Programa Brasileiro de Metrologia Química
  • Documento do Programa Brasileiro de Metrologia em Química
  • Carta convite para o evento METROCHEM-2000
  • Temário da METROCHEM-2000
  • Sociedade Brasiliera de Metrologia (link)


  • PBMQ/METROCHEM 2000- COMUNICADO 001

    Prezados Colegas,

    Temos o prazer de convidá-los a participar ativamente do desenvolvimento de mais uma atividade do Programa Brasileiro de Metrologia em Química.

    Referimo-nos ao METROCHEM-2000, um dos eventos associados do II Congresso Brasileiro de Metrologia (Metrologia 2000), que é o evento internacional oficial organizado pela Sociedade Brasileira de Metrologia  (SBM), programado para o período de 4-7 de dezembro de 2000, em São Paulo, SP.

    Integrando diferentes especialidades e ressaltando o caráter multidisciplinar da Metrologia, o METROLOGIA 2000 reúne e integra 4 eventos já consagrados nas áreas de Química, Elétrica, Telecomunicações e Metrologia Legal, congregando temas de interesse comum, destacando os aspectos social, econômico, científico e educativo. Assim, sob a organização da Sociedade Brasileira de Metrologia, promoção da PJ Eventos Feiras & Congressos e contando com a orientação de um Comitê Técnico-Científico de Organização Geral que  reúne especialistas do País e das principais organizações internacionais de Metrologia, estimulamos a sua participação ressaltando a importância do evento para o desenvolvimento da competitividade brasileira.

    Informações atualizadas estarão permanentemente disponíveis no site da Sociedade Brasileira de Metrologia www.sbmetrologia.org.br

    Especificamente com relação ao “METROCHEM-2000”, estão sendo formados os Comitês (científico e de organização), integrando especialistas interessados em cooperar e participar do detalhamento dos temas específicos, estabelecimento de critérios para apresentação e publicação dos trabalhos técnico-científicos; convites a especialistas nacionais e internacionais, elaboração da mala direta, busca de patrocínio, organização de estandes, convite a empresas expositoras, divulgação etc. Um temário preliminar, aberto para críticas e sugestões pela comunidade, encontra-se anexo.
    Certos da oportunidade que se apresenta para demonstrar a competência nacional, promover uma intensa interação e uma efetiva articulação em torno deste importante tema relacionado com medições em Química, contamos com sua efetiva participação.

    Um grande abraço e até breve!

    VERA MARIA LOPES PONÇANO A. SILVA
    Coordenadora do Sub-Comitê de Metrologia Química do CBM-CONMETRO
    Coordenadora do Programa Brasileiro de Metrologia em Química – INMETRO
    Chefe da Central de Materiais de Referência do IPT

    Maiores informações sobre cada um dos eventos associados poderão ser obtidas junto aos seus respectivos coordenadores, conforme relação a seguir.

    METROCHEM-2000 (II Workshop Interamericano de Metrologia em Química)
    Contato: Vera Ponçano (IPT) - vponcano@ipt.br

    SEMETRO-2000
    Contato: Luis Carlos Santos (INMETRO) - diele@inmetro.gov.br

    Escola avançada de Metrologia Legal
    Contato: Julio Felix (IPEM/PR, METROSUL) - jfelix@tecpar.br

    METROCOM, Metrologia em Telecomunicações
    Contato: Celso Saraiva (CPqD) - celso@cpqd.com.br
     



     
     

    METROCHEM 2000

    Evento associado ao METROLOGIA 2000 – II Congresso Brasileiro de Metrologia
    de nível internacional organizado pela Sociedade Brasileira de Metrologia

    São Paulo, SP – de 4 a 7 de dezembro de 2000

    Coordenação: Vera Ponçano, IPT vponcano@ipt.br
                 Tel.: (0XX11) 3767.4540
                 FAX:  (0XX11) 3767.4009 

    “TEMÁRIO PRELIMINAR”

    1. Programa Brasileiro de Metrologia em Química
    2. O Papel da Metrologia em Química na Saúde, Indústria e Meio-Ambiente
    3. Importância da Metrologia em Química em Outras Áreas
    4. Correlação da Metrologia em Química com a Metrologia em outras Áreas
    5. Demanda da Metrologia em Química no País
    6. Metrologia em  Química x Exportação
    7. Metrologia em Química x Importação
    8. Metrologia em Químicas nas Américas
    9. Metrologia em Química na América do Sul
    10. Metrologia em Química & SIM (Sistema Interamericano de Metrologia)
    11. Metrologia em Química & CITAC (Co-Operation on International Traceability in Analytical Chemistry)
    12. Metrologia em Química & CCQM (Comité Consultatif Pour la Quantité du Matière)
    13. Metrologia em Química na União Européia
    14. Metrologia em Química Desenvolvimento Sócio-Cultural
    15. Metrologia em Química Produção Industrial
    16. Metrologia em Química Regulamentação de Produtos
    17. Impacto Econômico e Social da Estruturação da Metrologia em Química
    18. Inserção da Metrologia em Química nas Universidades e Escolas Técnicas de Nível Médio
    19. Educação e Treinamento em Metrologia-Química
    20. Práticas Metrológicas & Sistemas de Qualidade
    21. Gestão de Laboratórios de Análises Químicos
    22. Gestão de Laboratórios de Análises Clínicas
    23. Métodos Primários em Química
    24. Produção de Materiais de Referência & ILAC (International Laboratory Accreditation Cooperation)
    25. Certificação de Materiais de Referência
    26. Uso de Materiais de Referência
    27. Padrões Primários – Gases (para emissões veiculares, ar ambiente, estações fixas, gás natural)
    28. Avaliação de Resultados de Medições Analíticas
    29. Incertezas em Técnicas Analíticas Específicas
    30. Cálculo de Incerteza em Medições
    31. Métodos e Técnicas Analíticas de alto valor metrológico
    32. Rastreabilidade nas Medições Químicas
    33. Estruturação do Sistema Brasileiro de Medições em Química
    34. Normas Técnicas & Metrologia
    35. Normas e Regulamentos Nacionais e Internacionais & Metrologia
    36. Critérios para Formação/Credenciamento de Laboratórios Produtores de Material de Referência Certificada
    37. Critérios para Credenciamento de Laboratórios Associados Detentores de Referência Metrológica Nacional - LAREM


    Programa Nacional de Metrologia em Química no Brasil

    Assegurar qualidade, comprovar eficiência, demonstrar a exatidão de resultados de medições são atitudes fundamentais cobradas em nossas atividades diárias, além de se constituírem em fatores relevantes ao atendimento também das exigências internacionais, principalmente as relacionadas a comércio e meio ambiente. Para qualquer país é extremamente importante que haja, em todos os setores, a adoção das práticas metrológicas adequadas que garantam a qualidade e, nessa direção, têm sido colocados  os esforços daqueles que vêm atuando na implementação da metrologia em química no Brasil. Entretanto, no país há uma heterogeneidade muito grande de conhecimentos e oportunidades entre os diversos componentes da sociedade industrial. Algumas empresas já implantaram seus Programas da Qualidade, possuem certificação de reconhecimento internacional, podendo assegurar e consequentemente atribuir maior credibilidade aos seus produtos; outras carecem desse relevante suporte e ainda se defrontam com muitas dificuldades para atingir esse nível. Para alterar este panorama é necessário criar as condições básicas que viabilizem a todas as organizações do país, sejam empresas, institutos tecnológicos, universidades, enfim todos aqueles que necessitem utilizar as práticas metrológicas, para o apropriado desempenho laboratorial. E essas práticas devem estar em total consonância com as normas e referências internacionais.

    Este assunto de grande importância foi colocado como  ponto básico na proposta multi-institucional “Implementação da Metrologia em Química no Brasil”, coordenada pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo  S.A.  (IPT), com forte apoio do Instituto Nacional de Normalização, Metrologia e Qualidade Industrial (INMETRO),  apresentada no final de agosto de 1998 ao Ministério de Ciência e Tecnologia, dentro do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Edital Tecnologia Industrial Básica (PADCT/TIB), e aprovada com prazo de execução previsto para nove meses. A finalidade desta proposta é consolidar uma estrutura de metrologia em química no país, após identificar e agregar as competências nacionais dessa área, com o objetivo de formar  Redes de Laboratórios destinadas à produção de materiais de referência e ao desenvolvimento de métodos analíticos primários ou definitivos, que deverá se realizar com a participação de Universidades, Institutos, Associações de Classe e Empresas de todo o território nacional. Com a operacionalização destas Redes, que ocorrerá em fase subsequente à  de execução do projeto em referência, o País deverá contar com um significativo aumento em sua produção de materiais de referência, bem como deverá ter identificados os núcleos laboratoriais capacitados  a executar métodos analíticos de alta confiabilidade e precisão.

    Assim será possível estabelecer no Brasil um sistema de medições com métodos validados, atualizados, confiáveis e reconhecidos, propiciando a caracterização adequada da composição química e das propriedades físicas dos produtos da indústria nacional, colocados nos mercados interno e externo, e o necessário controle dos produtos advindos de outros países. A consolidação desse sistema é fundamental para o desenvolvimento da ciência, indústria e tecnologia nacionais, tanto para o seu próprio crescimento quanto para o posicionamento do Brasil frente aos outros países. Por outro lado, a inexistência dessa competência leva a nação a uma fragilidade e à impossibilidade de contraposição ou de defesa por seus próprios meios, em casos de dúvidas de resultados de avaliações decorrentes de medições que possam afetar a imagem ou a balança comercial.

    Para melhor clareza quanto ao significado de métodos primários ou definitivos, será citada a seguir a definição adotada pelo Comité Consultatif pour la Quantité de Matière (CCQM): "entende-se como método primário aquele método de medição com a mais elevada qualidade metrológica, cuja execução pode ser completamente descrita e entendida, para o qual a incerteza total pode ser expressa em termos do Sistema Internacional de Unidades (SI), e cujos resultados são, portanto, aceitos sem referência a um padrão da quantidade que está sendo medida". Como exemplo, pode ser citado o método gravimétrico para determinação do níquel por precipitação com o reagente específico dimetilglioxima, utilizado geralmente em amostras de ligas metálicas ou de minérios. Por este método, o elemento a ser quantificado é separado na forma do complexo niqueldimetilglioxima, o qual pode ser filtrado e determinado diretamente por pesagem, sem o uso de outra referência, ou seja, sem a necessidade de estar rastreado a outros padrões. O processo analítico é perfeitamente conhecido e controlado, apresentando baixos níveis de dispersão nos resultados.

    A aplicação dessas metodologias de alto valor metrológico, a produção e o uso de materiais de referência, a disseminação dos conceitos e práticas metrológicas, a normatização e a formação de recursos humanos são aspectos que fundamentam e respaldam um Sistema de Qualidade, propiciando ao país alcançar o nível necessário para garantir sua inserção e reconhecimento internacional. A premência do desenvolvimento de ações que consolidem tal sistema torna-se bem evidente nos acordos estabelecidos entre nações, os quais exigem que todos os signatários aceitem os resultados de testes e medidas realizadas por qualquer das partes envolvidas. Em 1999 foi assinado o Acordo de Reconhecimento Mútuo (Mutual Recognition Agreement), encaminhado pelo Comitê Internacional de Pesos e Medidas aos Institutos Nacionais de Metrologia (INM) dos diversos países, tendo entre seus objetivos principais:

    Este acordo tem por meta ampliar e consolidar a confiabilidade nas medições dos países participantes, viabilizando consequentemente o formal reconhecimento mútuo entre eles.  O mecanismo de avaliação e aceitação da comparabilidade de resultados tem por base o desenvolvimento de Programas de Intercomparação Laboratorial (Key Comparisons), coordenados internacionalmente pelo Comité Consultatif Pour La Quantité du Matière (CCQM), do Bureau International des Poids et Mesures (BIPM) e, nos diversos países, pelas respectivas Organizações Metrológicas Regionais.  É notória a relevância da participação do Brasil no referido acordo,  imprescindível para inserção e manutenção de seu status no mercado internacional.

    O IPT, com o apoio do INMETRO, vem liderando as ações relativas à implantação da metrologia em química no Brasil. O IPT tem tido uma expressiva atuação no desenvolvimento de ações voltadas à qualidade, ao longo de seus cem anos de existência, fato demonstrado pelo trabalho realizado em seus setenta laboratórios de ensaios que compreendem os laboratórios de metrologia, laboratório de referência nacional na área de vazão, além dos trabalhos realizados na área de normalização, desenvolvimento de materiais de referência, coordenação de programas interlaboratoriais, referência técnica e verificação do atendimento de produtos e sistemas às especificações oficiais.

    Desde 1995, o INMETRO, em associação com algumas instituições de pesquisa, vem desenvolvendo esforços com o intuito de organizar a metrologia em química no Brasil. Dentre esses, destaca-se o programa RH - Metrologia, que em seu desenvolvimento contou com a participação do Instituto Nacional de Tecnologia (INT) e da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ), para estudos de implantação de referências para medições de pH e para a determinação de metais em água, respectivamente. Como parte deste programa, foi também realizado no Rio de Janeiro em novembro de 1997 o "First Interamerican Workshop on Metrology in Chemistry". Neste evento participaram representantes de vários países, incluindo América e Europa, e pode ser considerado o marco inicial do desenvolvimento nacional deste ramo da metrologia, embora anteriormente já estivessem ocorrendo ações em outras instituições e organizações do país.

    Em São Paulo, já em setembro de 1997, havia sido formado o Comitê de Metrologia em Química para a Indústria Paulista, por iniciativa do Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos para fins Industriais e da Petroquímica no Estado de São Paulo (SINPROQUIM), do Sindicato do Comércio Atacadista de Produtos Químicos para a Indústria e Lavoura do Estado de São Paulo (SINCOQUIM) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE/SP) e apoio do INMETRO, com o objetivo de organizar e disseminar ações de Metrologia em Química no Estado, visando melhorar e assegurar a qualidade dos produtos paulistas, o qual está sob a coordenação do IPT.

    Em abril de 1998, foi criado o Sub-Comitê de Metrologia em Química do Comitê Brasileiro de Metrologia (CBM) do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (CONMETRO), sob coordenação do IPT, tendo como objetivo implementar a metrologia em química no Brasil, visando o desenvolvimento sócio?econômico e melhoria da qualidade de vida da sociedade, através do aprimoramento de produtos, serviços e tecnologias. As estratégias delineadas resumem-se em:

    - reunir e coordenar as competências técnico?científicas das várias áreas de Química do País, visando a efetiva convergência de esforços para o avanço científico e tecnológico da metrologia no Brasil.

    - direcionar ações de metrologia para áreas prioritárias ao desenvolvimento das indústrias químicas.

    - disseminar continuamente os fundamentos da metrologia nos setores produtivos, técnico-científicos e educacionais.

    - desenvolver a metrologia em química simultaneamente em dois níveis distintos: Primário (validação de metodologias; estabelecimento da rastreabilidade de medidas, de referências; desenvolvimento de padrões, de métodos primários e outras) e Secundário (assegurar a garantia da qualidade em laboratórios de ensaios).

    - adotar procedimentos que garantam a manutenção do Sistema da Qualidade, após o seu estabelecimento.

    Foram definidas as seguintes metas principais:

    - assegurar o uso de práticas metrológicas em laboratórios públicos ou privados, que prestem serviços de ensaios e análises.

    - capacitar recursos humanos em metrologia em química, garantindo a competência técnica necessária.

    - promover a integração de equipes técnicas para discussão e estabelecimento de prioridades na cadeia metrológica em Química.

    - coordenar a participação de laboratórios nacionais em atividades metrológicas junto a organismos internacionais.

    - acompanhar o desenvolvimento de atividades de pesquisa em áreas fundamentais de metrologia química.

    - prover os laboratórios de Materiais de Referência.

    - promover o reconhecimento internacional do Sistema adotado no País.

    - propiciar a harmonização das medições dos laboratórios nacionais, através do estabelecimento de Programas Interlaboratoriais.

    - ser um fórum de referência para questões relacionadas à metrologia em química.

    - manter contatos com organismos internacionais para o intercâmbio de informações técnicas e serviços correlatos.

    As ações estão sendo desenvolvidas da seguinte forma:

    1. Educativas e de conscientização:

    Realização de encontros técnico-científicos (seminário, workshop, mesa redonda) e organização de cursos específicos para proporcionar a homogeneização de conceitos e definições e o uso de técnicas referendados internacionalmente.

    2. De capacitação:

    Promoção de entendimentos com universidades do país, para viabilizar a formação de recursos humanos através da inserção de temas relacionados à metrologia em química em disciplinas regulares dos cursos de graduação, pós-graduação e mestrado profissional, bem como com instituições de renomada competência para a organização de planos de treinamento.

    3. De apoio:

    Realização de reuniões periódicas com as equipes técnicas, propiciando a assessoria necessária aos laboratórios em temas específicos, como: rastreabilidade, produção e uso de padrões, validação de metodologias, uso de métodos primários, calibração de equipamentos e vidrarias, participação em programas interlaboratoriais, utilização de técnicas de controle em ensaios e análises, tratamento estatístico de dados e cálculo de incertezas.

    4. De normalização:

    Participação da elaboração de normas e metodologias direcionadas às práticas metrológicas, através de atividades de colaboração com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

    5. De identificação de necessidades:

    Realização contínua de pesquisa de mercado, organização de sistema de visitas e implantação de vias de acesso facilitado, através de telefone, fax ou Internet, para levantamento de necessidades na área.

    6. De identificação de competências:

    Elaboração de um mapeamento das competências nacionais em técnicas analíticas, de forma a estabelecer uma cadeia de laboratórios capacitados para a validação de métodos e a produção de materiais de referência (Laboratórios Primários).

    Preparação de uma relação de laboratórios comprovadamente aptos para a execução de ensaios e análises, segundo critérios internacionalmente aceitos.

    7. De desenvolvimento de programas interlaboratoriais:

    Designação de laboratórios capacitados para coordenar e estimular a participação do maior número possível de laboratórios em programas interlaboratoriais.

    8. De gestão da qualidade:

    Manutenção de um banco de dados atualizado dos laboratórios associados ao Comitê, relativo à sua posição quanto à adoção das práticas metrológicas adequadas, como apoio ao acompanhamento constante das ações para a melhoria da qualidade desses laboratórios.

    9. De garantia da qualidade:

    Auxiliar os laboratórios na preparação dos registros e da documentação necessária para atender aos requisitos da garantia da qualidade, facilitando o seu credenciamento

    10. De divulgação:

    Divulgar e tornar disponível as informações referentes às práticas metrológicas, bem como orientar quanto ao acesso aos materiais de referência necessários às indústrias do país.

    Também em 1998, a PUC/RJ, juntamente com INMETRO, INT, IPT e CENA/USP, apresentou ao PADCT o projeto “Apoio à Infra-estrutura de Informação em Química,  Engenharia Química e Metrologia Química para Uso Multi-institucional”, com o objetivo de estruturar informações estratégicas necessárias ao desenvolvimento da competitividade brasileira e à pesquisa e ensino nestas áreas.

    O ano de 1998 culminou com a aprovação do Plano Nacional de Metrologia (PNM), com o objetivo na área da metrologia em química de assegurar que a competência de medição esteja disponível à sociedade brasileira no ano 2002, de maneira a contribuir para o seu bem estar e promover, através de um programa mobilizador, a execução de projetos voltados à construção e consolidação da metrologia em química.

    Como pode ser observado, a diversidade das instituições brasileiras e seus respectivos níveis de atuação em  metrologia em química indicam a necessidade de definição de estratégias e formas de organização. Neste sentido, deve-se salientar que as ações em desenvolvimento no País estão em consonância com o Sistema Interamericano de Metrologia (SIM), com abrangência panamericana, que congrega em sua estrutura cinco blocos regionais: NORAMET, CARIMET, CAMET, ANDIMET e SURAMET. A articulação deste sistema é bastante ativa no cenário mundial em metrologia e conta com a participação de 34 países membros. A cooperação de cada um destes blocos conduz a uma ampla e efetiva harmonização nas medições e padrões, beneficiando o livre comércio entre as nações do continente americano. Os principais objetivos do SIM são:

    · Elevar os padrões da metrologia básica em cada um dos países do hemisfério através da criação e/ou fortalecimento dos Centros Nacionais de Metrologia.

    · Reativar o Sistema Metrológico Interamericano a fim de fomentar a competitividade e a qualidade no segmento manufaturado e promover  transações comerciais.

    · Identificar setores e instituições que possam conduzir atividades multinacionais específicas em metrologia.

    · Utilizar medidas para proteção do meio ambiente, controle do uso acelerado de recursos e para promoção do bem estar da população.

    · Facilitar e harmonizar a comparabilidade de medições em nível internacional.
    Vários contatos importantes vêm sendo mantidos com instituições de destaque no exterior, como o NIST (National Institute of Standards and Technology, Estados Unidos), CENAM (Centro de Metrologia do México), NRCCRM (National Research Centre for Certified Reference Materials, Beijing, China), NPL (National Physical Laboratory, UK), LGC (Laboratory of the Government Chemist, UK) e TuDelft, Holanda.

    No caso específico do Brasil, que pertence ao  SURAMET junto com a Argentina, Paraguai, Uruguai e Chile, pode-se constatar um engajamento internacional direcionado à metrologia em química pela sua participação nas reuniões do SIM e nos grupos de trabalho do CCQM, desde fevereiro de 1999.

    Em São Paulo, em outubro de 1997, foi criado o Comitê de Metrologia em Química para a Indústria Paulista, por iniciativa do SINPROQUIM (Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos para fins Industriais e da Petroquímica no Estado de São Paulo), do SINCOQUIM (Sindicato do Comércio Atacadista de Produtos Químicos para a Indústria e Lavoura do Estado de São Paulo) e do SEBRAE/SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e com o apoio do INMETRO, com o objetivo de organizar e disseminar ações de metrologia em química no estado, visando melhorar e assegurar a qualidade dos produtos das indústrias paulistas.

    Em janeiro de 1998, a PUC/RJ, junto com o INMETRO, o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo S.A.), o CENA/USP (Centro de Energia Nuclear na Agricultura, de Piracicaba, São Paulo) e o INT, apresentou ao PADCT o projeto “Apoio à infra-estrutura de Informação em Química, Engenharia Química e Metrologia Química para uso Multi-institucional”, com o objetivo de estruturar informações estratégicas necessárias ao desenvolvimento da competitividade brasileira e à pesquisa e ensino nestas áreas.

    Em abril de 1998, o Comitê Brasileiro de Metrologia (CBM), vinculado ao CONMETRO (Conselho Nacional de Normalização, Metrologia e Qualidade Industrial), órgão responsável pela política da Qualidade no País, criou o Sub-Comitê de Metrologia em Química.

    Neste ano (2000) deverão ser iniciadas as atividades do projeto PADCT já citado, que tem como objetivo geral a organização das ações de Metrologia em Química no país, desenvolvendo as seguintes atividades:

  • Identificação de competências nacionais;
  • Levantamento de necessidades em materiais de referência;
  • Estabelecimento de um primeiro esboço da cadeia hierárquica nacional.

  • Este projeto foi elaborado com a participação de vinte e cinco instituições, entre Universidades, Centros de Pesquisa e Institutos, públicos e privados, de vários Estados, sob a coordenação do IPT.

    O Programa Nacional de Metrologia (PNM), cujo plano de ação para o período 1999-2002 está em fase final de elaboração, estabelece metas e prevê recursos específicos para a consolidação da metrologia em química, direcionadas à melhoria da infra-estrutura laboratorial, à gestão do sistema e ao treinamento de recursos humanos.

    Entendendo a importância do assunto para o Brasil, está havendo um grande esforço nacional para a implantação da Metrologia em Química no país. Muito terá que ser feito para o alcance das metas almejadas, mas é assim que a evolução acontece. E, desta vez, felizmente, com o engajamento de vários segmentos de nossa sociedade.