AS 20 REDAÇÕES SELECIONADAS PELA MOL.P.QUIM '99



1a. Série

Daniel Domingos Lopes
Fábio Berstecher Gehringerd

2a. Série

Olívia Meira Dias
Luciana Yukie Wada
Lucas S. Casagrande
Jackson S. Graziano
Sérgio Alexandre
Thiago Amaral Minami

3a. Série

Adriano Blattner Martinho
Rachel Rossine Baptista
José E. P. Cesario
Jonas Francisco Viotto da Cruz
Rubens Hideo Korogui
Emanoeli C. B. Pinto
José Marcos de Jesus
Beatrice Mantovoni Ruggiero
Vivian de Souza Gasperino
Luis Alexandre da Silva
Ana Paula H. Yokoyama
Ismael Rodrigues da Silva


1a. Série
Aluno: Daniel Domingos Lopes 1a. série do Ensino Médio

Professor: Claudio Diniz Couto / Luciano de Oliveira Cardoso

Escola: Escola Municipal Primeiro de Maio II - VC-Guarujá-SP

QUÍMICA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Ao começar minha crítica redação devo, antes de mais nada, ressaltar a seguinte questão: o que é desenvolvimento sustentável? É o desenvolvimento quer tecnológico, populacional, econômico, industrial que se desenvolve de uma maneira aplausível, ou seja, se auto sustentando.

Quando adentramos em um supermercado, deparamos com vários tipos de produtos: borracha, papel, sucos artificiais, refrigerantes, detergentes, sabonetes e uma intensa variedade de produtos alimentícios contendo aditivos químicos. Na construção de uma residência ou um arranha-céu usamos: cal, cimento, ferro. Na fabricação de veículos automotores são usados: tintas, minérios de ferro, vidro, borracha e outros. Alguns produtos derivados do petróleo são: gasolina, querosene, óleo diesel, plásticos (de grande aceitação industrial) como o P.V.C., Polietileno e o Poliestireno. A obtenção da energia elétrica se dá quer por processo nuclear, fotovoltaico, termelétrico, baterias e pilhas secas.

Podemos dizer que a maior parte dos produtos, durante a sua manufatura ou não, de uma ou outra forma, se relaciona com a CIÊNCIA QUÍMICA.

A "Química" é responsável por um alto progresso da humanidade, tecnológico e/ou econômico, desde a "Idade dos Metais" quando o homem teve seu primeiro contato com este material. Ao longo do tempo, o homem sentiu a necessidade de produzir suas próprias roupas, de cozinhar e conservar por muito mais tempo os seus alimentos, de produzir seus próprios remédios. Enfim, é fácil perceber que, desde tempos remotos, o homem teve sempre sede de progresso. Sede esta que só conseguiu atingir o seu apogeu durante a Revolução Industrial no século XVIII. Nesse período as civilizações passaram a produzir suas próprias roupas e, como a população, crescia cada vez mais, teriam de produzí-la em uma escala maior. Foi aí que começaram a construir máquina a partir de metais resistentes como o ferro e, mais posteriormente, o cobre. Com todo esse desenvolvimento, ele sentiu a necessidade de transportar e comercializar suas mercadorias para cidades mais distantes. Foi quando surgiram os primeiros veículos; de início, aqueles "movidos a vapor" e, adiante, os motores a explosão que culminaram por um outro lado, com a conquista do espaço cósmico (Lua). O avanço científico-tecnológico beneficiou ainda, a medicina, cujas modernas aparelhagens possibilitaram diagnósticos e cirurgias precisas. Com esse avanço, a humanidade conseguiu atingir um alto grau de expectativa de vida, pois, quando comparados com os habitantes da Era Neolítica que viviam em média 30 (trinta) anos, os da Era contemporânea podem ultrapassar os 100 (cem) anos de idade. A área alimentícia também foi beneficiada. Para melhorar a conservação dos alimentos, o homem começou a usar aditivos químicos. Na agricultura, pelo fato de as verduras e legumes serem consumidos por uma parcela muito grande da população, houve necessidade de se aumentar a produção, preservá-la e isentá-la das pragas. Entraram então, em cena, os inseticidas como o DDT e o BHC. A população mundial cresceu e cresce e, com ela, o consumo energético. Para dar conta da demanda, investe-se hoje em projetos de energia alternativa tais como: a energia nuclear, a energia solar, a energia magnética.

Bem, mas para que tais progressos ocorressem, o homem teve que desenvolver conhecimentos técnicos-científicos, dentre os quais, os conhecimentos químicos. Pois, desde a fabricação de uma agulha até a de um ônibus espacial a Ciência Química está inteiramente envolvida. Enfim, o desenvolvimento da humanidade, de uma forma ou de outra, depende desta ciência.

O desenvolvimento científico, favorece a economia de uma nação, na medida em que propicia a descoberta de novos materiais que facilitam cada vez mais nosso cotidiano e que aquecem o comércio. A economia cresce e as possibilidades de melhoria da qualidade de vida das pessoas também.

Todo esse progresso, no entanto, apresenta um lado negativo. Sem ele, o homem jamais teria inventado uma arma tão poderosa capaz de destruí-lo. Essa arma é chamada POLUIÇÃO.

A Ciência Química quando usada, com responsabilidade não agrava o meio em que vivemos, mas, pelo contrário, prejudica muito o meio em que vivemos, podendo levar à extinção a humanidade. O mau uso da Química pode prejudicar a saúde das pessoas e de muitas espécies animais e vegetais. O vazamento de petróleo nos mares, a fumaça tóxica desprendida pelos automóveis são algumas das conseqüências indesejáveis da vida moderna. A poluição não é e nunca foi uma novidade para a humanidade. Há cerca de cem anos, as fábricas já expeliam resíduos tóxicos em nossa atmosfera e em nossos mares e rios. Esse conjunto de poluentes provocam impactos ambientais como a chuva ácida, o efeito estufa, a inversão térmica que dificulta a dispersão dos poluentes e, o smog fotoquímico que podem provocar mutações genéticas nos fetos de mulheres gestantes; fetos estes que, muitas vezes nascem com anomalias físicas. Muitos dizem que a poluição é culpa da ciência e da tecnologia. Podemos dizer que, em parte, é verdade, pois, sem o avanço da ciência, o problema não existiria. Entretanto, sem ela, o homem paradoxalmente não teria realizado conquistas tão importantes e que, tão positivamente mudaram o rosto da humanidade. Um outro lado é aquele, como afirmam alguns: "Não há sociedade sem consumo". Ainda mais atualmente, já que a população consome de uma forma muita exagerada. Na verdade a aglomeração urbana já é considerada uma forma de poluição, pelos efeitos que causa: lixo (plásticos e vidros que duram muitos anos em nosso ambiente) nas ruas, o esgoto, o congestionamento dos carros pelo excesso de veículos, poluindo cada vez mais o meio em que vivemos.

A ganância do homem leva-o a produzir indiscriminadamente, produtos nem sempre necessários, fazendo-o um cego, pensando somente na geração presente e não na futura. Será que é certa esse atitude, deixando os problemas acarretados durante anos e anos nas costas das gerações que virão?

Devemos, antes de mais nada, mudar a economia mundial com um novo módulo mais adequado de desenvolvimento ambiental. Esta é a única alternativa para a sobrevivência a longo prazo da humanidade. Os homens que usam a sua incompetência para poluir o meio em que vivemos, devem conscientizar-se e reverter o processo, pois a Ciência só lhe é prejudicial, quando usada de maneira irresponsável.


Aluno: Fábio Berstecher Gehringerd 1a série do Ensino Médio

Professor: Marcos Formis / Antonio C. Coraini

Escola: Colégio "Leonardo da Vinci" de Ensino Médio - Jundiaí-SP

A QUÍMICA PARA UM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Certamente a Química é uma importante ferramenta do homem moderno, inovando o modo de vida das pessoas e trazendo cada vez mais benefícios para o ser humano. Mas todo progresso traz problemas se não for utilizado com equilíbrio e sensatez.

O mundo atual vive uma unificação de tendências e informações causadas pela globalização e que são necessárias para a vida no mundo moderno. Essa globalização atinge várias fontes mas podem ser reunidas em duas que se relacionam: o crescimento demográfico e o avanço da tecnologia.

O crescimento demográfico é um grave problema da humanidade na atualidade, gerando várias necessidades, como o contínuo desenvolvimento da tecnologia e, por conseqüência, um contínuo avanço das ciências, dentre elas da Química.

Atualmente, a Química se baseia em atender as necessidades do mundo globalizado, tais como: aumento da manufatura de produtos industrializados, acompanhado da melhoria da qualidade desses produtos, através do desenvolvimento de técnicas modernas de produção.

Uma das atividades com as quais a Química mais se preocupa é a produção de alimentos. Esse problema é causado pelo grande crescimento demográfico do planeta nesses últimos séculos e envolve uma série de problemas que a Química se vê obrigada em resolver, tais como a necessidade da produção de defensores agrícolas cada vez mais poderosos e menos tóxicos para a população que consumirá esses produtos, bem como a produção de fertilizantes e o desenvolvimento de novas espécies agrícolas para que se possa ter um aumento na produção das lavouras.

Outra atividade na qual a Química está presente é na atividade industrial. Nessa área, os problemas que a Química tem de resolver são ligados a produção, ao armazenamento e a qualidade dos manufaturados. Exemplos: desenvolvimento de conservantes, aromatizantes, corantes e outros aditivos alimentares capazes de possibilitar a expansão da capacidade de produção da indústria e de aumentar o tempo de armazenamento dos produtos; a composição do alimento e sua análise após a produção bem como o desenvolvimento de maneiras de produzí-los à partir de plantas.

Além dessas atividades, a Química faz-se necessária na produção de combustíveis para o mundo atual, criando novos combustíveis como o Hidrogênio e desenvolvendo maneiras de transformá-lo no tipo de energia necessária. Exemplos: produção de energia elétrica à partir das usinas nucleares; transformação de combustíveis fósseis em energia elétrica, energia térmica e outras, assim como a transformação do petróleo em vários manufaturados ou em combustível para os veículos.

Uma outra área importante de atuação da Química está no controle e no comunicação do mundo atual, já o computador controla quase tudo hoje em dia e a Química está presente nos "Chips" de computador, bem como para as telecomunicações, como as fibras ópticas.

Mas o uso indevido, desequilibrado e descontrolado da tecnologia gerou vários problemas para o meio ambiente e, sendo assim, para a humanidade, os quais a Química também ajuda a resolver, como: o aumento da emissão de poluentes e da quantidade de lixo produzido no muno, o qual polui o solo, a atmosfera, os oceanos e os lençóis freáticos; o desmatamento de grandes áreas de mata nativa, causando a extinção de várias espécies animais e vegetais, gerando assim o desequilíbrio ecológico e a ocorrência de vários fenômenos no planeta como o "El Niño", o "Efeito Estufa" e as "Chuvas Ácidas".

Porém, a Química se preocupa com o futuro de nosso planeta e por isso tenta resolver esses problemas de diversas maneiras: produzindo catalisadores e filtros para diminuir a poluição atmosférica e prevenir a ocorrência de fenômenos prejudiciais à Terra; desenvolvendo estações de tratamento de água e de esgoto para diminuir a poluição aquática; criando métodos de reciclagem para diminuir a produção de lixo e o desmatamento bem como a síntese de materiais sintéticos para substituir os materiais naturais como a madeira e assim combater o extrativismo; e o desenvolvimento da produção de cada vez mais biodegradáveis.

Conclui-se então que a Química está presente em quase todas as atividades do planeta, desde a produção de alimentos na terra até o desenvolvimento de combustíveis para as naves espaciais. Sendo assim é uma ciência versátil e que possibilita a origem, a manutenção e a conservação da vida no planeta; portanto deve ser usado com responsabilidade para possibilitar um desenvolvimento humano sustentável.


2a. Série
Aluno: Olívia Meira Dias 2a. série do Ensino Médio

Co-autores: Bruna C. Bergemann, Andressa S. Tedesco, Daniela I.Floriano

Professora: Maria Helena Cunha Palma

Escola: Curso Oswaldo Cruz Rio Preto S/C Ltda., São José do R.Preto-SP

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: UMA QUESTÃO DE OUTRO MUNDO

BOOOMMM!!!

- Mais um espelho solar quebrado! Esse telescópio só me dá problema!

Era mais um dia turbulento no espaço. Paul, astronauta da NASA, dirige-se ao telescópio quando encontra um estranho ser assustado:

- Desculpe-me! Esbarrei no espelho sem querer! Sou muito desastrado! Já estou acostumado com esses problemas…

- Nossa!!! O que é isso que você está usando? Eu uso um macacão pressurizado. Ele mantém as condições de pressão, temperatura, para que possa me manter no espaço. Além disso, me protege de choques contra meteoritos.

- Como vocês conseguem isso?

- Surge de pesquisas lá na Terra. O tecido externo é feito de fibras sintéticas, que não pegam fogo e são muito resistentes. Uso também um gel especial que absorve a urina, além de tanques de oxigênio, exaustores que retiram o suor e o gás carbônico tóxico, rádio para comunicação, entre outros.

- E todos se vestem assim?

- Não há necessidade. A Terra oferece condições favoráveis à nossa sobrevivência. Além disso, esse traje é muito caro, porém eles poderão ser utilizados pelos bombeiros, profissionais que lidam com fogo…

- Interessante… Sabe, queria conhecer melhor seu planeta…

- Não seja por isso, entre na nave que eu lhe mostrarei a Terra. Durante o passeio, o novo amigo estava encantado com a beleza dos oceanos, o verde das matas e…

- O que é aquela mancha preta?

- É a fumaça obtida das indústrias, do escapamento dos carros, da queima das florestas. Essa combustão dá origem a gases poluentes e prejudica toda a vida do planeta. Para ocorrer a reação é necessária a presença de oxigênio, liberando energia e poluentes como monóxido de carbono (CO), dióxido (CO2) entre outros.

- Se essas substâncias obtidas da queima do carbono são tão prejudiciais, porque vocês insistem em usá-la?

- A busca de energia pelo homem é essencial nos dias atuais para nos aquecer, cozinhar alimentos e colocar em operação nossa "gigantesca máquina tecnológica". Os atuais combustíveis, apesar de abundantes, são finitos e prejudicam o ambiente. Já tentamos usar a fissão nuclear para obter energia, mas tornou-se inviável devido aos possíveis riscos com reatores, como foi o caso de Chernobyl. O acidente nuclear foi causado por um superaquecimento do reator; a reação escapou da usina e contaminou o meio ambiente, ocasionando mortes e doenças. A Europa Ocidental também sofreu com o incidente, pois os ventos espalharam a radioatividade por milhares de quilômetros. Até hoje pessoas sofrem com o desastre que ocorreu há mais de 13 anos.

- Lá no meu planeta nós conseguimos energia pela fusão nuclear gerada pelas estrelas!

- Já experimentamos esse recurso na Terra, mas o custo é grande e a energia para promovê-la é maior do que a gerada. Atualmente, fala-se do "combustível do futuro". O hidrogênio é uma alternativa, já que é encontrado em grande quantidade no universo, e ao reagir com o oxigênio, origina água, que não polui. Poderíamos usar também o gás metano, que é proveniente da decomposição de detritos (a biomassa) e é um ótimo recurso para obter energia, ao contrário do petróleo, que além de poluir muito, é uma fonte de energia não renovável, pois a natureza demora milhares de anos para formá-la no fundo dos mares.

- Mar? O que é isso?

- Mar? Mar é água! Você vê toda aquela porção azul do planeta? Tudo é formado de água! Ela é a fonte de vida do nosso planeta!

- Puxa, se ela é tão importante assim, vocês devem cuida bem dela!

- Infelizmente, não é isso o que ocorre. Somente 3% de todo esse "azul" que você vê é a água que podemos consumir, pois o restante é água salgada. E desse valor, somente 1% está na forma de rios, lagos, plantas e animais. É um valor muito pequeno, e se o homem a usar deliberadamente, desperdiçando, ou mesmo poluindo, as gerações futuras terão grandes problemas. É preciso criar a "consciência" de que a água não é eterna, desde pequenos atos, como tomar banhos rápidos ou fechar bem a torneira…

- Afinal, para que serve a água?

- Ela compõe os organismos, produz energia na hidrelétricas, é meio de transporte, é usada na agricultura irrigando plantações…

- Agricultura? Plantações?

- Calma, vou lhe explicar. O ser humano precisa se alimentar, certo? Por isso, temos que plantar para obter parte do nosso alimento. Uma tecnologia que vem sendo empregada nas lavouras é a transgenia, ou seja, a modificação de genes para diminuir o uso de agrotóxicos e aumentar os valores nutricionais dos alimentos. Porém, esses alimentos modificados aumentarão a resistência da planta e o agricultor, em virtude disso, abusará do herbicida, contaminando solos, rios e outros alimentos. Os animais que integram a cadeia alimentar da planta também sofrerão com a modificação genética dela. Outra tecnologia utilizada nas plantações na qual a química ajuda é a aplicação de agrotóxicos; se ele não fosse aplicado, parte dos alimentos seria consumida por pragas e seria difícil alimentar a população mundial…

- Então os agrotóxicos são bons? Ninguém no seu planeta passa fome?

- Quem dera tudo isso fosse assim! Os agrotóxicos, sem um controle correto, também prejudicam a saúde humana e a dos animais, desequilibrando todo o meio ambiente. O controle biológico é uma solução para o problema, pois busca da natureza o "pesticida natural". Devemos também plantar flores e árvores nativas e aumentar o consumo de grãos e vegetais de agricultura orgânica, para evitar a destruição de florestas para a prática pecuária. Quanto à outra pergunta, nem tudo o que o homem produz pela tecnologia está ecessível a todos. Há muitas desigualdades. Você vê aquela favela lá embaixo?

- Sim, vejo. Como essas pessoas são diferentes de você…

- Essas pessoas sofrem com o descaso do homem. É um desrespeito terrível com a vida. Há tantas maneiras de acabar com essa miséria, mas a ganância parece ser maior… Temos muita terra, está certo que parte dela é improdutiva, ainda que a química possa reverter esse quadro melhorando, por exemplo, as condições do solo, mas a parte que é produtiva acaba destinando seus alimentos a uma minoria que tem condições de pagá-los. Ou seja, não são todos que têm acesso à esses produtos. Olhe! Aquelas pessoas estão tentando conseguir seu sustento do lixo.

- Lixo? Não conheço essa palavra…

- Lixo? Lixo, lá na Terra, é considerado um resíduo que não serve mais. Mas sabemos que não é verdade. Tudo pode ser aproveitado. Lembro do gás metano, que falei agora há pouco? Ele é resultado da decomposição da biomassa. É uma das utilidades do lixo. Além disso, o lixo pode ser reciclado. Uma coisa velha, sem valor aparente, ao reciclarmos, transforma-se em nova. Evitaríamos assim, a retirada constante de matéria prima da natureza, poupando-a; e muito do que se jogo no lixo também demora anos para se decompor. Atualmente, depositamos o lixo em terrenos "a céu aberto", que além de disseminar animais transmissores de doença, exala mau cheiro e libera depósitos mais um depósitos mais líquido ácido - o chorume -que contaminará o solo e o lençol freático Existem outros tipos de "depósitos"mais viáveis ecologicamente, pois protegem o solo, como os aterros sanitários, ainda que eles não aproveitem o gás metano e o lixo potencialmente reciclado, e sejam caros. Através dos incineradores poderíamos aproveitar a energia térmica, mas além dos modelos antigos não fazerem isso, ainda lançam para a atmosfera gases cancerígenos. Quanto aos dejetos orgânicos, é possível transformá-los também emquímica é adubo para os vegetais. O problema é o alto custo do empreendimento, e falta vontade nas pessoas para perceber que nosso "Planeta Azul" não é infinito, e pode acabar um dia se não cuidarmos bem dele…

- Não deixem que isso aconteça! Seria uma tragédia destruir um planeta tão bonito… Só não entendi uma coisa: afinal, essa tal de "química"é boa ou má?

- Essa é a questão. A química é uma ciência fascinante e que tem por objetivo proporcionar qualidade de vida ao ser humano. E seu aproveitamento, seja para coisas benéficas ou maléficas, só depende de quem usa, no caso, o homem. Temos que despertar para essa realidade e usar as vantagens da química para promover o "desenvolvimento sustentável". Desenvol…

- Não precisa explicar o que é desenvolvimento sustentável para mim! Isso já existe há alguns milênios no meu planeta, e assim vivemos em perfeita harmonia: a tecnologia não prejudica a vida.

- Isso seria o ideal! Devemos conscientizar a população a participar desse problema, a fim de garantir às futuras gerações uma vida melhor!


Aluno: Luciana Yukie Wada 2a. série do Curso Técnico Têxtil

Professora: Rosana Baldessari B. Pessoa

Escola: Escola Senai Francisco Matarazzo, São Paulo-SP

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Antigamente, o desenvolvimento era mais importante que o meio ambiente, o homem destruiu florestas para construir cidades, contaminou rios e o solo com agrotóxicos, dejetos e lixo para atingir seus objetivos.

Há alguns anos, começou-se a desenvolver programas ecológicos, algumas pessoas já estão preocupadas em preservar a biodiversidade e o ecossistema do planeta. Então surgiu a idéia de um "desenvolvimento sustentável", que é uma tentativa de desenvolvimento sem a destruição do meio ambiente.

Esta filosofia está começando a ser utilizada na indústria química com a idéia de "química sustentável", onde as empresas fazem o tratamento dos dejetos que serão jogados nos rios e no ar, reciclando a água para ser reutilizada, preservando áreas verdes e criando projetos de preservação do meio ambiente; estes pontos são muito importantes, porque a indústria química é a base para o desenvolvimento, ela está ligada aos setores farmacêutico, metalúrgico, alimentício, têxtil, cosmético entre outros, tendo uma grande responsabilidade em preservar a natureza.

E na agricultura, como "agricultura sustentável", que se produzem alimentos de forma a assegurar a conservação dos recursos naturais para que seja economicamente viável ao produtor e ao consumidor.

Outros segmentos da indústria também estão se preocupando e criando "gerências de meio ambiente", onde tentam encontrar alternativas menos poluentes para fabricar seus produtos.

Problemas como o efeito estufa, que é o aquecimento anormal da Terra, provocado pelo excesso de Dióxido de Carbono (CO2) na atmosfera e pelo uso de CFC (Clorofluorcabonatos) estão aumentando o buraco na Camada do Ozônio, que é essencial para nossa vida, porque nos protege dos raios ultravioleta (causadores de insolação, catarata e câncer de pelo). O ambiente sofre também com o lixo, esgoto e mercúrio, que provocam um desequilíbrio ecológico de grande proporções, mudando a vida dos animais, plantas e do homem.

Infelizmente não pensamos nisto antes, porque senão o nosso planeta não estaria sofrendo tanto e nós, com certeza, também não.

A população tem que se conscientizar de que, com pequenas ações, todos nós podemos ajudar a proteger o meio ambiente: não jogando lixo nas ruas, praias e rios, reciclando lixo e não destruindo plantas.

O mundo precisa da nossa ajuda, e só nós ainda podemos garantir um futuro feliz para as próximas gerações.


Aluno: Lucas S. Casagrande 2a. série do Ensino Médio

Professor: Ivo Carpini Martinez

Escola: Liceu Albert Einstein, Araraquara - SP

A IMPORTÂNCIA DA QUÍMICA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Desenvolvimento sustentável é todo empreendimento para favorecer a vida das pessoas de maneira a proporcionar benefícios às gerações atuais e inclusive, às futuras. E a Química harmoniza esse desenvolvimento, servindo de base, dando auxílio e impulso para esses empreendimentos. A Química, além de solucionar grandes problemas da atualidade, mostra o caminho e faz com que se encontrem e se desenvolvam novos produtos que podem promover a evolução da humanidade.

Um dos maiores problemas que o Homem enfrenta hoje em dia é a fome. Torna-se necessário então, o aumento da produção de alimentos. Para que cresça a quantidade e melhorar a qualidade desses alimentos é necessário aplicar novas técnicas de agricultura como a correção do solo, através da adição de calcário em solos excessivamente ácidos; o uso de pesticidas, a fim de impedir que os insetos danifiquem grande parte da lavoura; a adição de adubos, atualmente os mais comuns são os adubos artificiais ou químico (como o sulfato de amônio). Para obter, também, bons resultados nos alimentos de origem animal, é preciso tratar esses animais com rações especiais e protegê-los de um grande número de doenças e pragas que os atingem, para isso é possível utilizar vários remédios e outros produtos veterinários. Para evitar que os alimentos se estraguem, são adicionados diversos produtos químicos, conhecidos como aditivos ou conservantes de alimentos, por exemplo, os preservativos (que evitam a deterioração por microorganismos), os antioxidantes (que evitam a oxidação), os corantes (para dar cor a doces, sorvetes), os sabores artificiais (produtos, com sabor de limão, cereja), os emulsificantes e estabilizantes (para manter cremoso o alimento), e assim por diante.

No campo da Medicina a Química tem um papel decisivo no desenvolvimento de novos medicamentes. Um exemplo é o grande número de analgésicos que tornas as cirurgias indolores e mais seguras. Descobertas como das sulfas e da penicilina passaram a ser usadas no combate a infecções e epidemias, diminuindo relativamente as mortes em massa. Enfim, hoje a Medicina dispõe de calmantes, anestésicos, analgésicos, diuréticos, antibióticos, vitaminas, hormônios, medicamentos para combater a febre, o reumatismo, as doenças cardíacas, a tuberculoso e uma infinidade de outras doenças. Além disso, pesquisas estão sendo feitas a fim de encontrar novos medicamentos que venham curar moléstias até hoje fatais, como o câncer e a AIDS.

Os meios de comunicação também sofreram um grande impulso pela Química, que os aperfeiçoou cada vez mais rapidamente, principalmente na pesquisa de novos produtos que os tornaram mais práticos e evoluidos. Essa evolução do telefone, do rádio, da televisão e da transmissão de suas ondas por satélites artificiais decorreu de novas invenções, como transistores, painéis de conversão de energia solar em eletricidade. Os chips, menores que um palito de fósforo e que armazenam milhares de informações, permitiram o surgimento de uma máquina que é sinônimo de futuro e evolução: o computador. Os Satélites artificiais revolucionaram as comunicações mundiais, além de preverem catástrofes e fenômenos meteorológicos capazes de afetar todo o mundo, eles ampliaram o conhecimento humano em relação ao universo, através de pesquisas e descobertas de novos planetas para um possível desenvolvimento de futuras colônias humanas fora da Terra.

A Química ainda serve de base para uma imensidade de outros campos, sendo impossível viver ou ter um completo desenvolvimento sem ela, porque sem adubos o rendimento da produção agrícola cairia muito. Sem defensivos agrícolas, perderíamos grande parte das colheitas, agravando o problema da fome no mundo. Sem os combustíveis, não teríamos a movimentação de navios, trens, ônibus, automóveis, aviões. Sem tintas, vernizes, nossas casas, veículos e máquinas seriam "corroídos" mais rapidamente. Sem tecidos sintéticos haveria "racionamento" de roupas. Sem medicamentos, as doenças abreviariam a vida humana. Mas, é válido lembrar que a Química só vai ser importante para o desenvolvimento se for bem empregada, já que pode causar sérios danos a humanidade se utilizada inconscientemente.

Para evitar a fome, a poluição e outros males que afligem o mundo atual, é necessário que todos os homens, sem distinções, conscientizem-se de que a natureza só pode ser explorada com muita prudência e parcimônia. Devemos racionalizar a produção, a distribuição e o uso da enorme quantidade e variedade de produtos químicos que já se incorporaram à nossa vida diária. É muito importante evitar o consumo exagerado e o desperdício de materiais e energia, pois isso dá origem a muita poluição, acúmulo de lixo, além de poder "acarretar" posteriormente na escassez dessas matérias primas. Na verdade o problema nunca está nas coisas, mas no uso (ou abuso) que é feito delas. Em outras palavras, é preciso utilizar a Química almejando o desenvolvimento equilibrado da humanidade, de tal modo que nosso progresso não coloque em risco toda a vida vegetal e animal existente na terra: aproveitar e conservar.


Aluno: Jackson S. Graziano 2a. série do Ensino Médio

Professor: Angelo Ariente

Escola: Liceu Albert Einstein, Piracicaba-SP

QUÍMICA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

"Viver de modo sustentável, promovendo e adotando formas de consumo, produção e reprodução que respeitem e salvaguardem os direitos humanos e a capacidade regeneradora da Terra"

(Trecho da "Carta da Terra", apresentada no Rio de Janeiro em 1997 pelo Earth Council)

Transformação é uma das palavras de que regem o mundo atual. Transforma-se tudo: Matéria prima apropriada pode ser convertida em diferentes formas de energia, bens materiais, entre outras possibilidades. Mas será que todas transformações são benéficas? Ou algumas ferem o planeta, desrespeitando a vida desta e das próximas gerações?

É isso que o desenvolvimento sustentável investiga: Quais são os processos utilizados hoje que podem trazer prejuízos ao futuro, e de que forma podemos usá-los sem provocar danos ao planeta. Empregar a Química de modo sustentável, portanto, é criar caminhos alternativos a aqueles prejudiciais ao ambiente.

Em outras palavras: existem processos químicos e industriais que dependem de recursos naturais obtidos na natureza. Sabemos, porém, que essa matéria prima um dia se esgotará, e isso trará danos irreparáveis à terra. O desafio do desenvolvimento sustentável é encontrar meios de reparar ou previamente evitar os danos ao meio ambiente. Deve-se encontrar uma forma de dar continuidade ao progresso humano, porém sem trazer prejuízos a ninguém.

Um exemplo claro é o petróleo. Além de seus incontáveis derivados, é usado desenfreadamente por indústrias como fonte de energia. Mas já se tem consciência de que ele não é eterno: Mais cedo ou mais tarde se esgotará, e não há como fazer sua reposição. A natureza levou milhões de anos para compor toda reserva de petróleo do mundo, e o homem levou poucas décadas para levá-la à extinção. Hoje busca-se em laboratórios a solução para o problema. Pesquisa-se produtos alternativos para esse precioso líquido, porém isso não é tão simples: Os cientistas buscam um suplente para cada um de seus derivados. Para o caso da geração de energia, recorre-se como fonte alternativa o xisto, álcool, energia solar, nuclear, eólica, entre outras opções a serem pesquisadas.

Contudo, o desenvolvimento sustentável não se prende somente a isso. Existem inúmeras outras situações em que o bom senso entre em campo para solucionar algum problema causado pelo homem. Um exemplo disso é a invenção do detergente. Quando foi inventado, era dado como uma maravilha. Mas, iniciada sua utilização em massa, revelou-se como algo terrível: Os detergentes formavam uma camada de espuma na superfície de lagos e rios, impedindo o livre fluxo de oxigênio, essencial à vida dos peixes. Isso levou os pesquisadores a buscarem uma solução para o problema, e foi criado o detergente biodegradável, que é todo aquele que pode ser decomposto sob a ação de microorganismos que vivem em meios diversos.

Podemos também citar o caso do CFC. Inventado no final da década de 20, era um produto altamente utilizado: sistemas de refrigeração, aerossóis, espumas plásticas, limpeza de circuitos e até neve artificial em estações de esqui se utilizavam desse produto feito a partir de Cloro, Flúor e Carbono. E o melhor, não possuía contra-indicações. Mas um grupo de pesquisadores encontrou o inesperado: o CFC tem a singular propriedade de corroer a amada de Ozônio (O3) do planeta. Com a falta dessa camada protetora encontrada a 30.000 metros acima da superfície da Terra, estamos sujeitos a câncer de pele, além da destruição de microorganismos marinhos e da redução da produção agrícola. Para sanar o problema, foram pesquisados produtos equivalentes ao CFC. A principal alternativa é fazer uso do HCFC, -ou hidroclorofluorcarbono - que contém Hidrogênio, reduzindo a perda de ozônio.

O desenvolvimento sustentável também se preocupa com a integridade do ambiente que cerca a sociedade. Seguindo essa filosofia, quando o homem se instala em certo espaço, ele deve buscar a auto-suficiência. Deve retirar o necessário do ambiente para o seu uso e repor logo em seguida. Dessa forma, não causará desequilíbrio ambiental, e não haverá necessidade de mover-se para outros lugares constantemente. Ilustrando essa idéia: Se uma fábrica de lápis emprega madeira retirada da natureza, ela não pode simplesmente devastar certa floresta e sair em busca de outra. É necessário replantar o que foi retirado. Criando esse ciclo, não haverá necessidade da fábrica migrar, após a derrubada das árvores, e estará contribuindo com a renovação e regeneração ambiental. Esse é a idéia da reciclagem, que pode ser aplicada a outros tipos de indústrias, como a de plásticos, papéis, vidros e metais; e da compostagem, que visa e reutilização de matéria orgânica. Aplicando a reciclagem e a compostagem, podem ser evitadas práticas como a de depósitos de lixo, que trazem um lastimável comprometimento do meio ambiente, contaminando o solo e lençóis freáticos.

Essas são pequenas aplicações do conceito de desenvolvimento sustentável e representam uma insignificante porcentagem dos benefícios que essas práticas podem trazer. Isso é usar a Química de modo sustentável. É encontrar caminhos de enfrentar problemas, preocupando-se com a integridade do ambiente, com a satisfação do homem de hoje a garantia de sobrevivência da geração futura.


Aluno: Sérgio Alexandre 2a. série do Ensino Médio

Professora: Ilza Mara Barros Lourenço

Escola: Colégio Universitário, Jundiaí, SP

QUÍMICA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Introdução

A Química está presente em todos os momentos da sua vida, ainda que muitas vezes você nem se dê conta disso. Suas roupas, por exemplo, sejam elas feitas de material aritificial, como o náilon e o poliéster, ou de material natural, como o algodão, a seda, a lã ou o couro, foram obtidas através de reações químicas, produzidas em laboratório ou ocorridas em animais e plantas.

Toda a sua alimentação também tem relação com a Química, pois são necessárias reações químicas para produzir, separar e digerir os alimentos que você ingere.

Problemas gerados pela Química no passado

Há cerca de 500 anos, a Química era uma ciência relativamente contraditória. De um lado, suas reações e diversas propriedades formaram e puderam melhorar os objetos que nos cercavam, mas, por outro lado, a Química era uma da vilãs da natureza.

A toxicidade de alguns elementos e algumas reações produziam alta quantidade de poluentes de diversas naturezas. Podemos afirmar que a Química apresentava duas faces opostas.

Um bom exemplo deste fato são os automóveis. Antigamente, eles eram movidos por diferentes tipos de álcoois, compostos que apresentam grupo hidroxila (-OH) ligado a carbono saturado. A combustão destes compostos fornecia energia adequada para movimentar os mesmos, porém a mesmo combustão provocava sérias complicações ao ar atmosférico. A equação que representa a combustão completa de álcool alifático saturado pode ser dada por

CnH2n + 20+3n ® n CO2+ (n+1)H2O

Os dois álcoois comumente utilizados como combustíveis eram o metanol e o etanol.

Os principais óxidos formados nos motores dos veículos durante a queima do combustível eram o CO (monóxido de carbono), o SO2 (dióxido de enxofre) e os Nox (óxidos de nitrogênio).

O NO2 eliminado pelo escapamento dos veículos reagia como o O2 do ar produzindo outro poluente atmosférico, o ozônio (O3).

Outro exemplo de reação extremamente prejudicial ao meio ambiente, que acontecia com freqüência, era a que provocava a chamada chuva ácida. Vale lembrar que este termo é, de certa forma, inadequado, já que o pH da chuva considerada comum é ácido. A chuva ácida, portanto, seria na verdade mais ácida que a comum, não significando que esta seja neutra.

Esse tipo de chuva ocorre a partir das seguintes reações:

S + O2 = SO2

SO2 + ½ O2 = S03

Estes óxidos reagem com a água da chuva, formando ácidos:

SO2 + H2O = H2SO3 (ácido sulfuroso)

SO3 + H2O = H2SO4 (ácido sulfúrico)

Uma vez caindo no solo, essas chuvas atribuíam-lhe acidez excessiva danificando plantações e lençóis freáticos que pudessem existir no local. Sem mencionar as construções e equipamentos que eram constantemente danificados pelo contato com esta água.

Com a implantação dos carros totalmente movidos a energia solar, no ano de 2189, o inconveniente da poluição gerada através do processo descrito acima foi eliminado. Os primeiros modelos tinham velocidade e potência reduzidas, mas atualmente chegam a desenvolver até, aproximadamente, 190 Km/h.

A reciclagem de quase todo o tipo de material que existe na atualidade também não foi sempre observada. Antigamente, toneladas de embalagens descartáveis acumulavam-se em depósitos de lixo. A reciclagem, além de diminuir o acúmulo de lixo, é extremamente vantajosa em termos enconômicos, já que é muito mais barato reciclar do que produzir novamente.

A camada de Ozônio, que protege a terra da nocividade dos raios do sol, já esteve muito agredia. Até o ano 2056, quando foi assinado um acordo entre as principais potências do mundo excluindo definitivamente o uso do CFC (clorofluorcarbonetos), que já havia sido reduzido, este gás era liberado em abundância por geladeiras e aerossóis principalmente.

O CFC quebra as ligações da molécula de Ozônio, que perde um de seus átomos de Oxigênio e transforma-se em O2, perdendo seu poder de "filtração".

Ainda hoje, sobre algumas regiões do globo, observa-se um ligeira afetação da camada, todavia sem ameaças à população, pois encontra-se em processo final de regeneração natural.

A produção de energia elétrica também causou problemas durante muitos anos aos habitantes da Terra. Muitas usinas nucleares despejavam lixo sem o acondicionamento necessário, ou até levavam o mesmo para despejar em países subdesenvolvidos, e as termoelétricas liberavam grandes quantidades de gases poluentes com a queima do carvão.

Química na atualidade - o desenvolvimento sustentável

Atualmente, com a evolução das tecnologias, e principalmente com a consciência do homem, que aprendeu a entender o mundo em que vice, a Química é considerada uma ciência que acompanha e auxilia em todos os seus atos, sem gerar nenhum tipo de poluição ou mal para a sociedade.

A fusão nuclear, os carros movidos a energia solar e a substituição do CFC hoje são considerados alguns dos fatores que mais auxiliaram o homem a entrar em equilíbrio com a Química e, consequentemente, com o meio ambiente.

Na verdade, o fator que mais contribuiu para esta revolução foi a conscientização do homem. A Química tem um poder incalculável. Um poder que até hoje não descobrimos por inteiro, mas que depende fundamentalmente do intuito com que for manipulado. A partir do momento em que a civilização entendeu que a mudança de comportamento permanente e radical teria contribuição decisiva para a chegada ao desenvolvimento sustentável, a Química passou a ser conhecida pelos benefícios que nos concede.

Que o passado, então, nos sirva de estímulo para que nunca insistamos naqueles mesmos erros. Apesar de que não existe maior estímulo do que a paisagem que vemos diariamente, o ar puro que estamos respirando agora, enfim: a qualidade de vida que possuímos com o desenvolvimento sustentável atingido.

18 de janeiro de 2487

Obs.: talvez espante aos leitores o "otimismo" usado neste texto. Porém, os espantados com este fato devem espantar-se também com aparentemente absurda proximidade que estamos do desenvolvimento sustentável. Por mais que o planeta esteja como está, a Química já se mostrou uma importante e poderosa aliada do homem na luta por este desenvolvimento. O que falta apenas é a vontade de atingí-lo por parte dos seres humanos que precisam deixar o egoísmo de lado para que, algum dia, filhos, netos, bisnetos da atual geração possam entregar a seus professores um trabalho como o descrito acima, só que não mais amparado em prognósticos, mas sim em certezas.


Aluno: Thiago Amaral Minami 2a. série do Ensino Médio

Professora: Pilar Villena Gini

Escola: Colégio Visconde de Porto Seguro, São Paulo, SP

A TERRA E O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

O ano era 2050. Em algum ponto do universo, um antigo Deus, com milênios de existência, coçava uma longa barba branca. Estava refletindo. Era um Deus que ocupava alta posição na hierarquia universal dos seres vivos, uma vez que era dono e protetor de 990 planetas dotados da característica fundamental que torna qualquer astro do universo importante.: a presença da vida. Eram planetas em diferentes escalas de desenvolvimento, no entanto todos podiam se dizer auto-suficiente, já que não necessitavam mais da ajuda de seu Deus protetor par evoluir.

No entanto, um dos planetas que esse Deus ancião protegia não estava indo lá muito bem; havia mais de cinco anos que não ocorria qualquer sinal de desenvolvimento neste local, os seres vivos que lá moravam pareciam ter parado no tempo, não caminhavam para a frente. E era justamente por isso que ele refletia. Não conseguia nem ao menos imaginar o motivo pelo qual isso acontecia, era uma enigma que nem todos os milhares de anos que carregava sobre os ombros, podiam solucionar. O que fazer? A sua experiência lhe respondeu: um ser realmente sábio deve conhecer os limites de sua capacidade, percebendo o momento exato em que ela atinge o seu degrau mais alto de alcance. E caso o objetivo almejado esteja acima desse grau, nada impede que se chame alguém pra dar uma ajuda na sua vida. Foi o que o deus fez. Convocou sua filha mais velha, Gaia, para ajudá-lo.

- Não esquenta não velho, pode deixar que eu resolvo o problema da galera lá. Eu só tenho que ver o que tá rolando lá… como é que se chama esse lugar?

- Eu chamo de XO-639. Os nativos chamam de Terra.

Logo ao chegar, Gaia já tomou conhecimento de como tudo funcionava naquele pequeno planeta azul. Era um lugar de espécies vivas bastante diversificadas, porém uma delas se destacava da maioria, constituindo a raça dominante do local: eram os chamados seres humanos. Só que a Terra não parecia estar parada no tempo, ao contrário, parecia estar andando para trás. Os homens estavam no esplendor de sua decadência; epidemias de doenças, escassez de comida, água e recursos minerais essenciais para a sobrevivência, poluição intensa, abalos sísmicos, furacões, extinção de várias espécies animais e vegetais, tudo contribuía par a calamidade que se estendia por toda a região entre os dois pólos do planeta.

Gaia tentou achar a causa daquilo tudo, procurou pensar em todas possibilidades para aquilo, mas falhou. Resolveu então procurar a história recente do planeta. Eis o que encontrou.

"No dia 12 de junho de 2025 teve fim a terceira guerra, que provocou a maior destruição e catástrofe que o mundo já presenciou. Todas as nações sentiram, sentem e sentirão as conseqüências desse conflito, uma vez que a guerra acabou, porém deixando uma cicatriz eterna na face machucada do planeta Terra. Essa guerra teve por principal característica a ampla utilização do bombas e armamentos químicos, motivo pelo qual os governantes resolveram abolir todas as pesquisas e estudos relacionados ao desenvolvimento da química, a fim de proteger a humanidade de mais catástrofes como a que presenciaram alguns anos atrás. Tal decisão foi apoiada por todos, com exceção da comunidade que químicos e cientistas do mundo todo, que sustentaram a idéia de que a química é necessária para o desenvolvimento e manutenção do planeta. No entanto, tais pessoas foram rapidamente excluídas as sociedade, para evitar que, no futuro, recriassem essa ciência que lhes serviu apenas como arma para matar uns aos outros".

- Cara, esse povo é muito estúpido. Como diria meu pai "eles estão cortando as pernas das cadeiras onde eles mesmos estão sentados". Mas nada que a poderosa aqui não possa resolver. -dizendo isso, Gaia assumiu o corpo de um ser humano, mais precisamente do presidente do Brasil, uma vez que ele era o homem que governava a grande potência da época (as antigas potências haviam se destruído na terceira guerra mundial).

Como primeira providência, fez uma longa pesquisa acerca os costumes e hábitos do planeta, o que não levou mais que uma semana para ser concluído, sendo suficiente para que aprendesse tudo sobre o que havia na Terra (era uma deusa, tinha então capacidade muitas vezes maior que a dos outros seres). Assim, logo que acabou, resolveu fazer um pronunciamento em rede mundial:

- Habitantes do planeta Terra, eu, como presidente do Brasil, país de grande representatividade no plano mundial, tenho uma proposta a todos vocês que estão me assistindo (os televisores do mundo inteiro possuíam dispositivos que traduziam o que Gaia falava em brasileiro, a língua oficial do Brasil). Todos nós, habitantes do mesmo mundo, enfrentamos uma fase pouco propicia ao desenvolvimento da humanidade. Pode-se dizer que estamos quase parados no tempo. Mas qual a causa de tudo isso? Eu tenha uma teoria e uma solução. Há alguns anos atrás fomos obrigados a lutar em uma guerra que foi, possivelmente, a pior em toda a história do mundo. E, figurando como protagonistas deste conflito, estavam todos os tipos de armamentos químicos conhecidos. Isso nos deixou temerosos quanto aos prejuízos que esta ciência chamada química pudesse vir a causar num futuro próximo. Fomos então obrigados a abolir, apressadamente, todos os estudos envolvendo qualquer tipo de ciência. No entanto, acredito que cometemos um grave equívoco ao por em vigor tal medida de prevenção. Acredito que, em vez de enfrentar o problema de tentar domar a Química para ser utilizada exclusivamente em nosso benefício, acabamos por fugir da situação, excluindo da sociedade o que não podemos controlar. Estávamos errados, repito. Todos nós nos desesperamos ao ver, rotineiramente, epidemias matando milhares de seres humanos, catástrofes naturais destruindo cidades inteiras, secas e fome assassinando crianças, enfim tudo isso vem causando a declínio do planeta. E o que fazemos? Esperamos para ver o que acontece? Não. Temos força para resolver todo este caos? Sim. E creio que podemos encontrar um grande aliado nessa ciência exilada de nossa sociedade chamada Química.

- Imaginem, se a Química foi tão importante para o desenvolvimento de seus antep… quero dizer, de nossos antepassados, por que não seria útil também para nós? Foi graças à química que o homem conseguiu meios de transporte, através de princípios básicos como o da combustão. E não foi da combustão de compostos orgânicos, como as aminas, as cetonas, as amidas, os álcoois, e compostos inorgânicos, como as bases, os ácidos, os sais, que nós conseguimos tantos avanços na cura das mais diversas doenças? E temos de lembrar que a Química foi e é responsável por produtos e alimentos que usamos até hoje, como as substâncias que usamos para limpeza, como os muitos alimentos que compramos nas lojas e que nos sustentaram nas épocas de falta de comida. Lembram-se do ano de 2015, quando faltaram laranjas no mundo inteiro? Teríamos que ficar sem sentir o gosto delas por um ano inteiro, não fossem os compostos químicos que conseguiam lhe imitar o sabor e até mesmo o cheiro, característica conseguida através dos ésteres. E o ácido acético que usamos até hoje na forma de vinagre? E as ligas metálicas? E o plástico, oriundo dos hidrocarbonetos contidos no petróleo? Como vêem, os nossos antepassados utilizaram a química para se desenvolver. Então por que nós não podemos? A partir de hoje, o meu país vai investir pesadamente no setor de pesquisas no ramo da química. Eu darei atenção pessoal ao projeto.

E assim foi, Gaia (presidente do Brasil) liberou todos os cientistas e químicos antes aprisionados, incentivou a formação de novos profissionais, liberou inúmeras verbas para o setor. Ela mesma deu uma ajuda aos mortais, indicando aqui e ali o caminho a ser seguido. Mas também assegurou-se de que ninguém estava usando aquilo para desenvolver pesquisas maléficas, garantindo os direitos de trabalho apenas à profissionais competentes e boa fé.

Passaram-se vinte anos. As mudanças no planeta eram evidentes. Conseguiram-se novos medicamentos para o combate às epidemias de doenças que assolavam a população. Com muita pesquisa, descobriu-se um novo material feito de uma liga metálica resultante de metais abundantes no planeta, e melhor, muito mais resistentes que os conhecidos até então. Com isso, reforçou-se a estrutura de casas e edifícios de todo o planeta tornando-os resistentes a qualquer terremoto ou furacão. Desenvolveu-se também um adubo com base na química orgânica que conseguia aumentar relevantemente o potencial de solos secos e pobres em nutrientes. Isso foi de grande auxílio às nações subdesenvolvidas, ainda que não resolvesse o problema da fome e pobreza nestes países, uma vez que havia muitos outros entraves sociais e políticos para a resolução deste problema. No caso da chuva ácida, freqüente em todo o mundo, Gaia utilizou-se de um composto básico extraterrestre, que, ao contrário dos terrestres, era extremamente forte e volátil. Tanto que, quando em contato com o ambiente terrestre, conseguia neutralizar todos os ácidos presentes na chuva ácida, como por exemplo o ácido nítrico e sulfúrico. E tudo sem causar efeitos colaterais nomeio ambiente, já que a Química havia sido utilizada de forma racional e bem pensada.

Terminando o trabalho, Gaia deu-se por satisfeita. Havia persuadido os outros líderes mundiais a favor de sua teoria, conseguira apontar o caminho certo ao ser humano, o caminho do desenvolvimento. Então deixou o corpo do presidente (que havia sido reeleito cinco vezes seguidas, com Gaia no comando) e rumou para o espaço. Encontrou o seu pai lhe esperando com um sorriso nos lábios:

- Tu me destes grande felicidade, minha filha. Parabéns, és digna de ser uma deusa

- Valeu, velho. Só que agora eu quero me mandar daqui e passar os próximos 100 anos na boa.

- Está certo minha filha. Vá em frente.

- Só, velho.

Assim Gaia, através da Química, deu os primeiros passos junto com a terra no caminho de desenvolvimento sustentável.


3a. Série
Aluno: Adriano Blattner Martinho 3a. série do Ensino Médio

Professor: Marcos Formis e Antonio C. Coraini

Escola: Colégio "Leonardo da Vinci" de Ensino Médio, Jundiaí, SP

A QUÍMICA PARA UM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Milênios atrás a humanidade se lançou numa viagem rumo ao interior da matéria. Que estranha fascinação compelia o grego a questionar-se sobre a composição e a origem das coisas? Talvez os ventos do Jônio levassem às alturas sua imaginação e sua desconfiança para com o empirismo, despertando a relutância contra visões simplificadas e falsas da existência. Já bem cedo o homem descobriu que a luminescência das estrelas e a realidade interna e a textura de tudo que lhe era palpável e visível. Fizeram-se filosofias sobre a microscópica, agigantada organização do universo, que aumenta tanto mais quanto se distancia da Terra; porém foi igual o interesse no mergulho em busca de sua unidade mais básica e elementar.

Nos caminhos, atalhos e desvios desta jornada intrínseca nascia a Química, ciência que busco compreender e domar a matéria, colocando-a a serviço do homem. Inumeráveis foram os progressos desde então. Entre Demócrito e Mendeleev, ela se tornou diretamente responsável pelo desenvolvimento, sobrevivência e perpetuação da raça humana sobre a biosfera.

De imediato vem à lembrança as vastas contribuições que a Química deu às ciências médicas, por serem estas as mais diretamente preocupadas com o bem-estar dos seres humanos. A compreensão do metabolismo de animais e vegetais, seu conseqüente direcionamento para a fabricação de remédios, sofisticadas técnicas de síntese de compostos orgânicos artificiais; a obtenção de medicamentos de qualquer ordem, enfim, só são possíveis devido à pesquisa e aos tratados de Química. Ainda nesse campo, que progresso inegável foi, para a evolução das técnicas de tratamento e intervenção em pacientes, a revolução dos novos materiais - com benefícios estendidos a todos os setores da sociedade. Quem hoje imaginaria um mundo sem ligas metálicas, plásticos, borrachas, sintéticos e descartáveis de numerosas variações?

A produção, sem a Química, hoje se restringiria aos mesmos procedimentos rudimentares dos tempos primordiais. Tal constatação, de tão óbvia, pode parecer até mesmo ridícula: o ser humano, habituado com sua organização social, que lhe coloca mercadorias e bens de consumo disponíveis nos supermercados, facilmente se esquece do papel crucial que as teorias químicas desempenharam e desempenham na obtenção, refino, manipulação e aproveitamento das matérias primas. Ao fim de mais um século, a Química se mostra novamente prestativa para o entendimento detalhado dos processos que alteram o equilíbrio ecológico no planeta, oriundos da própria produção, que deve à Química, além da existência, o constante aperfeiçoamento para técnicas pouco agressivas do meio em detrimento da atividade irresponsável e predatória. Como nunca, concentram-se atualmente esforços para a reciclagem de lixo e economia de recurso minerais. Persegue-se aquele antigo sonho de energia limpa e abundante, do qual a Química se aproxima cada vez mais com as pesquisas sobre fusão de hidrogênio. Graças a ela nunca estivemos tão longe do apocalipse malthusiano, que erroneamente previsto no século passado subestimou a ciência e a capacidade adaptativa do homem. Embora milhares passem fome pelo mundo todo, os métodos para adubação do solo e cultivo de alimentos nunca foram tão eficientes e a fartura tão grande como agora.

Uma vida inteira de estudos talvez não fosse capaz de, em breves linhas, relacionar e descrever com pormenores todas as aplicações que a Química apresenta no cotidiano, bem como suas implicações para um futuro estável. No entanto, para reconhecer sua evidente importância, não é necessário entrar com os detalhes da fabricação de fibra ópticas ou chips de computador.

A História é categórica ao mostrar que, para o homem, a Química foi mais do que necessária: foi inevitável.


Aluno: Rachel Rossine Baptista 3a. série do Ensino Médio

Co-autores: Fernanda B. Belizário, Natália M.V.R. Bittar, Rodrigo S. Murta

Professora: Neusa J.C. Caramel

Escola: Colégio Singular, Santo André, SP

QUÍMICA: CONSCIÊNCIA AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTO

O padrão de desenvolvimento e riqueza adotado pelo homem na época da Revolução Industrial - e que foi dado como exemplo ao resto do mundo posteriormente - desconsiderava os aspectos ambientais e os impactos ecológicos que a extração e utilização abusiva dos recursos naturais poderiam causar.

A satisfação dos interesses imediatos dos homens acabou gerando uma situação insubsistente em relação à natureza, situação tal que teve marco de preocupação nos anos 70. Dai em diante, surgiram inúmeros projetos que têm como objetivo a reestruturação do modelo explorador dos recursos naturais e dentre eles foi criado o termo "desenvolvimento sustentável"

Entende-se por desenvolvimento sustentável aquele que concilia métodos de proteção ambiental, eqüidade social e eficiência econômica, promovendo a inclusão econômica e social através de política de emprego e renda. Este estilo de desenvolvimento deve oferecer um amplo conjunto de políticas públicas capaz de universalizar o acesso da população aos serviços de infra-estrutura, mobilizando os recursos de modo a satisfazer as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades.

Realidade alcançável ou utopia? O planeta já sofreu e vem sofrendo as conseqüências do imediatismo, podendo ser claramente observado em toda região modificada pelo homem.

O sueco Svante Arrhenius, prêmio Nobel em 1903, ao fazer um levantamento das primeira décadas da Revolução Industrial, percebeu que o homem estava queimando carvão num ritmo sem precedentes. Os cientistas já sabiam que o dióxido de carbono, um subproduto da queima de combustíveis fósseis, aprisionava a radiação solar infravermelha que de outro modo seria refletida de volta para o espaço, havendo, havendo aumento da temperatura global, o chamado Efeito Estufa.

Nas últimas três décadas, a quantidade de dióxido de carbono na atmosfera aumentou mais de 10%, conseguimos eliminar quase todas as reservas sepultadas em 500 milhões de anos em apenas 100 anos. O percentual de dióxido de carbono na composição do ar passou de 0,035% para 0,06%, o que é suficiente para mudar muita coisa. A população do mundo mais que triplicou neste século e a produção industrial cresceu 510 vezes. Quatro quintos deste crescimento se deu desde 1950 pelo uso de combustíveis fósseis e nos próximos 55 anos haverá um aumento de 3% ao ano do consumo de energia e os maiores acréscimos poderão ocorrer no uso do carvão, que expele mais dióxido de carbono do que qualquer outro combustível. Além disso, o desflorestamento atualmente acrescenta à atmosfera cerca de 1 bilhão de toneladas de carbono por ano.

Quando há a chamada "mistura rica" - em que há excesso de combustível - parte dele fica sem reagir, formando os hidrocarbonetos, causadores de câncer, e o monóxido de carbono, altamente tóxico pois pode combinar-se à hemoglobina do sangue no lugar do oxigênio, impedindo que este circule no organismo. O carburador, acertando a mistura provoca altas temperaturas, surgindo os óxidos de nitrogênio (azoto). Outro agravante é a presença de chumbo, responsável pelo estrago dos conversores catalíticos e a degenerarão do sistema nervoso central pelo acúmulo no organismo, utilizado para aumentar a eficiência de gasolina.

O desequilíbrio na fauna do planeta é agravado pela liberação de gás metano, 20 vezes mais eficiente do que o dióxido de carbono no aquecimento da Terra. Com as grandes criações de gado, a humanidade possui bem mais de um bilhão de cabeças, sem contar um grande número de camelos, cavalos, porcos, carneiros e bodes: juntos, eles despejam anualmente no ar cerca de 73 milhões de toneladas de metano - um aumento de 435% no último século. Aumentamos também o número de cupins, calcula-se que haja mais de meia tonelada de cupins para cada pessoa do planeta. Os cupins excretam quantidades fenomenais de metano: um único cupinzeiro pode eliminar 5 litros por minuto. No entanto, os arrozais são ainda mais eficientes: liberam nada menos que 115 milhões de toneladas de metano por ano. E os arrozais precisam aumentar todo ano para alimentar a crescente população mundial.

Juntos, esses três gases denominados "gases estufa", provocam o aquecimento da terra. Previsões apontam uma subida de 1,5 a 5,0 graus centígrados durante os próximos 50 anos, provocando catástrofes ecológicas e geoquímicas.

O efeito estuga aquecerá os oceanos e começará a degelar o permafrost (solo permanentemente congelado) estimando-se que haverá uma elevação do nível do mar de até 2,10 metros por volta do ano 2100, segundo a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, invadindo ilhas e cidades costeiras.

O desenvolvimento sustentável aparece neste fim de século para tentar solucionar o problema da degradação ambiental, uma série de medidas que visam barrar este processo irreversível, e reeducar o homem como ser social, entender que a natureza é parte de seu mundo e não algo alheio a ele, portanto passível de exploração desmedida. Nada voltará ao que era, as florestas convertidas em carbono não retornarão, o que poderá amenizar a questão é o reflorestamento. O que não significa que devamos deixar de buscar soluções para, ao menos, deter o processo de degradação acelerada do meio ambiente natural do nosso planeta, e ajudar a construir um futuro no qual os seres humanos vivam em harmonia com a natureza.

Há quarenta anos, quando começou a ser implantado o pólo petroquímico de Cubatão, no litoral paulista, ninguém se preocupou. E o resultado todos conhecemos e lamentamos: Cubatão ganhou o título de campeã mundial da poluição. Essa diferença de tratamento entre o passado - quando a preocupação com o meio ambiente era rotulada de romantismo - e o presente mostra como mudaram os valores das questões de poluição. Foi-se o tempo, por exemplo, de obras como a Hidrelétrica de Balbina, ao norte de Manaus, sempre lembrada quando se fala em falta de planejamento ambiental. Balbina inundou uma área equivalente a do lago Tucuruí, sepultando madeira nobre e um número incalculável de animais, para fornecer trinta vezes menos energia que a usina paranaense. Se fosse planejada hoje, sua licença dependeria de uma análise prévia do impacto ambiental que viesse a provocar.

A fim de controlar a liberação de dióxido de carbono no ar atmosférico, nos automóveis, foi implantada a injeção eletrônica - uma espécie de computador que regula a demanda de combustível conforme dados captados por sensores de aceleração, de temperatura e de pressão atmosférica - economiza até 20% de combustível, e permite ao carro receber os conversores catalíticos, que são capazes de reduzir a poluição em 90%, funcionando somente com os motores bem regulados.

O conversor catalítico é uma espécie de filtro cilíndrico de cerâmica impregnado com metais preciosos: platina e ródio para os carros à gasolina e palácio para os movidos a álcool. O cilindro, envolto por uma carapaça de ferro aluminizado ou aço inoxidável, é colocado no escapamento acerca de um metro do motor. Parece uma colmeia com inúmeros canais a serem atravessados pelos gases a uma temperatura de 500 graus Celsius. Em contato com os metais, os poluentes convertem-se em inofensivos: vapor de água, nitrogênio puro e gás carbônico.

A destruição da camada de ozônio decorre de uma catálise homogênea decorrente da ação destruidora do CFC. A sigla CFC designa uma família de compostos formados pelos elementos cloro, flúor e carbono na sua composição, sendo também conhecidos por freons. Eles são usados em produtos tipo spray, na tubulação interna de geladeiras, ar-condicionados, freezers, solvente para limpar circuitos e matéria-prima para espumas e isopor, a partir da década de 30. Um dos mais utilizados apresenta fórmula molecular CF2Cl2, chamado freon-12. Numa altitude de 20 a 30 Km, onde existe a maior concentração de ozônio, o freon origina átomos livres de cloro. Esse átomo de cloro livre não é estável, e catalisa a decomposição do ozônio em oxigênio. Não são apenas os CFCs que possuem essa propriedade de destruí-la, os óxidos de nitrogênio (NO e NO2), emitidos por automóveis, também atuam de modo análogo. O ozônio é um importante filtro dos raios ultravioleta provenientes do sol que podem causar, entre outros efeitos, câncer de pelo e destruição de algumas espécies vegetais. A descoberta de seu efeito nocivo em 1995, permitiu um esforço mundial no sentido de abolir completamente seus usos nas próximas décadas, em muitos países, os freons não são mais usados nos aerossóis.

Estamos assistindo ao desequilíbrio da natureza em que o mais assustador é perceber que o homem está construindo uma imprevisibilidade, está acabando com a regularidade do mundo natural. O cientista Lavoisier já dizia que nada se perde, nada se cria, tudo se transforma; temos transformado reservas naturais em gases estufa durante duzentos anos de Resolução Industrial.

Existe na química uma equação chamada equação química do equilíbrio, pois alterações nos produtos ou nos reagentes causam uma espécie de condensação para o lado oposto. A natureza é, na verdade, uma grande reação de equilíbrio em que a alteração de um fator provoca a alteração de vários outros, produza CFC e acabe com a camada do ozônio. Em suma, esse meio que nos circunda é frágil e responde às nossas afrontas. Se antes a natureza era vitalícia, estática e "palco do desenrolar da história", hoje é imprevisível, graças a nós.

Sabe-se, contudo, que o homem com muito mais facilidade criará tecnologia em que será possível viver sem o ozônio, com o superaquecimento e o nível dos mares, em detrimento do estímulo da consciência de preservação do mundo de onde proviemos. É difícil esquecer a arcaica idéia de desenvolvimento econômico associado à exploração dos recursos naturais, mas, se continuarmos assim, este "admirável mundo novo" será mais cruel aos pobres do que aos ricos.

O fim da natureza é um salto no desconhecido ou quente, ou seco, ou cheio de furacões, não se sabe, só que enquanto fizermos somente os ajustes tecnológicos necessários, esquecendo do valioso ajuste mental garantindo que o imediatismo do capital não se interporá mais à frente da vida, teremos que assistir, perplexos, ao espetáculo da irracionalidade de nossa produção, nós, os sapiens sapiens.


Aluno: José E. P. Cesario 3a. série do Ensino Médio

Professora: Maria Helena N.B. Gazetta

Escola: E.E. Prof. Paulo Chaves, Limeira, SP

QUÍMICA X VIDA

Entre o século XVIII e XIX, quando as primeiras indústrias foram criadas, mal se podia imaginar até que ponto o desenvolvimento tecnológico iria chegar e quantas guerras e revoluções causariam em toda a história da humanidade. A Revolução industrial trouxe muitos avanços na produção de bens de consumo, pois com o inserimento das máquinas houve uma redução da quantidade de funcionários que eram necessários a um grande aumento da mesma. Essas máquinas eram, de início, a vapor e por isso necessitavam da queima de lenha ou carvão para o aquecimento da água da caldeira. De início essas máquinas a vapor movimentaram os teares mecânicas. Mas com o passar do tempo passaram a movimentar toda a revolução. No entanto, a partir da Revolução Industrial começam os níveis de emissão de poluentes na atmosfera, que até hoje se mantêm muito elevados devido a crescente devastação das florestas em todo o mundo. Com a proliferação de indústrias por toda a Europa, o homem passa a ter em suas mãos um crescente desenvolvimento que melhoraria cada vez mais o seu conforto e bem estar, mas teve como contra partida um crescente envenenamento de rios, mares, ar e solo. Com a descoberta da eletricidade, tornou-se possível ao homem a invenção do motor de combustão interna que fez surgir o automóvel, que também passou a poluir mais e mais a atmosfera com a queima de combustíveis fósseis.

Ainda no nosso século, tanto os países desenvolvidos, quanto os países subdesenvolvidos são responsáveis pela crescente poluição do planeta. Havemos de considerar que os países desenvolvidos, por serem mais industrializados, poluem mais, lembremos também que os países europeus (em especial do Leste), tem como único meio de produzir eletricidade as usinas termelétricas e termonucleares devido a falta de rios caudalosos e de investimentos em novas fontes de energia. O desenvolvimento da química foi um marco importante para o nosso século, ela está em todos os lugares que podemos imaginar, está nos nossos cromossomos, como também está nas mais distantes estrelas, com esse desenvolvimento vários produtos foram criados visando ajudar o homem.

Entretanto vários componentes químicos são considerados altamente poluentes e prejudiciais a saúde, poderíamos citar aqui o CO2 (dióxido de carbono) que é eliminado nos escapamentos dos carros e nas chaminés das indústrias, não havendo muitas árvores nos centros urbanos, esse gás (junto com o CO, NO3, SO2 e outros) se acumula em altas dozes na alta atmosfera, formando o chamado efeito estufa, no qual há um aumento progressivo da temperatura planetária, devido ao aprisionamento da radiação solar. O monóxido de carbono (CO), também eliminado por carros e indústrias, tem um efeito devastador no corpo humano, causando dificuldade no transporte de O2 para as células do corpo.

Em muitos países adiciona-se chumbo ao combustível dos carros, para aumentar a taxa de combustão, onde é queimado e liberado na atmosfera, além de também ser eliminado por diversas indústrias de cristais, o chumbo provoca no corpo desde confusão mental até paralisia cerebral. Os pesticidas são outra ameaça ao meio ambiente, em especial BHC e DDT, que são grandes poluidores da saúde do meio ambiente e da saúde do homem, quando não são usados com prudência pelo homem. Os pesticidas são um grande avanço para a humanidade, pois permitiam um aumento da produção agrícola, porém só quando bem utilizados. Não podemos deixar de falar do principal poluente causador da chuva ácida o dióxido de enxofre (SO2) que quando liberado em altas doses na atmosfera pela combustão de derivados de petróleo, e acumulando-se na atmosfera, acaba reagindo com água de uma chuva ou de um orvalho formando ácido sulfúrico que é um ácido forte e pode comprometer desde construções até a vida de plantas e animais.

Existem muitos outros poluentes que são prejudiciais a natureza e ao homem, com tantos poluentes fica a pergunta: é possível um desenvolvimento sustentável da química? O que é desenvolvimento sustentável? Desenvolvimento sustentável é a única forma que o homem tem de ao mesmo tempo desenvolver a química ou as ciências sem com isso se auto-destruir como está ocorrendo atualmente. Então desenvolvimento sustentável é um desenvolvimento permanentemente voltado para construir e não destruir. Já a pergunta se é ou não possível um desenvolvimento sustentável fica a resposta de que é possível, desde de que os homens se conscientizem de que esse planeta é o único habitado em que existe vida conhecida e inteligente, e se houvesse vida em outro planeta o homem não conseguiria se mudar para lá pelo enormidade das distâncias no espaço. Fora esse "pequeno" detalhe o desenvolvimento sustentável é possível. Outra pergunta: o homem vai demorar mais quantos anos para se tocar desse pequeno detalhe? Não sabemos responder!

O homem dos dias atuais tem sua mente mais voltada para os caminhos do bom negócio do que para a proteção do meio ambiente, a química como ciência promoveu um grande desenvolvimento para humanidade, porém se a "falsa química" ou para preservação. Não for contida, com certeza esse planeta não durará muito. Quando se diz "química dos business" está se querendo referir a química que se modela de acordo com os moldes comerciais do capitalismo sem se importar com o impacto ambiental. Existem muitas novas tecnologias ecologicamente aprovadas a serem estudadas e pesquisadas, mas falta ainda investimentos por parte de empresas e de governos para que essas pesquisas venham trazer o sonhado desenvolvimento sustentável.

A verdadeira química é aquela que realmente está interessada não na pesquisa voltada para comercialização, mas sim voltada, com os pés no chão, para pesquisas que venham a permitir ao mesmo tempo a existência de um comércio, pois sem esse não há desenvolvimento e nem interesse na busca de tecnologias limpas, como também venha permitir o desenvolvimento sustentável.

A química (verdadeira) está se voltando para ajudar no combate aos elementos poluidores do meio ambiente. Podemos citar como exemplo uma grande invenção da química o catalisador dos carros, que funciona como um redutor das emissões de CO (monóxido de carbono) na atmosfera, ajudando com isso na redução das chuvas ácidas. Outro exemplo da verdadeira química que podemos citar, são os novos tipos de combustíveis que estão sendo criados, os novos tipos de pesticidas que não agridem o meio ambiente, a criação de novas fontes de energia, a pesquisa do carro movido a hidrogênio, os filtros industriais, dentre outras pesquisas mais que com certeza estão a espera de um bom investimento. Enfim, a química de verdade está em busca de soluções para grande parte dos problemas.

De tudo isso podemos tirar a nossa conclusão, a química é uma ciência promissora e importante para um desenvolvimento sustentável, pois ela permitiu que se realmente conhecesse qual está sendo o estrago causado pelos erros do passado no que diz respeito a poluição. Todas as descobertas da química até os dias atuais ajudaram no desenvolvimento da humanidade, mas tem muito o que se aprender ainda, há alguns anos atrás as chaminés das fábricas registravam o progresso, hoje simbolizam a poluição, devido a química que estudou e constatou os problemas que os gases derivados do petróleo causam ao planeta. Fica também o apelo para que a química tome cuidado com os apelos do business e não venha se esquecer que como ciência tem o objetivo de estudar os fatos e entender o porque dos fatos, além de descobrir e inventar novos métodos de permitir um desenvolvimento sustentável do nosso querido planeta Terra.


Aluno: Jonas Francisco Viotto da Cruz 3a. série do Ensino Médio

Professora: Silvia Regina P.G. Mitrion

Escola: Colégio Agostiniano São José, São Paulo, SP

FUTURO ACINZENTADO

Falar em desenvolvimento sustentável no Brasil é notadamente complexo. O nível de educação nacional exprime a dificuldade para dissertar sobre o assunto (eu, mesmo sendo um pré-vestibulando, enfrentei extremas objeções ao redigir este texto), pois vemos freqüentemente nos meios de comunicação que, após a enfadonha ECO-92, este tema não é alvo de discussões relevantes. Ultimamente, em conseqüência da crise econômica global, as polêmicas são voltadas para as possibilidades de ampliação do capital, e não para os obstáculos ao seu desenvolvimento (como é considerada a não agressão ao meio ambiente). Mesmo assim, é uma preocupação que deveria ser incorporada no cotidiano de cada cidadão.

Nos países emergentes (como o Brasil), desenvolvimento industrial e preservação do meio ambiente são pautas totalmente divergentes: uma fábrica é capaz de alterar um ecossistema po ocasião de sua instalação, absorção de matérias-primas e degradação do meio com seus dejetos. Além disso, nestes países, os escassos investimentos em educação são a causa do descaso da própria população, que não está familiarizada com estudos bioquímicos e por isso não têm consciência dos problemas que poderão acontecer num futuro bastante próximo.

Um grande percentual dos brasileiros compreende o papel de um biólogo na preservação do meio ambiente, mas eles não o associam à química. Esta dúvida pode começar a ser esclarecida a partir da observação do lixo que uma comunidade produz. A não intervenção de um químico no destino dos dejetos urbanos inviabilizará qualquer possibilidade de seleção e reciclagem, passando os lixões assim a ocuparem um loteamento dimensionalmente considerável, colaborando deste jeito para a conurbação horizontal que extravasa os limites da metrópole e assim devasta a vegetação original dos seus arredores, dando origem às favelas e arrabaldes.

Outro apontamento diz respeito aos esgotos industriais que, quando liberados em um córrego ou represa sem o tratamento químico adequado, podem contaminar este ecossistema. Este, por sua vez, dissemina algumas substâncias tóxicas para mananciais e lençóis freáticos, inviabilizando todos os recursos hídricos de uma região, podendo comprometer o abastecimento de água em uma cidade, as lavouras, outros ecossistemas, a fauna e as populações locais (como as nações indígenas autóctones). Esta situação causou um transtorno colossal na Bélgica, onde os alimentos de origem animal (carne, leite, ovos e derivados) foram recolhidos dos supermercados e incinerados por causa de UMA substância tóxica encontrada na ração destes animais. O prejuízo foi bilionário.

Os escapamentos dos automóveis e chaminés das fábricas também causam danos numerosos. A emissão de substâncias tóxicas para a atmosfera comprometem o sistema respiratório dos cidadãos e assim lotam os leitos dos hospitais. Os sulfetos liberados pela queima de combustíveis fósseis (gasolina, carvão, óleo diesel) em carros e fábricas causam a indesejável chuva ácida, cujos principais afetados são os monumentos e construções tombadas pelo patrimônio histórico (UNESCO). Na Inglaterra, vultuosos investimentos são destinados à reforma destes símbolos tristemente alterados pela ação humana.

Se os governantes ainda não perceberam que desenvolvimento sustentável não é uma entrave ao capital, que vejam o que esta ignorância causou à Bélgica e à Inglaterra. Que vejam também a tonalidade rósea com a qual um córrego paulistano "desfilou" há poucos dias e que conseqüências poderiam ser causadas. Foi provado recentemente que conselhos de ambientalistas e químicos não são "frescura ecológica". O rodízio de carros é um começo, mas não é a solução definitiva para o problema. Se não começarmos a dar mais importância aos Químicos que prescrevem filtros às chaminés, catalisadores aos automóveis e tratamento aos esgotos residenciais e industriais, em breve rumaremos para um horizonte negro, bem semelhante àquele que vemos nos dias de inversão térmica na cidade de São Paulo.


Aluno: Rubens Hideo Korogui 3a. série do Ensino Médio

Professor: Marcos Formis e Antonio C. Coraini

Escola: Colégio "Leonardo da Vinci" de Ensino Médio, Jundiaí, SP

A QUÍMICA PARA UM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Chega-se ao final do século XX, marcado pelo início do processo de globalização, e que traz consigo inúmeras incertezas a respeito do futuro do planeta. Dentro desse contexto, encerra-se o crescente desenvolvimento tecnológico, de produção e a busca por uma melhor qualidade de vida. Em contrapartida, o crescimento demográfico continua a assustar analistas, quanto à essa qualidade de vida no próximo século. A fim de amenizar essas preocupações, o desenvolvimento da Química torna-se imprescindível para a sobrevivência da humanidade.

Um dos crescentes temores é a carência de alimentos, cuja produção passa a ser dependente da produção de fertilizantes e agrotóxicos eficientes. Entretanto eles devem trazer o mínimo de prejuízos ao meio-ambiente, evitando a contaminação em grande escala de lençóis freáticos, solo e de seres vivos, inclusive o próprio homem. Aliado ao aumento da produção agrícola, o desenvolvimento tecnológico para o controle da qualidade dos alimentos e produtos industrializados em geral, torna-se muito importante. Desse modo, o aprimoramento dos processos de análise química é essencial.

Vale ressaltar que a grande ameaça à qualidade de vida é a poluição. Frente a esse problema, a instalação de filtros industriais e catalisadores de automóveis traz inúmeros benefícios. As concentrações de gases poluentes, oriundos de processos químicos e reações de combustão incompleta (CO) diminuiram. Um desses gases, o trióxido de enxofre (SO3) é um dos principais responsáveis pela chuva ácida, que corrói inúmeras estruturas das construções.

Ainda com relação à poluição, a utilização de detergentes biodegradáveis e a ampliação da rede de tratamento de água e esgoto garantem a qualidade da água consumida e evita desequilíbrios ambientais.

Outro aspecto relacionado ao desenvolvimento da Química, é a questão das fontes de energia. Os combustíveis normalmente utilizados, como o petróleo, o gás naturas e o carvão mineral, não são renováveis e liberam como resultado da combustão CO2 (dióxido de carbono), quando completa, ou CO (monóxido de carbono), quando for incompleta.

O gás CO é altamente poluente; entretanto, o CO2 apresenta outro agravante. Caso ele não possa ser totalmente consumido na fotossíntese, acumula-se nas camadas atmosféricas, onde age como uma barreira à reflexão solar pela Terra. Com a retenção dessa energia térmica, ocorre o chamado efeito estuga, que pode causar o derretimento das calotas polares e aumento no nível dos oceanos, desequilibrando ecossistemas.

A grande solução apontada para esse problema é a utilização do gás hidrogênio como combustível, pois o resultado de sua combustão é vapor de água, por isso é denominado de combustível limpo.

A qualidade de vida, além de depender do aumento da produção, do controle dos alimentos e do equilíbrio ambiental, possui uma relação direta com o desenvolvimento de novos materiais e seu aprimoramento.

Um dos exemplos dessa aplicação está na utilização do silício na fabricação de chips para computadores, possibilitando um rápido avanço da informática. A expansão do setor de telecomunicações também dependeu do desenvolvimento das fibras ópticas, que aceleram os processos de transmissão.

Outro avanço da Química na área dos materiais foi o desenvolvimento de produtos sintéticos, especialmente na área de medicamentos. O número de compostos produzidos em laboratório e os extraídos de vegetais têm aumentado o arsenal contra as doenças, o que coloca a humanidade em uma posição confortável quanto à sua saúde.

Esses materiais sintéticos vêm ganhando espaço no cotidiano mundial, pois a partir dessas novas criações, como plásticos, diminui-se o extrativismo, que muitas vezes ocorre de maneira predatória. Além disso, pode-se abrir um caminho para o problema da substituição dos recursos não renováveis.

Outro método que relaciona-se com a carência de materiais é a reciclagem. Esse processo, que envolve principalmente os metais, expandiu-se para borrachas, papéis, vidros, plásticos, pilhas e trouxe vários efeitos positivos. O reaproveitamento da matéria diminui o acúmulo de lixo na natureza e é mais rentável que a produção a partir da matéria-prima bruta.

Como se vê, a qualidade de vida no planeta, relacionada com o equilíbrio ambiental, está intimamente ligada ao desenvolvimento da Química como ciência, e à sua aplicação adequada e sensata. Em resumo, a origem, a manutenção e a constituição da vida dependem demasiadamente da Química e de seus avanços.


Aluno: Emanoeli C. B. Pinto 3a. série do Ensino Médio

Co-autores: Glaucia R. Gomes, Ana Carolina Beline, Renata M. de Carvalho e Fábio Fallaci

Professora: Simone Gaghehhi Ravanini

Escola: E.E. Prof. José Juliano Neto, São Carlos, SP

QUÍMICA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

A Alquimia nasceu nos séculos II e III d.c. e tinha, como características, as concepções religiosas da época. Era tida como a arte que buscava descobrir o elixir da vida e a pedra filosofal, cuja capacidade era de transformar os metais em ouro.

A alquimia era também uma ciência oculta, que punha a serviço do homem os fenômenos sobrenaturais, relacionava-se, assim, com os sonhos místicos dele. A alquimia era considerada a química da Idade Média, explorada por sábios e charlatões.

Foram as descobertas de Lavoisier que arruinaram definitivamente a doutrina alquímica. Elas fizeram com que surgisse a Química que, a partir daí, passou a ser reconhecida como ciência.

Porém, muito se deve à Alquimia, pois foram os alquimistas que acumularam, à custa de muito trabalho, muitos materiais utilizados pela química moderna.

O fundador da Química, vista como matéria científica, é Robert Boyle. Todavia, Lavosier é considerado o "pai da Química", pois foi devido as suas vastas contribuições científica e intelectual que a Química-Ciência chegou ao que é atualmente. A partir de então, a curiosidade do homem em conhecer o meio que o cerca aumentou cada vez mais e, isso tornou-se para ele quase uma obsessão por melhorar sua qualidade de vida.

É claro que os alquimistas também tinham sua curiosidade extremamente aguçada, porém viam as coisas de forma um pouco distante da realidade. Os químicos não conseguiram, por exemplo, alcançar o objetivo dos alquimistas em encontrar o elixir da vida, que daria ao homem a vida eterna. Porém descobriu-se uma quantidade incontável de substâncias que puderam, no mínimo, melhorar a vida do homem. Não seria exagero dizer que a química foi a responsável pelo prolongamento da vida humana, pois com a descoberta de tantos medicamentos, hoje, pôde-se afastar de vez muitos males que num passado não muito distante poderiam matar uma pessoa em poucos dias.

Certamente, a Química trouxe para o homem mais conforto, pois ela é responsável pelo desenvolvimento de novos materiais indispensáveis à vida moderna.

Sem precisar ir muito longe, podemos perceber a importância da química em nossa vida. Pense, por exemplo, em coisas simples, do dia-a-dia, que indiretamente nos tornamos dependentes da química. Utilidades doméstica, televisores, aparelhos de áudio, eletrodomésticos, móveis e tantos outros equipamentos só puderam ser desenvolvidos com as pesquisas químicas com novos materiais. Através do conhecimento da matéria, e sabendo como ela se comporta, pode-se manipular e fazer modificações nos materiais, transformando-os de acordo com o interesse e a necessidade do homem.

Podemos lembrar, também, em como o conforto de nossa vida foi aumentando com a descoberta dos polímeros que permitiram produzir os mais diversos tipos de utilidades que conhecemos, desde simples sacos plásticos até o desenvolvimento de máquina ultra-modernas. Através de modificações nas propriedades dos polímeros, pode-se desenvolver e modificar tudo o que conhecemos, tornando-os mais resistentes, mais leves, mais interessantes e principalmente mais baratos.

É difícil, também, pensar em desenvolvimento sem pensarmos nos metais, que tantos benefícios nos trouxeram. É claro que eles já existiam na natureza desde o início dos tempos, mas sua extração só foi possível com a descoberta de que, com o aquecimento de determinadas "pedras" (minérios), pôde-se obter materiais de tanta importância.

Se isso ainda não é o suficiente, lembremos então dos modernos equipamentos médico-cirúrgicos, que tantos benefícios nos trazem, tornando possível a realização de muitos diagnósticos e cirurgias, que antes não eram detectados, salvando vidas de milhares de pessoas. Também se utilizam de materiais desenvolvidos através dos conhecimentos químicos. Coisas que dificilmente paramos para perceber, poderíamos dar mais valor se pensássemos como foi possível a descoberta e desenvolvimento de tantos materiais que nos cercam e que seria difícil se pensar na vida contemporânea sem a sua existência.

Analisando os fatos e comparando as situações, não seria insanidade fazer uma nova divisão da história em antes e depois da química.

Se ainda, depois de tudo isso, não estivermos satisfeitos, consideremos então a movimentação de motores, máquinas, automóveis, meios de transportes em geral que podem nos deixar mais próximos dos lugares mais distantes, ainda assim encontraremos uma indispensável contribuição da química. Também foi pelo conhecimento da matéria que a química aproveitou a energia que ela pôde nos fornecer para que pudéssemos aproveitá-la para dar movimento e vida às coisas que, para alguns parecem inúteis, mas servem para acelerar e movimentar o mundo.

Por tudo isso, o mundo em que vivemos, cercado por tantas vantagens e benefícios que chamamos de tecnologia, definitivamente não seria possível sem que a curiosidade do homem, em conhecer coisas novas, fosse despertada, através da Química. Por isso ela não deve ser vista como a vilã das poluições, dos venenos e de tantas outras coisas negativas das quais se houve falar. Química é ciência, ciência é conhecimento e conhecimento nunca faz mal a ninguém, desde que usado corretamente.

É muito difícil se pensar em tanto desenvolvimento sem o conjunto e a união de todas as ciências, cada qual dando sua contribuição para a descoberta de novas tecnologia, desse modo toda ciência deve ter seu valor reconhecido. O que víamos em filmes de ficção científica, há muito tempo atrás, podemos assistir, na atualidade, como real e concreto; o desenvolvimento científico visto em ficção faz parte de nossa vida cotidiana e, sem dúvida, podemos esperar ainda mais da sustentação química, uma vez que o homem está em contínuo processo de evolução.

Se pensarmos na ciência como um imenso palácio ocupado por muita sabedoria e conhecimentos, devemos reservar nele um lugar muito especial, um de seus principais cômodos, para a ciência-Química.


Aluno: Ismael Rodrigues da Silva 4a. série Lab.Industrial

Professor: José Francisco Cesta

Escola: Escola Técnica Estadual "Lauro Gomes", S.B. do Campo, SP

QUÍMICA - GARANTIA DE VIDA

Na atualidade, o que se ouve e o que se vê sobre a tecnologia mundial é extremamente fascinante. O mundo está a passos largos se encaminhando num grande avanço tecnológico.

Não seria garantia de vida a aplicação dos princípios do Desenvolvimento Sustentável?

Já que a Ciência Tecnológica avança tão constantemente, é necessária uma base sólida para sustento dessa tão ampla inteligência humana.

O desenvolvimento sustentável é o agente mais importante para o ser humano na época em que estamos. Que dirá a Idade Nova!

O ato de a Ciência se multiplicar tanto deve ser acompanhado por uma, constante também, inovação de recursos apresentáveis para o sustento da humanidade.

Será que o crescimento da humanidade é sustentável? Será que o desenvolvimento de todos os países pobres é sempre sustentável? Será que o desenvolvimento de cidades periféricas, de bairros pobres, de favelas é sempre sustentável? Será que o crescimento de uma família cujo pai é paupérrimo é sempre sustentável?

Esta é a questão para o mundo inteiro. Seja na tecnologia ou em qualquer outro setor da vida, esta é a questão que os deixa indignados.

Se o homem, a cada dia que passa, se preocupar em sustentar o desenvolvimento que ele próprio promove, nunca correrá o perigo de ser dominado pela tecnologia. O homem deve dominar a tecnologia, e não ser dominado por ela.

Enfim, o Desenvolvimento Sustentável é aquele que, ao se apresentar cada vez maior, mais evidente, deve apresentar também suas bases de sustento, seus alicerces e que, nunca por mais alto que esteja, por maior que seja, por mais forte que seja, apresente alguma degradação. Que não decline, que não ceda, que nunca seja esquecido, mas que fique sempre mais e mais renovado e zelando do seu próprio sustento.

Sustentar o desenvolvimento significa aumentar a tecnologia em alguns setores, nunca deixando outros regredirem. Desenvolver em alguns pontos, preservando o estado de outros que, depois também serão desenvolvidos. Sendo assim, o desenvolvimento se torna sustentável.

Agora, eis o nosso tema: seria o Desenvolvimento Sustentável uma Garantia de Vida?

A Química, desde os primórdios dos tempos, sempre foi imprescindível para a humanidade. Seja em qualquer atividade, encontramos reações químicas transformadas em calor, energia elétrica e outros inúmeros tipos de energia.

O homem, desde a antiguidade procurou o seu sustento através da Química: uma das primeiras reações químicas encontradas, que só depois foi estudada e detalhada foi a reação de combustão. Imagine: será que o homem viveria sem o Fogo? Liberando gás carbônico, água, que é a substância mais importante para todo e qualquer ser vivente, e calor, essa reação se tornou uma das mais importantes para o ser humano.

Porém, o homem a transformou também num grande perigo para si próprio. Liberando gás carbônico excessivamente, é destruída a camada de ozônio e é provocado o efeito estufa. De pensarmos em ser atingidos pelos raios ultravioletas do sol, já nos aterrorizamos.

Para resolvermos o problema do efeito estufa, o homem deveria se conscientizar contro os desmatamentos e começar a se preocupar com o reflorestamento em várias partes do mundo. Isso ajudaria a consumir o excesso de gás carbônico e liberar maior quantidade de oxigênio. Com pouco ou sem oxigênio, seria impossível a nossa sobrevivência e, consequentemente, o desenvolvimento.

A indústria química é importante agente no desenvolvimento tecnológico.

Um ótimo exemplo de Desenvolvimento Sustentável é a indústria Petroquímica: a maioria dos processos de separação das matérias primas primitivas do petróleo envolve métodos refinados. E cada método desse deve ser constantemente renovado para a obtenção de melhores produtos.

Os produtos petroquímicos são importantes na fabricação de aditivos de óleos lubrificantes, de pesticidas, de solventes e também como fonte alternativa para materiais aromáticos.

Hoje temos destilados do petróleo como gasolina, querosene, diesel, óleos lubrificantes, óleos combustíveis, gases liquefeitos, nafta, asfalto e muitos outros produtos para o desenvolvimento mundial. Imagine o homem sem petróleo!

Os plásticos também têm grande importância no desenvolvimento tecnológico. E são altamente necessários para o sustento de sua própria tecnologia. Não somente podem substituir os metais e outros materiais como pode ser utilizado com eles; adaptam-se a uma grande variação de aplicações em virtude da resistência mecânica, da resistência à água e da notável variação de cor.

Para o desenvolvimento da tecnologia é também necessário o Tratamento de águas e a Proteção Ambiental. Na atualidade reconhece-se com clareza a importância da preparação conveniente da água para as indústrias. Cada ano que passa, a proteção do ambiente requer maior atenção dos engenheiros químicos.

O controle da poluição é um exemplo de sustentação para o desenvolvimento tecnológico.

Outro grande fenômeno, quase que o mais importante para o sustento do desenvolvimento tecnológico é a Corrosão.

Com tantos equipamentos, aparelhos, instrumentos de medição precisa, meios de transporte, meios de comunicação e outros componentes metálicos entre a construção mecânica e a civil, a Corrosão é um assunto tão pouco divulgado tanto nas escolas pelos professores quanto na sociedade pela Imprensa. A maioria das pessoas não sabe o que é e o que causa a corrosão.

O controle dessa terrível reação química é indispensável para o sustento do nosso desenvolvimento, bem como a divulgação dos problemas causados por ela e a conscientização da humanidade, principalmente dos leigos para lutar contra esse fenômeno quase impossível de dominar.

Poderíamos falar de tantas outras coisas, porém, o mais importante e indispensável já foi comentado e podemos saber que o desenvolvimento da tecnologia é sustentável sobretudo com a ajuda da Química.


Aluno: José Marcos de Jesus 4a. série Curso de H.P.P. em Química

Co-autores: Michele de O. Galvão, Mônica N. Cruz, Gisele de Fátima Leite, Ana Lígia Siqueira

Professor: José Carlos Mancilha

Escola: E. E. Prof. Antônio José de Siqueira, Jacareí, SP

QUÍMICA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Atualmente o desenvolvimento sustentável tem sido um assunto muito abordado, devido às vantagens econômicas as quais apresenta, onde é enfocada principalmente a sua compatibilidade com a preservação dos recursos naturais, demonstrando ser uma nova forma não - predatória de progredir.

Tais vantagens influenciam no planejamento de uma região ou um país, baseando-se em um levantamento de todas as suas necessidades, comparando-as com todas as suas potencialidades, isto é, com sua capacidade de proporcionar o necessário, sem que haja desgastes, obedecendo a sua capacidade e velocidade de renovação ou reciclagem natural.

O desenvolvimento sustentável visa também um grande crescimento da reciclagem artificial, evitando assim (quase que totalmente) extrair da natureza a matéria-prima utilizada nos processos industriais e também evitar que produtos, os quais podem ser reaproveitados, sejam descartados de forma inadequada causando até mesmo impactos negativos ao Meio Ambiente.

Mas o desenvolvimento sustentável não se resume somente a um projeto de preservação da natureza e sim num desenvolvimento que avalia aspectos econômicos, onde apresenta características positivas, pois os processos de reciclagem muitas vezes podem ser mais baratos e simples.

É importante ressaltar que o desenvolvimento sustentável para dar certo tem que ser mundial, abrangendo todo o planeta, onde os países de primeiro mundo teriam de abrir mão de uma parcela considerável de seu conforto e do seu desenvolvimento econômico, ou seja, a redução da exploração aos países subdesenvolvidos.

A Química para o desenvolvimento sustentável representa a parcela de um todo de Ciências Tecnológicas, que dentre elas é a responsável pelas descobertas de novas formas de evoluir sem ter que destruir ou agredir o ambiente, tendo em vista um custo considerável nesses processos. Avaliar todos os meios e prever conseqüências, tendo em mente as atuais de um progresso prejudicial do qual fazemos parte e ainda dependemos inevitavelmente.

A maioria das industrias atualmente estão implantando estações de tratamento de efluentes, sistemas de filtração para emissões gasosas e processos de coletas seletivas, visando, atender os parâmetros exigidos por órgãos ambientais presentes na legislação ambiental; não cumprir a lei significa estar sujeito a multas e interdições.

O desenvolvimento sustentável começou a ter ênfase a partir da criação da norma ISO 14000 que é a garantia de um bom relacionamento entre empresa, sociedade e natureza.

A química deixou de ser uma grande inimigo da natureza a partir do momento em que passou a ser utilizada não só na obtenção de produtos, mas também em tratamentos preventivos ao meio, o que faz dela hoje parte importante desse desenvolvimento, pois a Química que polui também pode preservar!


Aluno: Beatrice Mantovoni Ruggiero 3a. série do Ensino Médio

Co-autor: Letícia A. M. C. Guimarães

Professor: Lucy Sayão Wendel

Escola: Colégio Santa Cruz, São Paulo, SP

OS ALQUIMISTAS MODERNOS

O termo desenvolvimento sustentável hoje em dia é considerado utópico, teórico e ingênuo. Ele surgiu nos anos 70 como uma tentativa de unir desenvolvimento tecnológico ao bem-estar ambiental. A idéia de uma sociedade na qual os interesses dos capitalistas se uniriam aos dos ambientalistas era inviável tendo em vista que o progresso capitalista pressupunha um degradação ambiental (em busca de custos mais baixos e maior lucro) e os grupos de defesa do meio ambiente procuravam um meio de acabar com a depredação das fontes de energia não renováveis, a poluição atmosférica, o desmatamento e a poluição dos rios.

Esse desenvolvimento ecologicamente sustentável seria uma modalidade de desenvolvimento que contaria com um novo modo de vida das sociedades; a sociedade ecologicamente sustentável. O paradigmas dessa sociedade deveriam ser baseados nas culturas e nos ecossistemas diferentes, no reconhecimento da diversidade ecológica, no incentivo à novas técnicas de exploração ambiental e numa consciência social que fosse una em relação a preservação geográfica. A sociedade sustentável teria que ter suas características próprias, adaptáveis ao seu ecossistema e sua população.

A utopia do desenvolvimento ecologicamente sustentável e das sociedades sustentáveis divergia em pontos diversos a começar pelo nome. A palavra desenvolvimento já pressupõe o crescimento capitalista e assim o progresso. Um mundo globalizado que gira em torno de um capital financeiro virtual não levaria em conta nas suas decisões as diferenças entre sociedades ecologicamente sustentáveis já que para que o mercado financeiro funcionar há a necessidade de um mercado homogêneo. Na tentativa de criar esse mercado, aqueles países que detém o poder econômico no mundo impuseram uma "sociedade sustentável pré-fabricada" para todos os outros países, criando um padrão de bem estar socialmente sustentável igual para todos. Para que uma sociedade dessas exista muitos valores capitalistas terias de ser deixados de lado o que iria de encontro com a sociedade liberal em que vivemos até hoje.

Porém, já se sabia que esses modelos de desenvolvimento para exportação não dariam certo em 72 em Estocolmo, quando numa reunião envolvendo quase todos os países do mundo, os países "mais desenvolvidos" decidiram tomar medidas para frear o capitalismo e as práticas consumistas de seus respectivos países sabendo que seus próprios padrões de esbanjamento não conseguiriam mais se manter a longo prazo. Países como o Brasil que importaram modelos de desenvolvimento não tão adequados às nossas condições geográficas (modelos um tanto quanto europeus para um país tropical), muitas vezes fizeram uma má utilização dos próprios recursos naturais que levaram à uma degradação ambiental que apenas com muito trabalho poderá ser revertida.

A aplicação da química nesse novo padrão de desenvolvimento seria indispensável. Desde Aristóteles, passando pelos alquimistas e depois por Lavoisier, Gay-Lussac, Dalton, Avogadro, Kekulé e tantos outros, a utilização da química permitiu o desenvolvimento e o descobrimento de coisas essenciais para o ser humano; desde sua menor partícula (o átomo) até suas maiores descobertas (o universo). A química faz parte da vida do homem moderno, nas coisas mais simples e nas mais complexas. No dia a dia pode ser encontrada em todos os campos de atuação do homem e em coisas que para muitos já são pressupostos de existência. Por exemplo, o homem não saberia viver sem os plásticos, sabões, detergentes, borrachas, colas, tintas, metais, papéis, fibras têxteis, fitas de vídeo, álcool, sal, açúcar, vinagre, cigarros, cosméticos, medicamentos, materiais de construção, gasolina, etc.

Devido a nossa dependência, para que uma sociedade como a nossa sofra uma transformação em relação ao meio ambiente, a química pode ser um grande aliado. Pesquisas poderiam apresentar soluções para acabar com o desgaste das nossas fontes de energia não renováveis, materiais que substituíssem a madeira, técnicas de purificação do ar e dos gases liberados por indústrias, meios de combater o efeito estufa, técnicas de reaproveitamento do lixo urbano, etc. Poderiam apresentar novas formas de utilização dos nossos recursos naturais e até mesmo inventar novos recursos para os homens, sempre visando o bem maior. Pode parecer mágica mas hoje em dia os químicos são capazes de fazer aquilo que os alquimistas da Idade Média sonhavam: transformar a realidade material.

Porém, como todo bom coringa, a utilização da química é uma faca de dois gumes. Sem dúvidas a química é uma arma muito poderosa e a utilização descontrolada e desfiscalizada pode causar estragos irreparáveis na natureza. Seria de grande importância que essa química fosse bem fiscalizada pois o uso que muitas indústrias podem ser causadores da poluição ambiental, doenças, desequilíbrios ecológicos e mortandade de plantas e de animais. Exemplos concretos são o buraco na camada de ozônio e os armamentos nucleares, que podem pôr em risco todos na Terra. O conhecimento químico também é uma arma política e econômica pois se mantido apenas sob o domínio de uma pessoa pode ser usado num jogo estratégico ganhando valor especulativo e apenas favorecendo poucas pessoas. O conhecimento deveria ser socializado para que todas as novas descobertas pudessem ser utilizadas pôr todos e não apenas pôr aqueles que tem mais dinheiro.

Uma sociedade atual para que se transformasse naquela proposta pelo desenvolvimento sustentável e capaz de levá-lo adiante, teria que passar pôr mudanças nos costumes e no modo de vida; o que a longo prazo é bem possível que aconteça. Uma sociedade ecologicamente sustentável, com a ajuda dos nossos modernos alquimistas, talvez alguma dia possa deixar de ser uma utopia e se tornar realidade, respeitando as condições naturais do espaço geográfico onde residem, sem padrões imitativos.


Aluno: Vivian de Souza Gasperino 3a. série do Ensino Médio

Professor: Marcio das Neves Palumbo

Escola: Colégio Jean Louis Lumière, São Paulo, SP

A QUÍMICA EM TODOS OS SENTIDOS

A Química está realizando o antigo sonho dos alquimistas de exercer um domínio quase limitado sobre a matéria. Depois de ter conseguido isolar as substâncias para descobrir suas propriedades, descobriram-se também a função dos elementos químicos, e alcançaram a capacidade de transmutá-los. Hoje, a química está descobrindo como modificar e controlar a posição dos átomos, com tais conhecimentos, será possível trocar este ou aquele átomo de uma molécula para transformar a natureza de uma determinada substância. Isto será possível graças ao desenvolvimento dos microscópios de tunelamento, pois estes conseguem mudar as posições dos átomos através de descargas elétricas e, com isso, enriquecer as substâncias alcançando a qualidade desejada; haverá também a capacidade de se escolher certos átomos e arrumá-los em configurações pré projetadas, a fim de se escolher certos átomos e arrumá-los em configurações pré projetadas, a fim de se obter materiais com as propriedades que se desejam. Essas possibilidades anunciam uma verdadeira revolução científica e tecnológica, prometendo ser uma das grandes realizações do próximo milênio.

No domínio da ciência dos materiais, esperam-se construir chips de computadores cada vez menores, ganhando-se com isso velocidade de processamento. Esse domínio pode ser observado pelo grande avanço que apresentou a área de pesquisa em inteligência artificial, que após cerca de 60 anos de pesquisas, está muito perto de reproduzir a inteligência humana. Computadores e robôs já convivem juntos com os seres humanos, nas fábricas, nas escolas, nas instituições e até mesmo nos supermercados.

Os materiais que entram na composição dos chips também estão sendo aperfeiçoados, como é o caso das pesquisas que estão sendo realizadas para testar as propriedades semicondutoras do carbono, uma vez que este elemento não necessita de nenhuma interconexão elétrica para funcionar pois são suas próprias fibras que conduzem eletricidade, ao contrário dos semicondutores convencionais de silício que necessitam de várias interconexões para funcionar. Os semicondutores são usados para controlar correntes em equipamentos eletrônicos e são importantes para os chips e baterias, porém os de carbono serão mais duráveis e econômicos devido as suas propriedades químicas.

Na área da saúde, os pesquisadores estão chegando a novas estratégias de tratamento de doenças cardíacas, muitas delas, derivadas da química. O resultado é que cada vez mais os medicamentos estão substituindo as cirurgias de revascularização e os tratamentos invasivos e, segundo pesquisas, pode-se reduzir o número de enfartes unicamente com o uso de remédios como a aspirina e, especialmente, com o uso de drogas que reduzem o colesterol, principalmente as chamadas estatinas, que agem bloqueando as enzimas formadoras de colesterol.

Também visando auxiliar a área bioquímica, uma nova tecnologia está sendo desenvolvida baseando-se na marcação química de isótopos de átomos não radioativos, presentes em todos os elementos da natureza, sendo possível assim saber o caminho percorrido pelas proteínas no corpo humano. Esse método vai aperfeiçoar o diagnóstico de doenças e terá outras aplicações científicas importantes, como determinar a função de cada proteína no metabolismo, carência da mesma ou enriquecimento de plantas e animais aprimorando-a até obter-se a qualidade desejada.

Existe um projeto voltado para o desenvolvimento de fibras musculares sintéticas, que poderão, dentro de 20 anos, ter aplicações em várias áreas médicas e tecnológicas. Estão sendo testados, por exemplo, trajes reforçados por músculos sintéticos para o exército e para a indústria aeroespacial, pois essas fibras musculares sintéticas aplicadas a esses trajes facilita a movimentação do corpo reduzindo o desgaste físico. Há também outro projeto nessa área, e este pretende desenvolver os primeiros músculos de plástico que dispensam soluções química, ou seja, eles agem a seco, ao contrário dos músculos sintéticos até agora conhecidos, que só trabalham imersos em soluções que transmitem corrente elétrica capaz de estimulá-los.

As pesquisas visando melhorias e benefícios já alcançaram, também, o setor agrícola, animando os agricultores. Solos pobres, de baixa fertilidade natural, não deverão mais assustar os produtores nacionais de milho. Recentemente, foi desenvolvida uma nova variedade desse cereal, que se adapta às condições mais adversas de cultivo e pode ser plantado em todas as regiões do país. Ela praticamente dispensa o nitrogênio, elemento presente na atmosfera, que participa de grande número de compostos e é fundamental para a germinação das planas. O novo milho batizado de Sol da Manhã, pode chegar a 4 mil Kg/hc, enquanto que espécies comuns não passam de 800 Kg/hc. Além disso, empresas agroquímicas desenvolveram um novo fungicida a partir de uma molécula encontrada em um tipo de cogumelo europeu, este fungicida ataca a central energética das células dos fungos, a mitocôndria, e inibe seu processo de alimentação, levando-os à morte. A molécula sintetizada a partir da substância natural obtida do cogumelo combate doenças provocas por fungos em hortaliças, culturas frutíferas, de feijão e de cereais.

Atualmente, as pesquisas buscam meios alternativos para ajudar o homem e o meio ambiente, como é o caso das realizadas a fim de desvendar as inúmeras utilidades da minhoca, que pode servir como remédio e até mesmo como alimento, além de outras aplicações. Elas começam a ser vistas como solução ecológica para tratamento de lixo, matéria-prima para medicamentos de diversas espécies e até como fonte de proteína para a alimentação animal e humana, além de ser utilizada em fertilizantes, como o conhecido húmus de minhoca, aerar o solo, e ser um dos indicadores de sua qualidade. Pesquisas revelaram que a grande fertilidade do solo do Vale do Rio Nilo não se deve apenas à matéria orgânica e aos minerais depositados pela cheia do rio, mas, principalmente, ao trabalho das minhocas, que transformam essas substâncias em adubo.

É o processo de digestão das minhocas que viabiliza a chamada vermicompostagem, a transformação da matéria orgânica em húmus, o adubo orgânico que é a mistura das fezes da minhoca com a terra. A eliminação dá-se através de glândulos que transformam o cálcio em calcita, produto não assimilável pelo intestino desses animais e de fundamental importância para a fertilidade do solo. O seu húmus tem cinco vezes mais nitratos, duas vezes e meio mais magnésio, sete vezes mais fósforo e onze vezes mais potássio do que os adubos comuns. Além disso, a vermicompostagem das minhocas pode resolver o problema da reciclagem do lixo, pois a reciclagem, seja ela de lixo doméstico, industrial ou urbano, sempre encontrou um obstáculo: a contaminação por metais pesados como cádmio, chumbo, níquel e cromo, o que inviabiliza, por exemplo, sua utilização como adubo. Conclusões preliminares, ainda em desenvolvimento, indicam que boa parte dos metais tóxicos é absorvida pelo organismo desses animais, enquanto que os metais pesados mais comuns são excretados do húmus, devido à decomposição biológica desses materiais.

No automobilismo, também há investimentos para sua melhoria e benefício do ecossistema. O carro do futuro já foi desenvolvido, é uma máquina muito mais limpa e econômica que qualquer dos modelos até agora produzidos. Com dois motores uma gasolina e outro elétrico, eles são econômicos e quase não poluem, fazem 28 Km com 1 litro de gasolina, emitindo metade do CO2 e em décimo dos poluentes tolerados pelas leis ambientais mais rigorosas. O câmbio parece automático, mas não tem marchas, a energia freado é reaproveitada para recarregar as baterias, e isso é possível graças a um central eletrônica computadorizada. Outro tipo de híbrido que tem canalizado investimentos das indústrias é o que aceita tanto a gasolina como o gás natural, o metano. Já há vários modelos saindo de fábrica com essa dupla opção de abastecimento, o motor é um só. Mas os tanques de combustível são distintos, basta virar uma chave no painel para efetuar a mudança no sistema de alimentação. Como a queima do metano libera baixos índices de poluentes, ele já é aceito como combustível alternativo na Califórnia, EUA.

Além do problema da poluição, pesquisas indicam, a longo prazo, o esgotamento do petróleo e até de gás natural, aí, o hidrogênio surge como a melhor alternativa, principalmente porque apresenta emissão zero de poluentes. Para viabilizar essa alternativa, as células de combustível usadas nos programas espaciais desde a década de 60 migraram para a indústria automobilista. Elas são estruturas seladas nas quais acontece a eletrólise invertida, ou seja, o hidrogênio se junta a átomos de oxigênio, formando água e gerando corrente elétrica, que alimenta um motor. A grande preocupação dos projetistas passou a ser como armazenar o hidrogênio, que é um gás explosivo, e reabastecer o veículo com segurança.

Visando melhorar a qualidade desses veículos alternativos foi desenvolvido uma novo tipo de bateria de lítio, o mais leve metal conhecido, com eletrodos de bambu, e esta armazena o dobro de energia de uma bateria comum, de chumbo.

Outra preocupação nessa área automobilística é em aperfeiçoar e desenvolver os acessórios desses veículos. Através da mistura de resíduos de origem urbana (plásticos e embalagens de leite longa vida) com derivados do processamento agrícola (serragem e bagaço de cana) com fibras naturais de vegetais (coco, sisal) desenvolveram-se fibras que podem substituir o plástico em várias aplicações, como peças de automóveis e componentes eletroeletrônicos. No processo de elaboração desses compostos foram estudadas as características dos resíduos plásticos e agrícolas, das fibras vegetais, além da melhor maneira de compatibilizá-los. Algumas indústrias de autopeças nacionais já utilizam esses produtos. Outra criação da indústria química é a transformação do titânio, como elemento mais abundante na crosta terrestre, em materiais utilizados em sistemas de aerofólios de carros de corrida, motores e mísseis. Ele também está sendo utilizado na sola de um original tipo de tênis, especial para quem joga basquete, vôlei e tênis, um estabilizador de titânio, colocado entre duas solas, dá estabilidade, facilita o impulso, amortece o impacto e aumenta o equilíbrio dos atletas em quadra de madeira ou grama.

Como ciência limpa, a química tente diminuir os impactos ambientais causados, por exemplo, pelas termoelétricas, que são sinais de tecnologia e evolução; estas, geram energia através da queima de combustíveis como óleo ou carvão, e esse processo origina alguns subprodutos que, quando lançados na atmosfera, dependendo de suas concentrações, podem ser prejudiciais à saúde e danosos ao meio ambiente. Por isso, tem-se desenvolvido novas formas de aproveitamento de energia, como é o caso da energia solar, transformada através dos microconversores domésticos de energia solar que, até o ano 2000, significarão uma vantajosa alternativa em relação aos painéis fotovoltaicos atuais, pois custarão, no mínimo, três vezes menos, além de terem se tornado pequenos, leves, fáceis de instalar e econômicos devido à tecnologia.

A química está presente na natureza, e com suas pesquisas traz benefícios ao homem e ao meio ambiente, por exemplo, ajudando a diminuir os impactos ambientais causados por alguns subprodutos dos processos industriais, os quais evoluem continuamente, gerando grande desenvolvimento dos seus produtos e dos setores que o utilizam. Atuando com a presença da tecnologia, os processos químicos procuram aumentar a produtividade, porém, utilizando técnicas limpas e naturais, sem causar nenhuma agressão à natureza. A obtenção dessas técnicas limpas para produção industrial é um dos desafios que a química vem enfrentando e mostrando soluções que, na maioria das vezes, acabam sendo utilizadas nesses processos, sem modificar o ecossistema.


Aluno: Luis Alexandre da Silva 3a. série do Ensino Médio

Professor: Angelo Ariente

Escola: Liceu Albert Einstein, Piracicaba, SP

QUÍMICA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Estamos vivendo num momento no qual não há esperança de vida a longo prazo, a cada dia a situação piora, e precisamos urgentemente de uma solução para tantos problemas ambientais, isto é, precisamos de um desenvolvimento sustentável, e uma das poucas opções para isso é a Química, que muito tem a nos oferecer.

Apesar da preocupação mundial e do aumento dos esforços internacionais para a conservação dos recursos naturais, as florestas tropicais do mundo continuam a desaparecer a níveis sem precedentes. No estabelecimento de sistemas de manejo e exploração sustentáveis para florestas tropicais, de vital importância são as questões relativas ao modo como uma intervenção humana afeta as capacidades básicas de auto-renovação das florestas e como preservar processos ecológicos básicos tais como produtividade biológica e reciclagem de nutrientes e água. Presume-se que a alteração dos ciclos de água, energia solar, carbono e nutrientes, resultantes da mudança da cobertura vegetal em qualquer parte do planeta, por exemplo, na Amazônia, possa acarretar complexas conseqüências climáticas e ambientais em escala local, regional e global. A fim de entender essas conseqüências e atenuar seus efeitos negativos, torna-se necessário um melhor conhecimento, tanto de florestas nativas, quanto de vegetações secundárias e de outras formas de uso da terra, utilizando os recursos que a química nos fornece para um desenvolvimento sustentável.

Agora, os maiores problemas ambientais globais que nós enfrentamos, como identificados e abordados pelas Nações Unidas durante a Cúpula da Terra no Rio de Janeiro em 1992, são o aquecimento global e a biodiversidade.

Ligados impreterivelmente a essas questões ambientais estão os fundamentos básicos de infra-estrutura da geração e uso de energia e o fornecimento de água pura, estreitamente ligados, por sua vez à agricultura. No setor industrial, a questão das moléculas sintéticas que afetam a composição química da nossa atmosfera recebeu grande atenção nos esforços feitos na substituição dos clorofluorcarbonos (CFCs) por outras substâncias que não afetam a camada de ozônio.

Nós podemos definir Desenvolvimento Sustentável como sendo o desenvolvimento que alia eficiência econômica, equidade social e prudência ecológica.

Hoje, vemos que estamos contra o desenvolvimento sustentável, pois, não temos eficiência econômica alguma, a equidade social é inexistente e prudência ecológica por enquanto só nos pensamentos das pessoas, por que as atitudes não mostram isso. Mas afinal, por que a Química é tão importante para esse tal desenvolvimento?

É a Química que nos vai dar um entendimento mais profundo dos laços entre conhecimento científico, inovações técnicas e mudanças sociais em favor da sustentabilidade econômica, social e ecológica.

As formas possíveis de aproveitamento sustentável dos recursos naturais estão determinadas pelas condições da economia de mercado. No entanto, estas condições estão intrinsecamente conjugadas à capacidade de adequação das estruturas tecnológicas e institucionais e dos caminhos de avanço dos princípios teóricos-científicos. A renovação dessas bases de apoio pode influenciar a construção de uma nova racionalidade econômica, que seja capaz de internalizar as bases e condições de um desenvolvimento sustentável.

Podemos citar exemplos do setor energético brasileiro: Nos anos 70, o governo do Brasil tomou uma grande iniciativa com a implementação de um programa nacional para promover, por meio de subsídios o desenvolvimento tecnológico, o uso do álcool hidratado de cana-de-açucar como combustível para automóveis. A razão fundamental de aumentar a segurança do fornecimento de combustível, então ameaçada pela crise do petróleo, foi logo complementada com a observação dos benefícios ambientais adicionais proporcionados pela redução da poluição urbana. Essa razão foi fortalecida mais tarde com a percepção de que o programa é uma grande demonstração do uso de combustível de biomassa como uma forma de evitar emissões de carbono.

As emissões de carbono resultantes do processo de combustão são equilibradas pela absorção de carbono durante o período de crescimento de cana-de-açucar de forma sustentável; assim, os 5 milhões de carros brasileiros movidos a álcool ao invés de gasolina não contribuem para o aquecimento global, que segundo estimativas, no próximo século aumentará a razão de 0,1 a 0,35oC por década, essa taxa de aumento é provavelmente a maior observada nos últimos 10.000 anos. Uma estimativa recente é de que, desde seu início em 1974, o programa evitou emissões de carbono de mais de 9 megatons por ano, um número que deve ser comparado às emissões brasileiras provenientes de combustíveis físseis que correspondem a 60 megatons por ano.

Oportunidades na área de conservação de energia possuem um papel importante num país como o Brasil, embora elas estejam limitadas, na sua contribuição total, ao objetivo de um desenvolvimento ambiental sustentável do ponto de vista da mitigação das emissões de gases de efeito estufa e conseqüentes diminuição do aquecimento global.

Finalmente, vem a questão da relação entre energia e agricultura. O setor agrícola constitui um aspecto necessário e proeminente para o progresso dos países em desenvolvimento, e está naturalmente, estreitamento ligado com o setor energético.

Contudo, o fato de existir essa correlação sugere que as peculiaridades de tais condições climáticas devem ser levadas em consideração ao tomarem-se decisões sobre desenvolvimento em termos das suas implicações não só para o setor energético como para o singular setor agrícola. O setor agrícola, por sua vez, condiciona a demanda de energia através de suas necessidades de fertilizantes e água para irrigação e outros usos.

Através de tudo isso, nós observamos que o conhecimento é absolutamente essencial para tomar decisões na procura por investimentos eficientes para atingir o desenvolvimento ambiental sustentável, provavelmente, a conseqüência mais marcante da inação resulta da ineficiência dos sistemas de educação. Isso, se aplica particularmente ao escopo limitado do ensino de ciências atualmente. A diferença dos países industrializados para os países em desenvolvimento pode ser vista claramente através de alguns indicadores bem conhecidos, tais como o nível do analfabetismo, número de cientistas por habitante, número da engenheiros, cursos de pós-graduação. Os efeitos dos investimentos em educação são sentidos a longo prazo, tipicamente uma geração. Assim são as conseqüências da inação - seus resultados são observados após vinte anos, quando uma base pobre de recursos humanos resulta em inação e decisões equivocadas.

Um fator deve ser levado em consideração ao decidir-se sobre o custo de adiar ações no tratamento de problemas de desenvolvimento ambiental sustentável. O objetivo máximo do desenvolvimento é melhorar o bem estar da humanidade em equilíbrio sustentável com o meio ambiente. Assim, o efeito direto da mudança do clima provocada pelo homem merece um lugar de destaque nas nossas preocupações. Como resultado, leis físico-químicas gerais podem em princípio ser aplicadas à transição das espécies de mamíferos do estado vivo, para o morto.


Aluno: Ana Paula H. Yokoyama 3a. série do Ensino Médio

Professor: Angelo di Lello Ariente

Escola: Colégio Koelle, Rio Claro, SP

QUÍMICA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Atualmente, a humanidade encontra-se em um estágio de desenvolvimento avançado. As indústrias crescem a cada dia, as cidades avançam progressivamente sobre áreas antes ocupadas exclusivamente pela natureza. O progresso é enorme, não há como se negar, os benefícios também. Porém, este desenvolvimento tem o seu preço: a natureza, a saúde humana estão sendo afetadas negativamente. É nesse momento que todo conhecimento químico entra em ação. A Químico proporcionou descobertas incríveis e atualmente vem sendo um importante instrumento de suporte ao avanço tecnológico.

Tomando como exemplo o meio ambiente, as agressões são cada vez mais destrutivas. Chuva ácida, efeito-estufa, destruição da camada de ozônio são questões já amplamente discutidas. É com o auxílio da Química que se pode chegar a medidas palpáveis para a resolução de tais problemas. A Química torna-se um meio imprescindível para possibilitar que o avanço humano se promova, sem que haja prejuízos à sociedade. Desde a descoberta desses problemas ambientais, através do conhecimento químico tem-se procurado obter as melhorias para a dinamização da tecnologia, sem ferir a natureza ou a saúde ambiental.

Já são visíveis os resultados da interação Química X problemas do mundo moderno. A destruição da camada de ozônio ilustra bem esse fato. O ozônio é um gás encontrado na estratosfera e importante filtrador de raios ultravioleta do sol, que são prejudiciais à saúde, daí a importância da camada de O3. Porém, com o desenvolvimento industrial, cresceu o consumo de clorofluorcabonos (CFC) utilizados como gás de refrigeração, propelentes de aerosóis, etc. Quando liberados, reagem com o O3, destruindo-o. Assim, formam-se os indesejáveis "buracos", que podem acarretar um aumento da incidência de câncer de pele. Tal fato mobilizou o mundo a tomar providências: através do conhecimento químico, pesquisou-se a origem da destruição do O3 e, constatada a culpa do CFC, buscaram-se alternativas para substituí-lo. A consternação foi geral. Alguns países assinaram acordos comprometendo-se a reduzir as taxas de liberação de CFC (1997) e até mesmo acabar com a sua produção (1990). Ou seja, através da química, buscou-se uma saída para a resolução de um problema do mundo moderno. O mesmo podemos constatar quando comparamos os carros atuais que liberam níveis menores de SO2 (componente da chuva ácida), assim como os de CO, com os antigos, que eram muito mais poluentes.

Porém, nem só a camada de ozônio e a poluição atmosférica são os alvos da preocupação do homem quanto às conseqüências do desenvolvimento tecnológico. As modificações foram inúmeras, principalmente quando se trata do grupo de seres mais complexo que existe: o homem. A população humana aumentou velozmente, à mesma proporção com que se desenvolveu a tecnologia, aumentaram as necessidades das pessoas: mais alimentos, mais roupas, mais TV’s, mais carros, mais lixo produzido, mais desperdícios. Tudo aumentou, só que o planeta, os recursos e a quantidade de energia são os mesmos.

Os químicos vêm mostrando que se o mundo continuar como está, talvez em breve não haja mais vida na Terra. Não se sabe nem se haverá água daqui a algumas décadas. É por isso que se deve considerar a importância de reciclar, utilizar menos energia, não desperdiçar. Enfim, utilizar os recursos de maneira racional, tendo consciência de que o planeta é de todos e que há uma nova geração por vir com os mesmos direitos de desfrutar desses recursos.

A Química vem possibilitando a conscientização das pessoas, pois é baseado em conhecimentos químicos que se desenvolvem os projetos de reciclagem, despoluição, estudo dos recursos renováveis e não renováveis. Dessa maneira, a a ciência vem auxiliando as pessoas a lidar com o fato de viverem em um planeta com recursos esgotáveis, utilizando racionalmente os materiais e a energia disponíveis, evitando desperdícios. Não só a população deve fazer a sua parte, mas também empresas privadas e o governo, deixando de analisar somente os aspectos econômicos para se considerar a importância de se convencer uma indústria a investir em processos de reciclagem, ou a prefeitura, na coleta seletiva de lixo, despoluição de rios, tratamento de esgoto se tudo for utilizado de maneira comedida e racional, a humanidade continuará progredindo, pois haverá sempre meios de se sustentar o progresso. A Química proporciona o desenvolvimento sustentável, apresenta soluções para os problemas e abre perspectivas para o futuro.

É claro que existem os abusos cometidos pelas indústrias que poluem e pelo governo que não as pune. A cidade de São Paulo, por exemplo, em junho deste ano ganhou as manchetes dos principais jornais. Um rio inteiro apresentou a sua coloração altera: de marrom, para vermelho, devido à poluição. Tal mudança drástica deveu-se a uma indústria das proximidades que lançou seu detritos na água já sensível e tantos maus tratos. A alteração da cor foi a resposta da natureza aos estragos ali feitos. Por uma simples análise dos detritos, poderíamos constatar que o rio não comportaria tanta poluição. Mais uma vez a Química teria de ser utilizada para resolver a questão.

Agora só falta pôr em prática o conhecimento teórico para se atingir o desenvolvimento pleno da humanidade. A perspectiva é que brevemente a Química não seja tão consultada para resolver problemas, estes devem ser eliminados. Espera-se que num futuro próximo a Química seja o suporte sólido do desenvolvimento humano, em harmonia com a natureza e o próprio homem, proporcionando o desenvolvimento sustentável.