medicamentos, vacinas, antipoluentes. Homem e máquina serão os heróis do próximo milênio. A parceria perfeita.
Certamente teremos combustíveis que não agredirão o meio-ambiente, pois a Química os tornará "não poluentes"; a Química auxiliará para que desfrutemos, no próximo milênio, de transportes mais eficazes; será possível habitarmos novos planetas e, para que isso ocorra, teremos que nos valer da Química; nossa alimentação será "pilular", pois já hoje encontramos em frascos de vitaminas o complemento alimentar; supercondutores, por exemplo, os fios cerâmicos, com os estudos da Química, serão usados nos próximos séculos. Enfim, a Química, mais do que nunca, continuará presente em nossas vidas no Terceiro Milênio.
Ao longo da História da humanidade, os grandes passos, as grandes descobertas e pesquisas sempre foram envolvidos em polêmica, pois, se por um lado trazem benefícios ao Homem, por outro, muitas vezes, o prejudicam.
No Terceiro Milênio, todos os estudos e pesquisas, hoje em andamento, eclodirão, modificando a vida do ser humano. Cabe a ele usar adequadamente o fruto de seus estudos, de sua inteligência e capacidade, pois se imperar a ganância e a busca do poder, os resultados serão catastróficos. No entanto, se o Homem conseguir reverter tudo a seu favor, com certeza, nos próximos séculos, estaremos a um passo do Paraíso.
Que o Homem consiga diminuir a fome e a violência no planeta e que a Química, juntamente com as outras Ciências e a Tecnologia possam, no próximo milênio, transformar o nosso planeta em aconchegante lar para toda a Humanidade!

A QUÍMICA NO TERCEIRO MILÊNIO
ESPSG DONA ZALINA ROLIM - aluno - Marineide de A.L. Pereira - prof. Francisco F. F. Pereira

Química. Uma ciência tão exata que, normalmente, nos esquecemos de seu lado humano, transformando e revolucionando a medicina, a ecologia, enfim a existência de todos os seres vivos. É fundamental que ocorram todas essas mudanças, pois elas significam concretamente a própria evolução humana. São grandes as expectativas para uma vida melhor no Terceiro Milênio, e a Química deve e deverá desempenhar importante papel para que tais expectativas tornem-se realidade.
Desde a mais remota era, o homem aprendeu a usar dos recursos e das propriedades que a Química Ihe oferecia, embora não tivesse consciência disso: desconhecia teorias e razões, explicando tudo pela prática, pelos resultados. Mas o homem é um ser que busca, de forma natural e incansável, os motivos que o levam a existir. Nessa busca, ele descobre muitas coisas... Inclusive consegue explicar muito daquilo que viria a constituir a Química. Dessa forma, passamos a entender a razão da Química fazer parte de nossas vidas. Trata-se de uma ciência que revolucionou tudo. Apenas para se ter uma idéia, vejamos o caso específico da Medicina.
Antigamente, milhares e milhares de pessoas morriam, vítimas de várias doenças; apenas para citar uma dessas doenças, apontamos o Câncer. A humanidade sofre muito com esse mal, mas somente hoje em dia a Medicina oferece ao homem condições para vencer a doença, a partir de recursos diversos, como a radioterapia e a quimioterapia; não devemos nos esquecer que, quanto mais cedo detectarmos o mal, maiores são as chances de vencê-lo.
Natural pensarmos que muitas novidades surgirão no século XXI, já então em pleno Terceiro Milênio. Não só na Medicina, mas em outras áreas também. E a Química também deverá estar presente. Não surpreende o fato de que tantos cientistas estejam pesquisando tanto em busca de uma cura para a AIDS: o sucesso será da ciência, mas toda a sociedade ganhará com tal êxito. Evidentemente, com a chegada do Terceiro Milênio, nossos cientistas deverão conseguir solucionar, se não totalmente, ao menos parte dos problemas que afligem a humanidade. Como aqueles relacionados à Ecologia, ao Meio Ambiente.
Com o crescimento da sociedade, fronteiras físicas mudaram devido à ação histórico-cultural do homem. Tornou-se indispensável a criação de um transporte mais rápido, que atendesse às necessidades humanas. Com efeito! O avanço tecnológico tornou possível a invenção do carro - que, se por um lado, atendeu às necessidades de muitos, por outro, acarretou o problema da poluição atmosférica. Sabemos que os carros, os ônibus e outros meios de transporte utilizam como combustível algo que já foi considerado grande achado da Química, mas que produz grande quantidade de CO - Monóxido de Carbono, um gás altamente prejudicial aos seres vivos. Mais uma vez, aparecem os cientistas como agentes capazes de descobrir novas fórmulas combustíveis, uma alternativa mais saudável, que seja condizente com as necessidades atuais que temos de uma vida melhor.
Na Alemanha, já circula um protótipo, o "Nebus"; um ônibus movido a gás hidrogênio, bem menos poluente que os combustíveis usados atualmente.
No caso do Brasil, estudos foram iniciados segundo um projeto semelhante ao protótipo alemão. De acordo com o jornal "Folha de São Paulo"; daqui a 18 meses teremos os primeiros modelos rodando pela ruas de nossas cidades.
Se pararmos alguns momentos para pensar em quantas pessoas serão beneficiadas com todas essas inovações, principalmente aquelas que apresentam problemas médicos, especificamente casos de alergia respiratória. Será, mais uma vez, a Química prestando auxílio ao homem, intervindo sobre o meio ambiente, com isso melhorando intensamente a vida das pessoas.
A Química também influencia a área da informática. Os "chips" dos computadores, responsáveis pelo grande aperfeiçoamento no setor, hoje são construídos a partir do silício e da fibra de carbono. Com o conhecimento possibilitado pela Química, hoje a comunicação mundial é cada vez maior.
O plástico constitui um material que revolucionou o mundo. Trata-se de uma substância obtida a partir da quebra de moléculas existentes em processo natural. Alguém já ouviu falar em uma pepita de plástico? Claro que não! Foi esta ciência maravilhosa, com seus cientistas dinâmicos, que tornou possível não só esta, mas também outras descobertas, tão úteis e necessárias ao homem atual.
No entanto, é interessante lembrar que o plástico não pode simplesmente ser "jogado" na Natureza, pois trata-se de um material que leva cerca de 50 anos para degradar-se, isto é, ser "reabsorvido naturalmente"; isso significa que o plástico pode constituir elemento de poluição ambiental, quanto inutilizado. A saída encontra-se na reciclagem do material: reincorporar o plástico "inútil"; produzindo material útil. Ao mesmo tempo, evitamos a degradação do ambiente em que vivemos.
Até aqui, caracterizamos o lado humano da Química, o que não quer dizer que o homem não use do outro lado, um lado desumano, cristalizado sob a forma de guerras químicas, em que se utilizam gás mostarda, napal, gás cloro e outros, com fins bélicos, com tons de supremacia e hegemonia. Afinal, quem manda em quem? Não importam as armas usadas, nem que o homem deixe de ser homem. Dai o "desumano" do processo. Em tempo: pessoas matam, outras morrem, sem saberem a razão. Há a necessidade do sofrer, por vezes com requintes de sadismo...
A eliminação de produtos químicos que prejudicam o meio ambiente será algo mais que necessário, imprescindível à uma vida melhor no Terceiro Milênio para que possamos melhor estruturar e organizar a sociedade, preparando o mundo para os nossos filhos.
A paz, a solidariedade e a fraternidade devem prevalecer sobre os demais valores que hoje permeiam nossa civilização. Isso será possível apenas a partir da ação coletiva de conscientização de todos, não só de nossos líderes, mas também por parte de toda a população.
E a Química aparece como aquela ciência dotada de papel fundamental, enquanto fonte capaz de gerar melhores condições de vida, de qualidade de vida para todos, permitindo ao homem poder refletir a respeito de seu futuro, um futuro a ser vivido no próximo milênio, que já está aí, em nossas portas.

A QUÍMICA NO TERCEIRO MILÊNIO

PUERIS DOMUS EXP. LTDA. - aluno - Paula Andrea A. Idoeta - prof. Marlyse M. R. M. Singer

Por volta do ano 400 a.C., o grego Hipócrates usava casca de salgueiro como remédio para aliviar a dor. Em 1893, o químico alemão Felix Hoffman fez um produto similar, também usando o á cido salítico que compõe a casca do salgueiro, além de alcatrão de carvão, com menos efeitos colaterais. Com certeza, nenhum dos dois cientistas imaginou que esse remédio - a aspirina - fosse um dia ter cem bilhões de comprimidos consumidos ao ano no mundo inteiro.
Esse é somente um exemplo de como a química pode ser usada em benefício do homem - e deve ser usada cada vez mais, a medida que nos aproximamos do terceiro milênio.
Materiais e produtos desenvolvidos quimicamente, tais como o plá stico, o óleo e a borracha são hoje indispensá veis para qualquer residência, indústria ou empresa. Os diversos medicamentos e vitaminas lançados todos os anos já fazem parte do cotidiano; são sinônimos - muitas vezes falsos - de cuidado e preocupação com a saúde.
É evidente que a falta de limites faz a química perigosa e insensata. A ciência que tanto auxilia a medicina também é responsá vel pela existência das mais poderosas e destrutivas armas, sem mencionar os prejuízos ecológicos: a chuva á cida, a poluição de rios e mares com detritos químicos, a destruição causada pelo mercúrio nas regiões de exploração de minérios, a má qualidade do ar, saturado de gases venenosos.
Em Londres, em 1952, em conseqüência de uma súbita elevação da quantidade de partículas de dióxido de enxofre na atmosfera, registrou-se a ocorrência de quatro mil óbitos. Fenômenos semelhantes foram verificados em cidades de outros países, tais como a Bélgica e os Estados Unidos.
Dessa maneira, um grande desafio da química no terceiro milênio consiste justamente no reparo de tais desastres.
Em relação às chuvas á cidas, a solução está no emprego preferencial de combustíveis com baixo teor de enxofre, bem como a instalação de sistemas de tratamento de emissões gasosas em indústrias e veículos.
Saídas criativas devem ser postas em prá tica, como a que vem sendo dada a alguns aterros sanitá rios, transformando estes em "aterros energéticos". O gá s desprendido do lixo é canalizado, servindo como fonte de energia e poupando a região de mais poluição e ainda de riscos de explosão, já que esse gá s tem imenso poder calorífico.
Alternativas também podem ser dadas para o controle da poluição das á guas do planeta, assim como para a recuperação de á reas destruídas pela mineração. São alternativas resultantes de intensa preocupação com o rumo que a tecnologia vem tomando, ora consciente ora desprovido de qualquer cautela.
Assim sendo, o conhecimento científico a que hoje temos acesso deve ser utilizado com cuidado, para não se dar continuação à destruição do ambiente natural da Terra. É necessá rio, sim, que a química continue se expandindo no século vinte e um, com o desenvolvimento da medicina e da melhor e mais sensata exploração da ainda abundante matéria prima que o planeta nos oferece. E que no próximo século mais um grande passo seja dado: a descoberta da cura da AIDS.

A QUÍMICA NO TERCEIRO MILÊNIO

LICEU ALBERT EINSTEIN - aluno - Guilherme João Ferracioli - prof. Angelo A. L. Ariente

O fim do segundo milênio caracteriza-se pela era das revoluções industriais e tecnológicas conseqüentes da definitiva ascensão da burguesia que acabou impondo no mundo um capitalismo cada vez mais exigente. A disputa pela hegemonia do Universo está acirrada entre as superpotências que se consolidam com a formação dos blocos econômicos e da globalização.
Com essa tecnologia de ponta a sustentação está armada. Agora tudo irá se desenvolver de maneira alucinante e numa velocidade ímpar. Gerações do terceiro milênio terão uma tecnologia em ascensão vertical. Chega, concomitante com revoluções anteriores aprimoradas, o estopim da revolução química. As atenções para esse ramo terão de ser multiplicadas de maneira a atender as necessidades e os desafios cada vez maiores da civilização do próximo milênio.
A curva da evolução química é ascendente e progressiva. Porém, seu uso inconsciente e ambicioso poderá significar o extermínio da espécie humana. Seja por intermédio de uma nova guerra mundial, ou por doenças exterminadoras, ou pelo próprio esgotamento da resistência da natureza... As mudanças quando rá pidas, devem ser manipuladas de maneira inteligente e astuta. Por isso o homem corre sério risco de se autodestruir.
Um dos maiores elementos que, no futuro, poderá gerar uma grande guerra é a á gua. Essa mesma que cobre 70% do globo terrestre e vem sendo mal tratada pela utilização inconsciente das fontes potá veis desse recurso. Estudos recentes da Nasa delataram possível presença de á gua quente na superfície gelada de uma das luas de Júpiter. Será que a Terra terá de importar á gua? Através dessa e outras pesquisas dar-se-á a expansão do Universo e de seus segredos para as gerações futuras.
O controle na química dos poluidores ambientais terá de ser rigoroso. Mantendo o status quo, o homem estaria apenas preparando o dia de seu passatempo, agendado, para o próximo milênio. O efeito estufa se agrava: há uma elevação de 1oC a cada trinta anos com tendência a maiores elevações. Nessa, o todo poderoso homem morreria afogado na guerra pela á gua! Outro problema é a interferência na reciclagem do dióxido de nitrogênio que vem diminuindo a espessura da proteção terrestre contra as irradiações ultravioleta e promoverá mutações genéticas nos clones trabalhadores ao ar livre. Clones daqueles que querem perpetuar sua vida na superfície, deixando aí seu representante; a matriz terá "vida" subterrânea.
É uma loucura todas essas colocações feitas sobre as vidas futuras, mas serão as últimas alternativas que retardarão uma eternidade azóica.
Uma atenção especial precisa ser dada no tocante aos medicamentos preventivos e curativos para doenças e disfunções. A especialização de cientistas no desenvolvimento desses dispositivos é gigantesca. Nesse crepúsculo de milênio já estão sendo combatidas doenças letais como a AIDS e muitas outras. Mas, ao passo que velhos vírus são aniquilados, não poderíamos ter o surgimento de novos, muitas vezes mais assassinos e exterminadores?
Antes que todo esse colapso perpetue sua disseminação seria necessá rio que o homem pensasse mais em seus descendentes, organizando as atuações químicas para além da capitalização.
A limitação desse ser que destrói todos os ecossistemas é alarmante. A própria natureza tem a cura para todas essas doenças que levam décadas de pesquisas...
Não adianta lutar contra ela. A interação homem-química-natureza deve ser harmônica e coesa aspirando a uma vida futura.
Contudo, a situação mostra que o capitalismo selvagem nunca se conciliará com as necessidades humanas. Ele desenvolve novos medicamentos principalmente via biopirataria realizada pelos países desenvolvidos sobre os subdesenvolvidos. E o resultado será solução. Solução para os ricos, com excedente de capital, capazes de bancar os caríssimos remédios. Nesse aspecto o extermínio será gradativo: vão-se primeiro os pobres e, pela ausência dos colonos morre a metrópole por insuficiência de exploração.
Partimos para o terceiro milênio e nem mesmo a origem do homem é certa! A busca da verdade será insaciá vel. Datações de 12500 anos de presença do homem na América foram feitas. Porém, é mais certo que o homem descubra antes mesmo o seu fim à sua origem.
Portanto, é imprescindível para o químico a criação e descoberta de novos produtos não antagônicos à natureza; encontrar novos usos para os já existentes; descobrir novos métodos de produção; controlar os processos de tratamento de á gua e resíduos industriais, visando à preservação ambiental... Será uma Química dinâmica, com descobertas revolucioná rias que, se utilizadas conscientemente, poderão perpetuar, com segurança, a espécie humana.

A QUÍMICA NO TERCEIRO MILÊNIO

ESCOLA S. MARIA EDC. INF. 1o e 2o GRAUS - aluno - Douglas H. Pires

Ao longo dos anos, os cientistas acumulam cada vez mais informações e conhecimentos com relação às propriedades químicas das diferentes substâncias. Todo o desenvolvimento da teoria química está centrado nas investigações sobre como o comportamento dos elétrons dos diferentes á tomos determina a formação das substâncias.
No decorrer desses últimos dois séculos, os cientistas descobriram, por exemplo, que ao incidir uma grande carga elétrica sobre a matéria, esta emitiria vá rios tipos de raios invisíveis. E estava sendo criado o Raio X, uma técnica bastante usada nos dias atuais.
A química do próximo milênio enfrentará desafios em vá rias fronteiras de conhecimento: a compreensão dos processos bioquímicos mais complexos nos seres vivos, a síntese de novas drogas farmacêuticas, a produção de cerâmicas supercondutoras em temperatura ambiente e o estudo da estrutura das moléculas e dos cristais a partir das técnicas que permitem construir imagens dos á tomos por meio de recursos eletrônicos, como os microscópios de tunelamento.
Porém, o maior conhecimento sobre os materiais disponíveis na natureza, e essa intensa busca para obter novas técnicas, contribui de forma muito grande para aumentar o desequilíbrio ecológico e ambiental. Um dos principais desafios que a química partilha com as demais ciências é a obtenção de uma tecnologia que não cause nenhum dano ou agressão ao meio ambiente. A química pode contribuir para a produção de novas técnicas de reciclagem que permitam reaproveitar ao má ximo os recursos naturais disponíveis e também para a produção de matérias-primas que não poluam.
O terceiro milênio, sem dúvida, será o milênio da tecnologia aumentando cada vez mais a interdependência e cará ter de produção coletiva. A informá tica e a robótica prevalecerão nas relações de trabalho de todo o mundo.
A energia nuclear será a alternativa mais viá vel e utilizada no mundo, mas ainda não será a alternativa mais segura.
Quem sabe, no próximo milênio, as pessoas possam manipular os á tomos. Se isso fosse possível, seria necessá rio, por exemplo, a mudança do material genético das pessoas. Os clones criados na Escócia, e representados pela ovelha Dolly já fazem parte do nosso mundo atual. E, por que não, já no próximo milênio, fosse possível manipular os á tomos e, através disso, ocorresse a mudança do material genético das pessoas; construção de microcomputadores que caibam no bolso; a criação de microssomas, no caso de cirurgias em pessoas.
Apesar das intensas críticas mundiais e da intensa indignação de alguns pesquisadores, se fatos como esse que acabo de relatar realmente ocorressem, alguns cientistas e intelectuais, alarmados, falam em "fim da civilização". Por isso, é necessá rio, que toda a humanidade tenha consciência de suas inovações químicas e tecnológicas para que o mundo não entre em um colapso irrepará vel no próximo milênio. Quem viver, verá .

A QUÍMICA NO TERCEIRO MILÊNIO

CCTPS. ETE. MONS ANTONIO MAGLIANO - aluno - Elaini Santana - prof. Francisco K. Tanoue

Estamos vivendo uma crise ecológica mundial, onde produtos químicos perigosos estão à disposição de qualquer pessoa, como fosfatos nos sabões em pó e muitos outros, sem contar os defensivos agrícolas e fertilizantes que saturam o meio ambiente.
Quando iniciou-se o desenvolvimento industrial, os danos causados ao meio ambiente eram pequenos. Com o seu crescimento, aumentou o consumo de madeira, depois de carvão, mais tarde os derivados de petróleo, energia elétrica e, mais recentemente, energia nuclear.
A queima do petróleo traz grande prejuízo, pois lança toneladas de carbono na atmosfera o que deixa mais forte. O enxofre, também presente no petróleo é um dos importantes causadores da chuva á cida, que é mais séria nos países industrializados e sua flora e fauna já sentem as conseqüências.
Os avanços científicos e tecnológicos ocorrem com incrível rapidez. Surgiram os sintéticos, os inseticidas, os agrotóxicos, adubos químicos e outros. Para o ser humano é moda usar e jogar fora. Assim, com essa maneira desgovernada do homem viver, aumenta a poluição que afeta todo o planeta. Até parece que o homem não faz parte deste mundo. Com essa aceleração em busca do progresso, as sociedades modernas vão envenenando o ar que respiramos, a á gua que bebemos e o solo que plantamos.
Não é preciso que o homem deixe de utilizar os recursos da natureza, nem é possível, só que poderiam fazer uma utilização racional do meio ambiente, de modo a preservá -lo para as gerações que nos sucederão.
O crescimento desordenado das cidades, o desmatamento e o reflorestamento não planejados cientificamente são alguns aspectos de um progresso que, em vez de tornar melhor a qualidade de vida do homem, poderá comprometer sua sobrevivência neste planeta.
Outro fator muito importante é a reciclagem. Se o mundo reciclasse metade do papel que consome, seriam aproveitadas muitas terras para outras culturas. A energia economizada com a reciclagem de uma lata de alumínio é suficiente para manter um televisor ligado durante três horas.
A poluição não afeta somente o meio ambiente, mas o próprio homem passa a correr risco de vida. Os poluentes do ar podem causar irritações da pele e problemas respiratórios como a asma e também afetar os olhos, o nariz e a garganta. O chumbo nos gases de escapamento pode danificar os rins e o sistema nervoso.
Assim, precisamos nos unir e formar uma sociedade contra esses problemas que são gerados por nós mesmos. O uso irresponsá vel da ciência e da tecnologia gerou a poluição, agora cabe aos homens o uso responsá vel de todos os conhecimentos para a redução da poluição. É preciso um esforço mundial de conscientização e uma política mundial antipoluição.

A QUÍMICA NO TERCEIRO MILÊNIO

EEPSG. CARDOSO DE ALMEIDA - aluno - Andrea F. Maldonato - prof. Ana Paula N. L. Cordeiro

Na evolução para o terceiro milênio a química utilizando-se do método experimental, próprio da ciência e ciente que o seu conhecimento total é de aquisição progressiva conforme a evolução intelectual de seus adeptos, vai contribuindo com a descoberta de novos elementos químicos e novas moléculas para o aprimoramento dos demais ramos da ciência e conseqüentemente para o progresso da humanidade.
Nesse processo evolutivo, o homem busca incessantemente a descoberta de novos elementos químicos, ao mesmo tempo que usa substâncias simples (hidrogênio líquido, oxigênio líquido, etc) para impulsionar os foguetes espaciais, mantendo a ideologia de motores de propulsão fotônica que utilizaram a mais poderosa das radiações - os raios gama - para as tão sonhadas viagens interestelares.
Em 1996, uma Equipe do Instituto de Pesquisa da Alemanha de Íons Pesados conseguiu sintetizar um elemento químico que ocupou o número 112 da tabela periódica de Mendeleev. Esse elemento de maior massa atômica já sintetizado em laboratório, foi obtido submetendo um feixe de íons de zinco a altas energias num acelerador de partículas e em seguida bombardeado com chumbo, de modo que houvesse uma fusão dos núcleos desses elementos. Da mesma forma que outros elementos superpesados já conhecidos, o elemento 112 decai numa fração de segundo. No entanto, a descoberta desse novo elemento químico representa um passo importante na obtenção de elementos mais está veis, já que estudos teóricos previram que a partir do elemento 114, a tabela periódica contém uma "linha de estabilidade", região de elementos superpesados de meia-vida relativamente longa e, por isso, muito úteis para o estudo sobre a composição e as propriedades da matéria.
Comparando essas experiências atuais com a grande explosão cósmica do Big Bang entre 8 milhões e 20 bilhões de anos atrá s, quando de um ponto do Universo de temperatura e densidade energética altíssima ao explodir resultou uma mistura de partículas subatômicas (quarcks, elétrons, neutrinos e suas anti-partículas), formando posteriormente á tomos leves (hidrogênio, hélio e lítio) que por reações sucessivas formaram as galá xias culminando com a estruturação da Via Lá ctea e o Sistema Solar, temos que deduzir que as experiências de laboratório é um avanço do conhecimento do homem sobre as Leis Naturais.
Muitas vezes o químico não consegue compreender muitas dessas reações químicas pois se formam compostos intermediá rios que duram frações de segundos. Isto ficou esclarecido em 1994 quando um químico orgânico da Universidade da Califórnia (USC) ganhou o prêmio Nobel de química por haver descoberto uma estranha família desses compostos efêmeros. Essa descoberta teve muitas aplicações industriais (síntese de plá sticos de alta resistência e a produção de gasolina de alta octanagem isenta de chumbo), que certamente abrirá novos campos de pesquisa no terceiro milênio.
Em 1996 um grupo de pesquisadores dos Estados Unidos e do Reino Unido descobriram os fullerenos, forma até então desconhecida de carbono que inaugurou um novo ramo da química, ganhando o Nobel de 1,12 milhão de dólares. Esses fullerenos de símbolo C60 é capaz de bloquear radiação luminosa de diferentes comprimentos de ondas, dentro e acima do espectro visível. A primeira aplicação prá tica se deu na Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong, com a utilização dos fullerenos de filtro transparente que bloqueia a passagem de radiações, inclusive o ultravioleta.
Aproximadamente um ano antes da descoberta dos fullerenos, no Instituto de Química Marx Planck na Alemanha, na Universidade da Califórnia e no Instituto de Tecnologia de Massachussets, surgiram pesquisas que alertaram o mundo para a possibilidade de que compostos produzidos pelo homem poderiam destruir a camada estratosférica de ozônio, que protege a vida na Terra contra os efeitos nocivos da radiação solar ultravioleta (UV). Tratava-se exatamente dos gases clorofluorcarbonado utilizados nos pulverizadores aerossóis, em refrigeradores, aparelhos de ar condicionado e agentes espumantes na fabricação de plá sticos, que ao serem transportados para a camada de ozônio, onde sob a influência da luz ultravioleta, participam de reações químicas que destroem as moléculas de ozônio. Isto é de fundamental importância para o homem que avança para o terceiro milênio, apesar de já se ter firmado um acordo entre os países industrializados a proposta de acabar com a produção de clorofluorcarbonado, principalmente por já existir um buraco de ozônio na Antá rtica.
Finalmente vamos analisar a engenharia genética e sua aplicação no terceiro milênio, quando os noticiá rios atuais falam em clones e o homem moderno se preocupa com a clonagem de sua própria espécie.
Desde 1993 dois americanos, Kary B. Mullis e Michael Smith, desenvolveram métodos para estudar as moléculas de DNA do material genético que vieram acelerar o desenvolvimento da engenharia genética. Obtiveram uma técnica para obter rapidamente trilhões de cópias de DNA, o material genético presente em organismos vivos, através de uma reação em cadeia de polimerase. Isto abriu novas possibilidades para o seqüenciamento dos genes, a determinação da seqüência de nucleotídeos que compõem o gene, a datiloscopia genética, a identificação de organismos individuais pelos padrões distintivos de seu DNA, o estudo da evolução e o diagnóstico médico. Essas possibilidades adentraram o terceiro milênio num ambicioso projeto internacional de mapear e seqüenciar toda a herança genética dos seres humanos.
Em síntese, a química está avançando para o terceiro milênio descobrindo novos elementos químicos, compreendendo melhor as reações químicas, com novas moléculas, ampliando os conhecimentos quânticos e contribuindo de forma substancial em todas as demais á reas da ciência para que o homem do próximo milênio possa melhor combater suas múltiplas doenças conduzindo-o para um corpo físico mais saudá vel, podendo assim manifestar seus verdadeiros valores para que tenhamos no terceiro milênio uma humanidade melhor.

A QUÍMICA NO TERCEIRO MILÊNIO

COLÉGIO MAGISTER - aluno - Guilhermer R. A. M. Benites - prof. Merci G. Louro

A Química, apesar de ser uma das mais recentes ciências naturais (introduzida por volta do século XVII), tem sido usada há milhares de anos pelo homem. Os primeiros a discuti-la foram os filósofos, mas ainda sem muitas bases experimentais.
A partir da primeira experiência, a Química passou a evoluir junto com o ser humano. Por ser essencial em nossa vida e fazer parte de tudo o que nos cerca, a Química tem adquirido enorme destaque nos últimos séculos, em virtude de ajudar o homem na maior parte de seus inventos e descobertas.
Por falar em inventos, o que seria do homem, depois da Revolução IndustriaI, sem a Química? Enquanto era possível retirar matérias-primas da natureza, não houve problemas. Mas, quando foi necessá ria a criação de corantes artificiais e tecidos sintéticos, por exemplo, a Química teve um papel fundamental na fabricação destes.
Infelizmente, em nosso século, a Química não tem sido encarada como deveria. Ela tem sido sinônimo de artificial, ruim para a saúde. Para piorar, nela foram baseados os estudos para a fabricação do maior mal de nosso século, a bomba atômica.
Não é só isso. Todos os gases tóxicos, venenos, produtos artificiais são chamados de "Química". Não que não sejam. Mas, se chamam isso de "Química", por que não chamar assim também o ar que respiramos, a á gua, os produtos naturais, enfim, tudo, pois tudo o que nos cerca é constituído de elementos químicos, inclusive nós mesmos.
Apesar de muita gente achar que a Química só é algo de ruim, ninguém tem ajudado mais os homens do que ela. A mesma Química que, por interesses escusos de alguns, pode ajudar a produzir bombas que destroem o mundo em segundos, pode, ao contrá rio, salvar vidas. O que seria do mundo atual sem os grandes avanços que houve na medicina? Pois é, seria impossível fabricar medicamentos sem ela.
Em vista disso tudo, o mundo deveria se dar conta da importância da Química e perceber que, sem ela, nada, mas nada mesmo, existiria.
Agora, na virada do milênio, quando o homem possui uma tecnologia surpreendente, e domina totalmente a Química, esta pode ser e será muito útil. Já existem pesquisas para a criação de vacinas sintéticas, que não possuirão nenhum efeito colateral e podem agir sobre um número muito maior de doenças. Tudo isso graças à Química, que fornece todas as fórmulas necessá rias para a criação de novas substâncias.
A Química também ajudará na solução de problemas atuais, como a cura da AIDS e do Câncer. A Química, aliada a outras ciências, como a História, já ajudou e continuará ajudando na determinação da idade de fósseis e achados arqueológicos, com o método do carbono -14.
Aliada à Física, proporcionará a construção de novos foguetes e aviões, com combustíveis e óleos lubrificantes desenvolvidos especialmente para isso. Aliada à Geografia, possibilitará a criação de novas ligas metá licas, que poderão ser muito úteis na metalúrgica.
Poderá até, quem sabe, desenvolver um combustível que venha a substituir o petróleo, já que este um dia acabará e terá que ser reposto. Esse suposto combustível poderá até poluir menos, o que seria mais uma contribuição da Química à melhoria de vida do homem.
Apesar de todas as realizações que, certamente, fará , a Química também necessita entrar no próximo milênio com uma nova definição por parte das pessoas. É preciso que haja uma revisão nos conceitos de Química que o mundo possui, para que este descubra que ela não é o que pensam, ou seja, responsá vel por tudo de ruim, e que passe a vê-la como o que verdadeiramente é, tudo o que existe no mundo.
Nessa virada de milênio, onde o homem possui tanta cultura, é hora de passar a encarar a Química como algo essencial em nossas vidas, o que realmente é. Se ela nos ajuda tanto, porque não encará -la como as outras ciências, ou seja, como uma ciência, e não como sinônimo de produtos malignos?
Ao invés de falar que comem alimentos sem produtos químicos, as pessoas deveriam falar que comem alimentos naturais, pois tudo é produto de uma reação química. É necessá rio que todos deixem de lado este pensamento que colocou a Química em um lugar que não é dela. A Química, por outro lado, deveria ocupar um lugar de destaque em nossas vidas pois, sem ela, não existiríamos.
Portanto, agora, na virada do milênio, em que todas as ideologias do mundo devem ser repensadas, vamos parar e repensar a questão da Química porque, apesar dela parecer muito simples, envolve tudo o que constitui o nosso mundo.

A QUÍMICA NO TERCEIRO MILÊNIO

EEPSG PROF.IVO LIBONI - aluno - Eurides Sant'Ana Junior - prof. Helena M. Picinin Tosta

Há duas variantes neste assunto que podem levar-nos à conclusão final: o que a Química pode nos oferecer, às portas do Terceiro Milênio? A primeira é o que a nossa imaginação quer fazer e a segunda o que a Química realmente pode fazer.
A primeira variante é tão intrigante quanto a segunda, porque, afinal, o que nós esperamos da Química?
Muitos professores, doutores e demais entendidos no assunto diriam: "A Química é a porta para o futuro." Eu digo isso porque ouvi de muitos essa frase e sempre me calei, discordando de sua veracidade. A Química, na minha opinião, não é uma porta para o futuro, mas sim o próprio futuro, presente e porque não o passado. Algo tão importante para nossa vida, não pode ser comparado à porta e sim ao objetivo. Mas como um simples estudante do Segundo Grau de uma escolinha do interior pode discordar de algo que os mais importantes nos ramos da Química afirmam em todas as palestras? Humildemente, eu me explico. A Química é o tempo e não a porta porque sem a química não existe tempo (nem porta). Ela é o futuro porque ajustamos sempre a Química para nos oferecer saúde e conforto dia após dia. Essa é a importância da renovação da Química. Novas cabeças, novas idéias mantêm viva a chama da Química que iluminará nossos caminhos durante a viagem pelo futuro.
A Química é o presente porque utilizamos agora a Química. Em tudo, em todos. Desde uma dor de barriga, ao tratamento da AIDS dependemos da Química.
Ela é o passado porque ela formou o universo. Foi esclarecido: vá rias reações químicas deram início ao que conhecemos da Terra. Desde seu início a Química esteve sempre agindo, pronta para transformar.
E então? O que nós esperamos da Química? Ou melhor: o que mais nós esperamos da Química? É claro que a Química no mundo está num está gio avançado. O câncer, que há alguns anos assustava milhares de pessoas, hoje já tem tratamento. A AIDS já está sendo controlada com um "coquetel" de diferentes medicamentos que retardam o efeito do HIV. Suturas médicas instantâneas. A "pílula do dia seguinte". São tantos inventos da Química que, se você não se atualiza, acaba não descobrindo se saiu ou não a cura para sua doença, ou um tratamento mais eficaz para deixar de lado tantos vidros de remédios. Essa é a verdadeira importância da Química. Muitos responderiam à questão "O que você espera da Química?" dessa maneira: "No futuro, a Química vai bolar um tipo de "pílula de alimento" que substituirá as nossas refeições bá sicas". Ou então responderiam assim: "A Química poderia inventar um remédio que trouxesse a paz ao mundo". São boas idéias, mas será que a Química está preparada para atender um público tão exigente como o homem? Ainda mais com essa história de Terceiro Milênio na cabeça, modernização. Os filmes na TV mostram carros flutuando, má quinas fazendo todo o trabalho. O homem só pensa no seu conforto pessoal. Ele só espera da Ciência algo que faça o que ele não quer fazer. A saúde dele que se exploda.
Outro dia estava passando na TV uma matéria sobre uma maquininha que, ao colocar uma gota de sangue, dava o diagnóstico de mais de 100 doenças. Na sala, a conversa só foi suspensa quando passava a matéria sobre a vitória do tênis brasileiro na França. Ninguém se interessa pelo que a Química pode oferecer de bom. Programas de conscientização podem ser uma boa idéia, mas é dinheiro jogado fora. Será preciso tocar na consciência de cada um. Conclusão final: todos esperam conforto e facilidade da Química.
Tratemos agora da segunda variante: o que a Química realmente pode fazer?
Tudo. A Química pode fazer tudo, desde que não faltem recursos e, principalmente, idéias. A renovação dos cientistas é muito importante para que a Química nos ofereça tudo o que precisamos. O papel dos Governos será mais importante ainda: promover estudos de melhor qualidade para quem quiser aprender, desenvolver a prá tica das Ciências em todas as escolas e abrir os olhos do povo para o Terceiro Milênio. Não vamos preparar tudo para um breve futuro, mas sim para um longo presente.
Para obtermos sucesso na divulgação da Química no mundo, devemos "usar" para isso as crianças. Fazê-las se interessarem pelo mundo da Química é a melhor solução. Aos adultos, basta continuar a criar coisas que lhe tirem o trabalho das costas, que eles sempre acharão a Química e todas as Ciências a melhor coisa do mundo (depois do futebol).

A QUÍMICA NO TERCEIRO MILÊNIO

INST. De EDUCAÇÃO COSTA BRAVA - aluno - Marcell Hideki Koshiyama - prof. Paulo Cesar Valeriano

No início do mundo, tudo era inanimado, nenhum ser vivo e, conseqüentemente, nenhum ser pensante, existia na Terra. Mas mesmo antes do planeta tornar-se habitado, muito antes do planeta sequer existir, reações químicas e fenômenos físicos e químicos já ocorriam, na formação do universo e dos corpos celestes hoje existentes, e daqueles que já não mais emanam sua luz.
Durante muito tempo, pensava-se que, fenômenos simples, de origem química ou física, tinham como responsá veis, seres sobrenaturais e quase sempre de origem demoníaca. Na Europa, durante a idade média, o simples fato de provocar a combustão de uma vela, de conversar com animais, ou ainda pior, de despertar a paixão de um sacerdote por uma mulher, era suficiente para levar uma pessoa à fogueira, ou às terríveis torturas da inquisição.
Foi por detrá s de tanto misticismo, que os homens de ciência, aqueles sedentos por conhecimento e fartos de curiosidade, resolveram, não mais se limitar apenas ao que a Igreja lhes dizia e ordenava. Como no Mito da Caverna, contado por Platão, estes homens determinaram-se a sair da "caverna", para conhecerem o que sua consciência nem de longe supunha existir, decidiram ver, o que era aquela "luz" que iluminava a "caverna". Eram os primeiros cientistas, possivelmente, alquimistas.
Numa mistura de ciência e misticismo, surgia a Alquimia. Tentavam através de ensaios químicos, obter o Elixir da Eterna Juventude; o Alkabest, um solvente que pudesse dissolver qualquer coisa; e a Pedra Filosofal, uma substância que fosse capaz de transformar metais comuns, em ouro. Suas descobertas, serviram para fundamentar as bases da química contemporânea.
É claro que muito do que os antigos alquimistas almejavam, era, e continua sendo ainda hoje, impossíveis. Talvez o Elixir da Eterna Juventude seja uma exceção, graças à alta tecnologia e desenvolvimento das ciências médicas atuais, que com modernos métodos de cirurgias plá sticas, mantém as pessoas eternamente jovens e satisfazem seus desejos de obterem corpos perfeitos. Todos sabemos que o mais importante, é manter o espírito sempre jovem. E não existem seres com espíritos mais jovens do que os cientistas. Como crianças curiosas, buscam desvendar os segredos da natureza, e utilizar tudo o que existe, em beneficio da humanidade.
A ciência, ao contrá rio da vida, caminha a passos largos, em especial, a química. A quantidade de saberes que esta disciplina detém, é tão grande, que o curso superior de química, é considerado um dos mais pesados, de todas as á reas do conhecimento (em termos de dificuldade), perdendo talvez, para a medicina. Mas sua importância, é igualmente tão grande, que ninguém ligado à ciência hesitaria em dizer que, fechando as portas das faculdades de química, o progresso estaciona.
A química esteve presente em nossa criação, e está presente durante toda a nossa vida. Circuitos que compõem as placas dos computadores, são possíveis, devido aos processos químicos envolvidos em sua produção, a casa em que residimos só é possível devido aos estudos e testes feitos com os inúmeros materiais existentes, buscando materiais com melhores qualidades físicas e químicas. A á rea da saúde, é a que mais se beneficiou com os estudos dos processos químicos realizados por nosso organismo. Estes processos foram aos poucos, sendo apresentados ao homem, que sem a menor timidez, pulou de cabeça em seu estudo. Desde a cura de uma simples dor de cabeça, até a erradicação da peste bubônica, que destruiu 1/3 da população européia durante a idade média, são resultados de estudos bioquímicos e farmacológicos. A datação através do carbono quatorze, é outra das grandes descobertas deste século. Meio passo andado para se chegar à respostas antes inimaginadas.
A química é de vital importância num dos maiores projetos científicos deste século: o Projeto Genoma. Este é um projeto tão grande, que chega-se a compará -lo ao Projeto Manhattan. O Projeto Genoma, visa catalogar e determinar a seqüência completa de cerca de três bilhões de pares de bases existentes nos genes. Sua finalidade é buscar formas de tratamento de mais de seis mil doenças que afligem a humanidade. Para isso, foram contratados centenas de cientistas, dentre os quais, químicos analistas e bioquímicos.
Matérias científicas, são de vital importância, na formação de estudantes. A química, como todas as demais disciplinas, ajuda os jovens a desenvolverem seu raciocínio lógico, bem como o raciocínio científico, de forma a deixá -los conscientes dos fenômenos que ocorrem a todos os instantes na natureza e quanto à correta utilização dos conhecimentos químicos, suas aplicações e conseqüências. Podemos imaginar o que aconteceria, se os melhores químicos do mundo, resolvessem trabalhar para os militares, não é mesmo? Armas químicas de todos os tipos acabariam sendo desenvolvidas e utilizadas para satisfazer desejos tacanhos de muitos poderosos. O Agente Laranja, despejado no Vietnã, é um bom exemplo de má utilização do conhecimento. Um bom cientista é antes de tudo, um bom lecionador, ele deve compartilhar com todos, suas descobertas, desde que inofensivas e benéficas.
O progresso parece trazer consigo a destruição. O automóvel, que utilizamos todos os dias, libera o dióxido de carbono, que permite a entrada de radiação de ondas curtas do Sol, mas impede a saída das radiações de ondas longas da Terra, causando o aquecimento global ou "efeito estufa". Os escapamentos dos automóveis liberam também o chumbo que envenena os seres vivos.
Indústrias químicas de todos os portes e tipos de produção, despejam, todos os dias, milhares de toneladas de lixo tóxico e de difícil degradação por parte da natureza. Nossos rios, antes repletos de vida, hoje, nada mais abrigam, do que muita poluição aquá tica, deixando nas mentes dos mais antigos, as lembranças de tempos á ureos. O acúmulo desses resíduos, possibilita a proliferação de microorganismos que, com o tempo, reduzem a praticamente zero o nível de oxigênio dos rios. A poluição das á guas, com o mercúrio, nos garimpos da Serra da Mantiqueira, trouxeram como conseqüência, nascimentos de crianças defeituosas.
Em maio deste ano, determinada publicação científica, denunciou a contaminação da população de Duque de Caxias, no estado do Rio de Janeiro, com inseticida conhecido como pó-de-broca ou hexaclorobenzeno (HCB). Inicialmente desenvolvido para combater os triatomídeos, conhecidos popularmente como barbeiros (transmissores do mal de Chagas), acabaram por contaminar a população local, devido à desativação do Instituto de Malariologia do Ministério da Saúde, responsá vel pela produção do veneno. Distúrbios do sistema nervoso, ná useas, diarréias e câncer, são algumas das conseqüências do contato com o produto. Moradores da região, dizem já não ter mais o paladar, já que perderam o olfato. O pior de tudo, é que o HCB acumula-se na cadeia alimentar por dezenas de anos. O lençol freá tico já está contaminado, e até mesmo a á gua de coco apresenta o HCB. Para tentar neutralizar o inseticida, utilizou-se óxido de cá lcio, mas, em vão. Isso iniciou uma série de reações químicas que passaram a dar origem à outras substâncias tóxicas a base de cloro como o diclorofenol, o triclorofenol, o diclorobenzeno e o triclorobenzol. Além do HCB existem também o clorato de sódio, sulfato de metila, metilisobutilcetona, pentaclorofenol de sódio (pó-da-China), negro de fumo, bifenilas policloradas (ascarel), chumbo, benzeno, acetona, dicloroetano e compostos organoclorados e organofosforados, que auxiliam na diminuição de indivíduos saudá veis.
A camada de ozônio é hoje, e provavelmente será também no futuro, um grande problema. Quem melhor, senão um professor de química, seria capaz de nos explicar, como o famigerado CFC, destrói a camada de ozônio? A camada de ozônio tem a finalidade de filtrar os raios nocivos do Sol, sua constante incidência sobre os seres vivos, pode causar alterações em seu material genético. A camada de ozônio, é uma manifestação alotrópica do oxigênio, e, da mesma forma que nosso organismo, ela tem a capacidade se regenerar. Mas sua regeneração é um processo lento, e por isso, é preciso dar um tempo, para a Mãe Natureza fazer seu trabalho.
Futuramente talvez sejamos capazes de utilizar de alguma forma, a poluição dos rios, e os resíduos das indústrias, como fontes de energia, acabando com a necessidade de explorar o petróleo por um bom tempo, diminuindo os desastres ecológicos e a poluição; ou ainda desenvolver formas de purificação das á guas dos esgotos de forma a reaproveitá -las. Utilizar as substâncias nitrogenadas como fertilizantes seria um bom começo. Quem sabe, algum químico, consiga, e muito provavelmente ao acaso, descobrir uma substância, que impeça o vírus HIV de aderir à parede celular do linfócito T-4? Algo muito útil, seria desenvolver materiais, como recipientes e embalagens, totalmente biodegradá veis. Nada é impossível. O impossível, é algo possível, que se esqueceu de acontecer. Mas como já disse antes, muito do que a ciência almeja, ainda está muito longe de ser alcançado.
Lembro-me de certa vez, de ter lido nas instruções de um kit de química o seguinte: "Amanhã, quando você enveredar para grandes estudos, siga o caminho da paz e da felicidade humana e não dê ao mundo, jamais algum elemento que sirva para o mal e a destruição. Se você descobrir alguma coisa, descubra-a para salvar uma vida e nunca para destruí-la." A ganância, nunca deve mesclar-se com a consciência do cientista. Os futuros químicos, terão um grande desafio, iniciado pelos químicos atuais, a ser vencido: auxiliar na restauração, daquilo que destruímos hoje. A realidade é dura, e talvez, prolongada. O terceiro milênio está bem perto, logo ali, nos esperando, para rir de nossos tropeços, e aplaudir nossos sucessos.