CONTEÚDO:

1: Síntese orgânica: sucessos, problemas e enzimas
2: Enzimas: as proteínas catalisadoras
3: Reações químicas orgânicas catalisadas e não catalisadas
4: Exemplos de aplicações de enzimas na catálise de reações orgânicas
5: Perspectiva do uso de enzimas em síntese orgânica

ENZIMAS NO CONTEXTO DA SÍNTESE ORGÂNICA
JOSÉ ALVES ROCHA FILHO
MICHELE VITOLO
84p.

OBJETIVO: Evidenciar a inserção das bioconversões no campo da síntese orgânica

INTRODUÇÃO: A química orgânica faz parte do cotidiano do homem há milhares de anos, provavelmente a partir do momento em que o homem primitivo conseguiu produzir fogo, realizando desta forma a combustão de compostos orgânicos. Com o surgimento e a evolução das grandes civilizações, desenvolveu-se também uma série de práticas que tinham por objetivo fornecer produtos para a sobrevivência das mesmas, entre eles, produtos de origem orgânica. A partir daí, desencadeou-se uma corrida à procura de novos produtos de origem orgânica, bem como formas de obtê-los através de outros métodos, para que dessa forma não ficassem na dependência dos recursos naturais. O conhecimento da síntese orgânica, as estruturas dos diversos compostos e o mecanismo das reações envolvidas nas diversas etapas de uma síntese, propiciou ao homem atual a preparação de inúmeros compostos de seu interesse nas mais diversas áreas, fazendo uso dos diversos tipos de reações, entre elas: hidrogenação catalítica, halogenação, esterificação, salificação, hidrólise, transesterificação. Juntamente com o grande sucesso alcançado pela síntese orgânica, surgiram problemas de diversas ordens, alguns dos quais, puderam ser contornados através do uso de substâncias que facilitassem a síntese, os chamados catalisadores químicos, destacando-se entre eles, Ni, Pt, Pd, AlCl3, FeCl3 , estando na maioria das vezes, associados a condições enérgicas de temperatura e pressão. Com a intenção de melhorar o rendimento de algumas sínteses, trabalhar em condições suaves de temperatura e pressão, e, não produzir resíduos nocivos ao meio ambiente, passou-se a investigar de forma mais detalhada o uso de enzimas em síntese orgânica, na tentativa de substituir os catalisadores químicos convencionais. Atualmente, as enzimas constituem-se em uma das melhores opções para a realização de síntese orgânica, por constituírem-se em uma classe de catalisadores altamente específicos, atuando em condições moderadas de temperatura, pH e pressão, resultando no final do processo efluentes bem menos poluentes. Desta forma, as enzimas passaram a ser utilizadas nas diferentes reações empregadas em síntese (oxidação, redução, condensação, síntese, hidrólise e transesterificação) funcionando como catalisador da reação, ou propiciando condições para a retirada ou introdução de determinados grupos em um composto, alterando-se desta forma suas propriedades iniciais, ou mesmo na separação de misturas de isômeros. Salienta-se também que, mesmo as enzimas apresentam em determinadas situações restrições, podendo-se nesses casos, associá-las aos catalisadores químicos convencionais.

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